Uma aventura ao topo do Kilimanjaro
Velejadores gaúchos escalam o ponto mais alto da África
Danilo A Schultz
18 Out 2009 Chegamos na Tanzânia em 29 de agosto de 2009, fizemos um city tour e no outro dia lá estávamos, prontos para começar nossa caminhada de 6 dias até o topo. Compramos material, alugamos o restante. Éramos 3 no nosso grupo, Eu, Christiano e Olga, uma mulher da Russia, pessoa extremamente falante, adora fotografias e curtiu cada momento conosco. A caminhada é lenta e longa, horas e horas caminhando e a medida que os dias passam, o frio vai chegando. No primeiro dia acampamos a 3.032 metros, no Machame Camp. Noite mal dormida, porém muito bem alimentado e bebendo sempre bastante água para não sofrer a doença da montanha (altitude). O fascinante é que sempre que chegavámos no acampamento, nossa equipe de carregadores já haviam montado nossa barraca, e nossa mala já estava lá dentro. Tínhamos todos os dias água quente para banho, comida quente e fresca, e todo o apoio da equipe (carregadores e guias). Nosso último acampamento antes do topo foi a 4.633m, em Barafu Camp. Chegamos lá por volta da 13h para descansar e a meia noite acordar e partir para o topo numa caminhada de 6 horas. Meu irmão chegou com um pouco de dor de cabeça e enjoado, reclamou muito, não tinha apetite mas após alimentá-lo e medicá-lo, conseguiu dormir e acordou as 23h:20 novo em folha. Caminhando como uma tartaruga, parando seguidamente para descansar, mãos e pés gelados, as 5h20 da manhã chegamos no Stella Point 5.756m. O Frio (-30ºC), a exaustão e o sono eram nossos inimigos, e na última hora nos abraçamos e fomos até o topo Uhuru Peak (5.895m), um ajudando o outro... Ao ver o sol nascer e assistir as geleiras enormes a nossa volta, me senti realizado. Parecia que todas as minhas forças tinham voltado e que eu récem havia acordado... Um lugar surreal, uma energia incomparável... Comecei a tirar fotos, na medida do possível, pois meus dedos já estavam congelados, e decidi buscar um pouco de gelo para o whisky do meu pai... Agradecemos aos amigos que sempre nos deram força e coragem para partir para esta aventura... Realmente não é fácil chegar lá em cima. Diversas vezes no último dia pensamos em desistir, mas quando imaginávamos a vista lá de cima, geleiras, comemorações e sonho realizado, buscávamos forças acima do nosso limite para não nos decepcionarmos e não decepcionarmos a todos os grandes amigos aqui do Brasil. Carregamos a flâmula do Veleiros do Sul até o topo do Kilimanjaro para homenagear o clube que temos orgulho de ser sócios! |
Informações sobre o Monte Kilimanjaro (Wikipedia)
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Comentários recebidos 20 Fev 2010 |
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