Finalmente, Cachoeira do Sul
Navegando todo o Jacuí navegável, desde Porto Alegre
Danilo Chagas Ribeiro

Fev 2004
Navegar até Cachoeira do Sul, desde Porto Alegre, representava um desafio. Enfim seria a maior extensão navegável do principal afluente do Guaíba.

Além disso, a Aline certamente bateria o recorde de navegação em águas interiores interligadas no sul do país: ao sul, desde o Cebollatí, na Lagoa Mirim, e ao Norte, até o limite da navegação para seus 32 pés, pelo Rio Taquari (Estrela). E agora, ao centro do estado, pelo Jacuí (Cachoeira). Foram mais de 1.200mn navegadas em 2003.
Ainda não alcançou o limite, mas é possível que já tenha batido o recorde.

Dificuldades da navegada
Não soubemos de outras embarcações de recreio que tenham subido o Jacuí até Cachoeira do Sul, a partir de Porto Alegre.
As dificuldades ficam por conta da extensão do percurso (230km), falta de cartas náuticas (mapas precários e antigos apenas), total inexistência de sinalização, correnteza normalmente acentuada, autonomia da embarcação, dificuldades de auxílio ao longo do percurso, e existência de muitos obstáculos submersos. É um percurso impróprio para veleiros, não só pela correnteza, mas pela má condição de ventos dentro da caixa do rio, cercado por matas ciliares em grande parte.

Outras dificuldades
Houve ocasiões em que o problema para chegarmos a Cachoeira do Sul era a indisponibilidade de tempo. Em outras, o rio estava muito cheio, sem chance de passar pelas eclusas. Teve ocasião que a navegada foi interrompida por pane mecânica. Acima de tudo, custamos a descobrir um prático na região.

Em Fevereiro de 2004 finalmente conseguimos subir o Rio Jacuí, desde Porto Alegre até a barragem do Fandango, a montante de Cachoeira do Sul, oeste de P. Alegre, tendo navegado um total de 500km aproximadamente.

Conteúdo desta matéria
Aí vai o relato da navegada com informações que poderão ser de interesse de outros navegadores, incluindo fotos, vídeo, waypoints, e o track do trecho mais difícil. Veja ainda os mapas da região e uma imagem de satélite georeferenciada de grande parte do percurso.

Três dias navegando
Saímos de Porto Alegre na manhã de uma sexta-feira, dia 6 de fevereiro de 2004, chegando a Rio Pardo no início da tarde. No sábado pela manhã seguimos a Cachoeira, voltando à tarde para Rio Pardo. No domingo voltamos a Porto Alegre.

Aline
Desta vez os dois motores WMW da Aline (180HP cada um) renderam muito bem, oferecendo um cruzeiro de 20 a 25 nós. Tudo indica que terminou a fase de afinação dos motores desta bonita lancha de desenho clássico (CarbrasMar32). O paiol dos motores sequer foi aberto neste passeio. A Aline também está equipada há algum tempo com flaps de comando elétrico independente, podendo-se assim corrigir facilmente a inclinação da lancha. Outras implementações estão em andamento, tornado-a cada vez mais adequadas a cruzeiros maiores.

Prático
Já havíamos subido o Jacuí outras vezes, tendo chegado a Rio Pardo em Agosto/2003 (145km de P.Alegre). Dali em diante (mais 100km) o rio nos era desconhecido, mas sabidamente complicado, principalmente da barragem de Dom Marco até Cachoeira. Tive a impressão de que quando Dom Marco foi construída, o canal até então navegável teve o calado aumentado mas continuou cercado pelas pedras das margens naturais, agora submersas. Há rocha submersa em vários locais e baixios por todo o lado. Só havia um jeito de subirmos até Cachoeira do Sul: a presença de um Prático.

De Rio Pardo a Cachoeira tivemos a companhia de um experiente Prático a bordo da Aline, contratado pelo comandante Adroaldo Mesquita da Costa Neto. Práticos são profissionais que indicam o caminho em cursos de navegação complicada (que me perdoem os Práticos pela definição tão coloquial).

Laudares Rosa de Oliveira, 63 anos, é um prático antigo da região, talvez o único em condições de conduzir embarcações neste trecho do Jacuí. Já foi operador de eclusa e navegou bastante pelo rio desde criança.

