Quem é do mar não enjoa (de velejar) 21 Jul 2008 O Comandante Fernando José da Silveira é um dos poucos privilegiados que veleja aos 86 anos. Assiduamente vai ao Veleiros do Sul, clube a que se associou em 1964. Naquela época ele tinha um veleiro Guanabara, xodó dos velejadores, batisado de Corisco II. Natural de Rio Grande, o Comte Silveira começou a navegar cedo. O quintal de sua casa dava para o Saco da Mangueira, onde seu pai tinha um veleiro guardado em uma garagem suspensa. O assoalho abria-se e o barco descia para a água através de roldanas. Morou em outras cidades, mas sempre perto da água e dos barcos. Em Osório, então Conceição do Arroio, o tio do Comte Silveira administrava a travessia lacustre Osório–Torres. Nesta época navegou pelas lagoas do litoral norte do Rio Grande do Sul. Quando morou em Uruguaiana velejava no Rio Uruguai, fronteira com a Argentina. Com seu veleiro Bruma19, o Rebojo, o Comte Silveira navegou por todos os recantos, riachos e arroios afluentes do Guaíba e da Lagoa dos Patos. Sua paixão, entretanto, é a navegação pela Lagoa Mirim, região que conhece como a palma de sua mão. Lá por aquelas bandas do Paralelo 33, onde é conhecido por "Paraguaio", o comandante conhece inclusive os moradores e pescadores. É um especialista na navegação pela Mirim. A cultura náutica do Comte Silveira é notável. Da construção de barcos à astronomia, e da geografia da região à faina a bordo, tem muito para ensinar. São poucos os velejadores que conseguem passar para os filhos o gosto pela navegação. Também nisso o Comte Silveira teve sucesso. Incentivado pelo pai quando ainda guri, o Comte Paulo Silveira Riacho Doce é um cruzeirista ativo do Veleiros do Sul. Agora chegou a vez de trazer os netos para a água. Recentemente o Comte Silveira presenteou-os com seu Bruma, incentivando-os e velejando com eles. Na semana passada o Comte Silveira foi matar a saudade |
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