Satirizando investimentos navais 16 Jul 2008 A Marinha de Guerra portuguesa comemorou ontem o lançamento do NRP Tridente, o primeiro de 2 submarinos em fabricação na Alemanha (foto). A dotação de orçamento para a construção das naves data de 2004, e visou substituir os jurássicos submarinos franceses de 40 anos, um deles ainda na ativa. Em 2005, o engenheiro e cronista português Carlos Eduardo de Medina Ribeiro, escreveu: "Claro que toda a gente sabe que não fazem falta nenhuma, mas a idéia (genial) que estava subjacente a essa aquisição eram as famigeradas «contrapartidas»: a empresa vendedora garantiria a Portugal a colocação, no exterior, de produtos e/ou serviços de valor igual (caso dos alemães) ou superior (caso dos franceses, que davam o dobro)...". Quanto a investimentos, as Forças Armadas da maioria dos países são alvos de críticas: ou pelo investimento elevadíssimo, imobilizando valores que poderiam ser aproveitados em programas sociais, ou pela chacota quanto à idade avançada do equipamento em uso. Em 2001, quando da discussão sobre a alocação de 200 milhões de euros para a aquisição, uma renomada revista portuguesa satirizou o tema, citando um submarino de madeira. Trata-se de uma réplica, fotografada na semana passada pelo Comte Ademir de Miranda Gigante (ao lado), em Barcelona, que está lá para mostrar que, para os espanhóis pelo menos, o submarino foi inventado por eles, com propulsão à manivela, embora as unidades construídas não tenham tido sucesso porque não navegavam a mais de 2 nós (mais fotos). Segue Medina com sua sátira: "Ora, como a encomenda já está feita há muito tempo, a única solução é tentar negociar com os estaleiros alemães uma versão mais económica. Para isso, já aqui foi mostrado um submarino de madeira (feito em Espanha, e que chegou a navegar no porto de Barcelona), mas parece que ainda é caro. Assim, aqui fica um outro, o famoso submarino de Fulton (que funciona na perfeição) que tem algumas características interessantes:
Colaboração: Nelson Vázquez Calcagno |