Há vários anos Laudares fez o mapa do rio que utilizávamos. O homem sabia a cada instante em que PK* a gente estava navegando. Anunciava as curvas com antecedência, indicava baixios e pedras submersas aqui e ali, e foi o tempo todo contando histórias, sem no entanto tirar os olhos do curso.
Muito ativo, ao atracarmos, logo assumia a proa da Aline. Subiu nas eclusas, engatinhou nas vigas do porto, não parava...

Fantasmas: "Deixa Pra Mim!"
Em Cachoeira do Sul se vê um porto fantasma (foto ao lado).
Há terminais de grãos fantasmas também. O da Central Sul carregava 500ton de soja e trigo por hora.
Há toda uma história da navegação comercial por aquelas bandas, que ninguém soube bem contar o porquê do seu fim. Há quem fale do lobby dos caminhoneiros, e há quem afirme ser por conta de outros problemas.
Além destes fantasmas, o rio tem outros, como o da virgem que aparecia em certa curva do rio.

O fantasma mais conhecido é talvez o "Deixa pra mim". Segundo o prático Laudares, diversos timoneiros viram e ouviram um sujeito, sempre de branco, em certa curva do rio (PK 175). Ele aparecia do nada e dizia "Deixa pra mim". Um timoneiro no mesmo instante em que ouviu a ordem, largou a roda do leme deixando pro fantasma continuar a condução do barco. Conta ainda o seu Laudares, que os caras "paravam o barco na beira do rio, botavam a prancha, e ele subia".
- Mas eu não acredito!, enfatizou o prático.

Histórias
Seu Laudares contou muitas histórias do rio. Sua memória representa um acervo vivo do Jacuí. Contou também da razão dos nomes de alguns pontos do rio. O "Quebra-bunda", por exemplo, no PK207, foi assim denominado nos anos 50 porque antes da construção da barragem de Dom Marco (1.967 ~ 1.972) não tinha como o barco passar por ali sem raspar a bunda no fundo do rio.
É daquele tempo também que vêm nomes como "Ilha do Lombo Sêco" e "Cachoeira da Negra", onde os barcos eram guinchados por 300m de cabo preso a uma árvore para vencer a corredeira (a tal cachoeira).

Enquanto está contando histórias, Laudares interrompe de vez em quando para indicar o novo rumo ao comandante: "Aqui o senhor pega meio-rio".
"Dessa figueira em diante, o senhor aponta para a ponta da ilha".
Não se fala em rumo magnético. É tudo no olho.
- Mas e à noite, perguntei ao seu Laudares, como é que o senhor se orienta?
- Pelas árvores!
- Mas em noite escura dá pra ver as árvores?
- Dá, disse ele.
Falou bastante da navegação comercial e das barragens, no tempo em que o rio era sinalizado por 60 bóias - restam duas apenas. A navegação em um rio cheio de pedras submersas e baixios, com variação de 9m de altura entre a estiagem e a cheia, não é para qualquer um.

Eclusas
A primeira eclusa a cruzar, para quem sobe o Jacuí, é a de Amarópolis, junto à barragem de Santo Amaro.

Acima de Rio Pardo está a eclusa de Dom Marco, construída nos anos 60/70, que fica afastada da barragem, no Anel de Dom Marco. Em Cachoeira do Sul, a montante da cidade, está a barragem mais antiga, Fandango, inaugurada em 1.958.

Saltando por cima da barragem
A barragem de Dom Marco é oca. Eu já havia caminhado dentro dela quando fiz estágio de engenharia em órgão público do estado nos anos 70. A barragem sofreu sério problema de estabilidade devido à falha no radier, tendo ficado praticamente no ar, presa pelas extremidades. Vi a foto de um caminhão fora-de-estrada embaixo da barragem.

Quem desce o rio seguindo o curso mais largo, de repente se vê diante da barragem. Os pilares de cor escura são muito pouco visíveis. Um desavisado descendo com problemas de visibilidade pode saltar por cima da barragem. Segundo seu Laudares houve casos de lanchas ficarem "acavaladas" na barragem, de 9 metros de altura. Não há sinalização alguma. É preciso saber que o caminho a seguir ali não é o mais largo. Quem desce o rio deve entrar em canal à esquerda, logo antes da barragem, em curso estreito e curvo, mais precisamente no estrangulamento do Anel de Dom Marco (um meandro do rio). É ali que está a eclusa. Observe isto no vídeo indicado mais abaixo.

