Paisagens 1316
Danilo Chagas Ribeiro

Rio Guaíba, Porto Alegre

Retro-escavadeiras com lanças estendidas, embarcadas sobre flutuadores, escavaram uma vala no leito
do Rio Guaíba, onde a tubulação do Projeto PISA, do Departamento Municipal de Águas e Esgoto - DMAE - será lançada
.

 

 

O material escavado formou barreira submersa com quilômetros de extensão. acompanhando a vala escavada.
O topo dessa barreira chegou a ultrapassar a superfície do rio, como mostra a foto abaixo. As ondas do Guaíba logo se encarregaram de rebaixar a montanha
até a superfície média do rio, e aí terminou o trabalho da natureza para tentar se recompor. Caso não seja removida, a barreira permanecerá eternamente no rio, já que não há correnteza no local, reduzindo drasticamente a profundidade para a navegação na região. Resultaria disso enorme risco de acidentes para a navegação de recreio, expondo veleiros e lanchas a choques violentos contra a barreira que seria deixada pela obra.

 

Observe o diâmetro da tubulação

 

 

 

Na dragagem dos canais de navegação do Rio Guaíba, como no Canal do Junco, restou uma barreira submersa há décadas junto às bordas do canal, alvo de encalhes.
A figura abaixo, mesmo sem qualquer preocupação de escala, pretende ilustrar a consequência para a navegação do não espalhamento do material escavado.

 

Com espalhamento adequado, a profundidade do rio para a navegação de recreio praticamente não será alterada.
Consta que o espalhamento foi previsto no projeto de engenharia apresentado pelo DMAE.

Comentários recebidos

25 Set 2011
Geraldo Knippling
É inconcebível a falta de consideração para com a navegação de pequeno porte.  Foi preciso o Popa alertar os navegadores sobre obstruções planejadas e não divulgadas detalhadamente pelas autoridades competentes.  Sugiro a publicação de um mapa, atualizado periodicamente, sobre o andamento dessas obras.  E a navegação noturna como é que fica?

23 Set 2011
Nelson Ilha
Já encalhei com o Soling em frente ao Jangadeiros em um local que antes era navegavel.
Me preocupa que não haja sinalização alertando para os novos bancos criados pelo projeto. Quando houver um acidente com vitimas, quem será o responsável?

23 Set 2011
Andreas
A cobertura seria uma proteção para o próprio tubo. Imaginem uma quilha de toneladas de ferro fundido batendo no tubo a 6 nós (11 km/h). É um impacto e tanto. Vai certamente quebrar o tubo e aí, vai dar m....! Literalmente.

21 Set 2011
Lucas Onzi
Esse país é de uma incompetência sem igual. É revoltante. Alguém tem dúvida que nada será feito? Vamos começar a contar os encalhes e prejuízos...
Boa sorte para todos nós!

19 Set 2011
Jose Geraldo Moeller
Estou com muito receio desse material escavado. Se for areia, após um certo tempo, certamente irá voltar ao fundo. Mas se for aquele lodo compacto da foto, é altamente preocupante. Na primeira palestra do DMAE no VDS a proposta prevê o nivelamento do rio, por cima da tubulação. Acho que todos os navegadores e clubes náuticos devem cobrar a execução conforme planejado.

19 Set 2011
João Pedro Wolff
Quem vai fiscalizar se está sendo feita esta parte da obra( o espalhamento)?
Já foi encomendado estudo para não lançar o resultado do tratamento do esgoto no canal, e sim no tranquilo, ao lado da Ponta Grossa. A criatividade do poder público não tem fim. Lembrem-se da captação de água na frente do Veleiros que foi colocada ali em função do lancamento de esgotos criado pelo DEP no meio do ICG.

18 Set 2011
Paulo H. Silva
E a autoridade marítima, nada tem há dizer? Que saudade do Comte. Péricles... "onde uma acha de lenha flutuar, quem manda sou eu".

18 Set 2011
Paulo Bohrer
Se não houver "pressão", de todos nós no DMAE, vai ficar por isso mesmo.

18 Set 2011
Itamar l. Alves
É incrível. Obra pública no Brasil não tem fiscalização. Mas o fato é que se não espalharem o material escavado, economiza-se horas das maquinas e o lucro é maior.

16 Set 2011
Marco Menezes
Com a palavra os responsáveis pela obra !!!

 


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