Paisagens 1316
Danilo Chagas Ribeiro
Rio Guaíba, Porto Alegre
Retro-escavadeiras com lanças estendidas, embarcadas sobre flutuadores, escavaram uma vala no leito
do Rio Guaíba, onde a tubulação do Projeto PISA, do Departamento Municipal de Águas e Esgoto - DMAE - será lançada.
O material escavado formou barreira submersa com quilômetros de extensão. acompanhando a vala escavada. O topo dessa barreira chegou a ultrapassar a superfície do rio, como mostra a foto abaixo. As ondas do Guaíba logo se encarregaram de rebaixar a montanha até a superfície média do rio, e aí terminou o trabalho da natureza para tentar se recompor. Caso não seja removida, a barreira permanecerá eternamente no rio, já que não há correnteza no local, reduzindo drasticamente a profundidade para a navegação na região. Resultaria disso enorme risco de acidentes para a navegação de recreio, expondo veleiros e lanchas a choques violentos contra a barreira que seria deixada pela obra. |
Observe o diâmetro da tubulação
Na dragagem dos canais de navegação do Rio Guaíba, como no Canal do Junco,
restou uma barreira submersa há décadas junto às bordas do canal, alvo de encalhes. A figura abaixo, mesmo sem qualquer preocupação de escala, pretende ilustrar a consequência para a navegação do não espalhamento do material escavado. |
Com espalhamento adequado, a profundidade do rio para a navegação de recreio praticamente não será alterada.
Consta que o espalhamento foi previsto no projeto de engenharia apresentado pelo DMAE.