Derrubando Ponte
O Alasão descia o Jacuí carregado com 2.808ton de grãos, em seus 98m de comprimento. "Era 23 de setembro de 1.990, 11:30h da manhã", lembra seu Laudares, o prático a bordo. Ao aproximarem-se da ponte sobre a BR-471, a uns 500m à jusante do porto de Rio Pardo, um estrondo assinalou um acidente de proporções econômicas significativas. O Alasão bateu em um dos pilares da ponte, derrubando um dos vãos, e em seguida veio outro abaixo. Não houve feridos, mas a ponte ficou inutilizada por dois anos. Além disso, o tráfego fluvial também ficou prejudicado.

Um dos vãos caiu sobre a proa do Alasão que então começou a afundar. A tripulação foi socorrida pelo pessoal de Rio Pardo que assistiu ao acidente. Nos dois anos sem tráfego na ponte, uma balsa fez o transporte dos veículos e a alegria do balseiro. O pilar duplo na foto acima substituiu o derrubado.

Hoje o Alasão chama-se Trevo Roxo. Há alguns anos, já com este nome, a embarcação bateu na ponte da BR-290, também no Jacuí, e com o mesmo timoneiro em serviço.

Segundo seu Laudares, houve pane mecânica no leme do Alasão. Outras versões da causa do acidente são contadas na região. Uma delas diz que a correnteza era muito forte e que o barco andava devagar demais, tendo por isso "perdido o leme" e "se atravessado".

Casa Flutuante e Casas Flutuáveis
Em Rio Pardo há um balneário chamado Ponta do Leste, a oeste da cidade, na confluência do rio que lhe deu o nome com o Jacuí. Os Wermuth construíram uma casa flutuante ali, onde usufruímos da boa hospitalidade deles.

Próximo à esta casa, mas sobre a praia, existem várias casas flutuáveis, o que para mim foi novidade. O alicerce de pedra é igual ao de outras casas comuns. Aparentemente a casa é igual a qualquer outra casa de madeira.

Chamam a atenção os tonéis de ferro ou de plástico sob as casas. A instalação elétrica e hidráulica é apropriada para a casa flutuar ao soltar-se dos alicerces.

E como a casa não se vai rio abaixo, nas enchentes?

Em dois dos cantos da casa, em diagonal, existem 2 postes de eucaliptos. Preso à casa há braçadeiras metálicas que envolvem tais postes, servindo como âncoras das casas. Quando o rio volta ao normal, a casa volta para cima dos alicerces, naturalmente.

Rio Pardo tem um parque náutico muito bom para o porte da cidade, incentivado pelo pessoal de Santa Cruz do Sul que tem barcos ou casas de lazer por ali.

Vê-se por aquelas águas veleiros monotipos, pequenos veleiros cabinados, lanchas, jetskis e ceboleiros, e ainda as pequenas lanchas de competição Chinelinhos (tem competição delas por ali).

Há duas marinas na cidade e bares à beira do rio. O rio Pardo não é navegável.

Caça e Pesca de Cachoeira do Sul
Almoçamos no Clube de Caça e Pesca de Cachoeira. Fomos muito bem recebidos por alguns associados do clube. As lanchas são colocadas n'água através de uma plataforma metálica que se movimenta sobre trilhos fixados na barranca do rio, e guinchada por motor elétrico.
No porto de Estrela, no Rio Taquari, havia nos anos 40 uma solução semelhante, chamada machambomba, cuja movimentação era por conta de burros que andavam em círculos para enrolar ou soltar o cabo da plataforma usada para carregar e descarregar os vapores.

A fartura da Pesca x Transgênicos
É voz geral do povo ribeirinho que nos últimos anos a pesca tem sido mais farta. Ainda não é aquela fartura de que seu Laudares conta: "Chegamos a pescar 200 pintados num dia só! Tinha Dourado que vou lhe dizer uma coisa...".
Ouvi um comentário nesta navegada que me deixou curioso. Que os produtos transgênicos teriam colaborado com a pesca.

E o que tem a ver uma coisa com a outra?

Que os peixes se alimentam de sementes transgênicas, que seriam super nutritivas?

Não, mas acho que o comentário tem mesmo tudo a ver: sementes transgênicas são mais imunes às pragas das lavouras. Isto significa menor necessidade de defensivos agrícolas, resultando em menos veneno na água.

Mas ora, "PVA33"!
Depois de muito chamarmos pelo VHF a eclusa de Amarópolis pelo rádio, sem receber resposta alguma, ouvimos o operador da barragem responder que não é para se chamar "Eclusa de Amarópolis", e sim para usar seu prefixo: "PVA33".
Ora, convenhamos...
Tivemos a impressão de que nosso primeiro chamado tenha sido ouvido.

Track
O track do trecho PK100-Cachoeira do Sul-Amarópolis está aqui disponível para download. Foi o que a memória do eTrex conseguiu armazenar.
Se V. pretende utilizar este track, lembre-se: o nível das águas do Jacuí, conforme informação recebida, estava 2m acima do nível normal. Em alguns trechos Seu Laudares indicava o caminho observando que se o rio estivesse muito baixo, o caminho seria outro devido a alguns obstáculos submersos mais profundos. A Aline cala em torno de 1 metro. Lembre-se ainda de que o uso de informações aqui publicadas é totalmente por conta e risco do usuário.

Poluição rio abaixo
Ao ver-se plástico boiando na Lagoa dos Patos tem-se a impressão de que Porto Alegre está poluindo.
No entanto, parte da sujeira vem descendo o Jacuí desde lá de cima, de Cachoeira do Sul, onde o Jacuí é quase tão caudaloso como aqui embaixo. E sabe-se lá de onde vem aquilo, rio acima. É apenas a parte visível (plásticos). E sabe-se lá também onde aquilo vai parar, encalhando em praias e ilhas rio abaixo.

E não é só o Jacuí que manda lixo pra Lagoa dos Patos, como não é só a Lagoa que manda lixo pro mar. De Cachoeira a Rio Grande são como 300 milhas (600km) de cursos de água doce. O RGS tem milhares de quilômetros de cursos contribuindo com águas a caminho de Rio Grande. Isso implica em milhões de habitantes, e em quase nenhuma educação ecológica, pra não dizer quase nenhum interesse público, excetuando-se o que pode gerar notícias e votos.

E nós navegadores, com sacos e mais sacos de lixo a bordo, os Dom Quixotes das águas, achando que estamos fazendo muito pelo controle da poluição... Creio que o mais importante em não colocarmos o lixo na água seja o exemplo, mesmo sem alarde, mas que algum dia poderá influenciar alguém em uma conversa, pelo depoimento, pelo ponto de vista. Guardar nosso lixo não é fazer a nossa parte. Podemos fazer muito mais. Quantitativamente, não é muito representativo o lixo dos navegadores, mas não depositá-lo na água é atitude muito significativa. Temos que dar o exemplo, mesmo sabendo da ínfima influência que um dia poderemos exercer no meio.

_______________
(*) PKs são os Pontos Kilométricos, ou marcos quilométricos do rio, com o zero no portão central do porto de Porto Alegre.
A montante - rio acima; em direção à nascente. "Fandango está a montante de Cachoeira" significa que se tem que subir o rio a partir de Cachoeira pra chegar a Fandango.
A Jusante - rio abaixo, em direção à foz.
Prático Laudares: Para contato com o seu Laudares, ligue (51) 3724-2345 (Cachoeira do Sul).

Tabelas
Veja a seguir, imagem de satélite, track, waypoints, mapas, fotos e vídeo da navegada.

 

Imagem de satélite, do PK100 a Cachoeira do Sul

A memória do eTrex foi insuficiente para armazenar todo o passeio. O track resultante começa no PK117, vai a Fandango e volta até Amarópolis. Felizmente o trecho mais importante (Rio Pardo - Cachoeira) foi salvo, ida e volta.
Imagem legendada (800KB)
Imagem legendada e arquivo MAP para o Ozi Explorer (zipado)
Imagem legendada c/track plotado (como na miniatura acima)

 

Tabela de Horários Aproximados
Local
Data/Horário
 
Veleiros do Sul, P. Alegre 09:20 (6/2/04)
Ponte sob BR-290 (Rio Jacuí) 09:45
Linha de alta tensão 09:55
Triunfo 10:50
Amarópolis 11:30
Rio Pardo 14:15
Rio Pardo (7/2/04)
Dom Marco 09:50
Cachoeira do Sul 10:55
Cachoeira do Sul 13:42
Dom Marco 15:15 (chegada)
Dom Marco 15:40 (saída)
Rio Pardo 16:15
Rio Pardo 09:45 (8/2/04)
Amarópolis 12:00
Amarópolis 12:15
Restaurante ?
Restaurante Jacuí 16:35 (saída)
Veleiros do Sul 17:10
Tripulação: Cmte Adroaldo Mesquita da Costa Neto, Joel Schroder, Danilo Chagas Ribeiro e Laudares Rosa, o Prático, no trecho R. Pardo-Cachoeira-R.Pardo.

Mapas do Jacuí
(de 30 a 50KB cada)
Mapa 1 (Porto Alegre, Delta Jacuí)
Mapa 2
Mapa 3 (Triunfo)
Mapa 4 (Eclusa de Amarópolis)
Mapa 5
Mapa 6 (Rio Pardo)
Mapa 7 (Eclusa de Dom Marco)
Mapa 8
Mapa 9 (Cachoeira do Sul)
Todos os mapas acima em tamanho maior, para melhor qualidade de impressão (todos juntos, zipados em arquivo único, 8MBytes)


Vídeo despretensioso da navegada (3min)
Imagens gravadas em câmera fotográfica digital
Stream (mais rápido: assista enquanto está baixando o arquivo)
Melhor qualidade, zipado, formato WMV, 2MB. Faça o download, unzip e assista

 

Waypoints
Os waypoints listados abaixo podem ser baixados (zipados) no formato TXT e WPT (Ozi Explorer)
Datum,WGS 84
WP,DMX,W-DOMINL,-29,57.802,-51,26.558
WP,DMX,E-ARAUJO,-29,56.861,-51,27.976
WP,DMX,BOIAFLAM,-29,55.785,-51,29.881
WP,DMX,w-ARAUJO,-29,55.661,-51,31.481
WP,DMX,E-DORNEL,-29,56.008,-51,33.259
WP,DMX,USINATER,-29,56.396,-51,34.409
WP,DMX,A-RATOS,-29,56.477,-51,35.277
WP,DMX,W-DORNEL,-29,56.551,-51,35.567
WP,DMX,E-CABRAS,-29,56.603,-51,35.794
WP,DMX,O-CABRAS,-29,56.734,-51,36.910
WP,DMX,USINACHA,-29,56.776,-51,37.447
WP,DMX,2BOIAFLA,-29,56.862,-51,40.517
WP,DMX,TRIUN-AT,-29,57.041,-51,42.883
WP,DMX,FOZTAQUA,-29,57.090,-51,43.207
WP,DMX,W-FLORES,-29,57.812,-51,44.976
WP,DMX,PONTEROD,-29,57.424,-51,45.819
WP,DMX,ARRCONDE,-29,57.392,-51,47.135
WP,DMX,E-MEXERI,-29,57.215,-51,49.797
WP,DMX,A-CONDEZ,-29,57.653,-51,51.751
WP,DMX,BOIAENCA,-29,57.680,-51,51.943
WP,DMX,V-MELADO,-29,56.784,-51,56.622
WP,DMX,E-CURRAL,-29,55.772,-51,56.457
WP,DMX,W-CURRAL,-29,56.161,-52, 0.965
WP,DMX,E-BOQUET,-29,56.554,-52, 4.847
WP,DMX,ALAGADO,-29,56.617,-52, 4.865
WP,DMX,A-FRANCI,-29,56.726,-52, 6.274
WP,DMX,A-MG-ESQ,-29,55.637,-52, 9.209
WP,DMX,E-IPK117,-29,57.417,-52,10.700
WP,DMX,A-VELHAS,-29,59.855,-52,12.764
WP,DMX,CAPIVARI,-29,58.620,-52,16.117
WP,DMX,PORMESAS,-29,56.351,-52,19.097
WP,DMX,A-MG-ESQ,-29,56.155,-52,19.486
WP,DMX,A-DOCOTO,-29,56.507,-52,20.500
WP,DMX,SANGAESQ,-29,56.708,-52,20.519
WP,DMX,RIOPARDO,-29,59.803,-52,22.504
WP,DMX,7ILHAS,-30, 4.829,-52,25.168
WP,DMX,TABATING,-30, 5.421,-52,26.511
WP,DMX,M-DOMARC,-30, 5.408,-52,29.720
WP,DMX,PK200,-29,59.466,-52,40.979
WP,DMX,A-BEXIGA,-29,58.900,-52,41.753
WP,DMX,E-LOMBOS,-30, 0.821,-52,44.035
WP,DMX,CACHOEIR,-30, 3.229,-52,52.822
WP,DMX,J-IPIQUI,-30, 1.860,-52,36.413
WP,DMX,M-CORVOS,-30, 3.863,-52,35.682
WP,DMX,AMAROPOL,-29, 56.766,-51,53.7012

 

 

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Outras navegadas da Aline

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