Velejador gaúcho sofre ameaça
Abordado na barranca de arroio

Segue relato de incidente enviado pelo Comte Jair Goularte Acalantho/ICG

Aviso aos Velejadores Amantes do Arroio Araçá (Salgado)

No dia 22 de setembro de 2006, estávamos, eu e minha esposa, almoçando no cockpit de nosso veleiro Acalantho, recém aproados no barranco do Arroio, como estamos acostumados a fazer há anos, quando se aproximou repentinamente um cidadão muito exaltado, com um cachorro e uma espingarda de dois canos apontada para nós, dizendo-se ser arrendatário da Fazenda do Brejo, falando que tinham lhe roubado muito e que ninguém mais pisaria nos barrancos, pois iriam morrer.

Tentei dialogar com o sujeito, e quando fiz menção de descer do barco, ele disse que me mataria se eu descesse. Aos apelos de minha esposa, ele permitiu a ela que descesse do barco e recolhesse nossas cadeiras que estavam à sombra, porém sempre me apontando a arma. Ao passar por mim, pedi à minha esposa que me alcançasse meu revólver sem que este cidadão percebesse.

De posse de minha arma o atrito ficou mais sério, pois engatilhei a arma apontando para ele e criou-se um impasse, dizendo-lhe que os dois morreriam. Enquanto isso minha esposa já estava chamando a Brigada Militar da Barra do Ribeiro, falando com o Soldado Ventura e a Soldada Marisa. Passou-me o telefone e quando eu me identificava como militar.

O cidadão, ainda apontando a arma, retirou-se um pouco para trás, pois minha esposa interferiu e disse-lhe que ninguém iria atirar e que nós já iríamos embora. Ele ficou na espreita. Nesse momento, vieram conversar conosco três velejadores que estavam em outra embarcação, próximo ao Acalantho, e que também já haviam sido intimidados pelo mesmo homem. Como eles acharam que este já tinha ido embora, vieram pelo mato despreocupados.

Neste momento, o arrendatário veio correndo e disparou um tiro, não sabemos para qual direção. Então, estes três velejadores entraram correram em nosso barco para se abrigarem, e ali ficamos esperando a Brigada Militar ou Polícia Civil por um período de 2 horas, mas não apareceram. O Acalantho e a outra embarcação dos três velejadores, tivemos que buscar abrigo fora do Arroio, pois além de ameaçados de morte, o arrendatário disse que quem se atrever a passar a noite naquele local, além de terem os cabos “cordas” de seus barcos cortados ficando a deriva, e não iriam amanhecer com vida.

Meu nome é Jair, minha esposa Marilene, pertencemos ao Iate Clube Guaíba –POA/RS.
Peço a todos os participantes do POPA que ao lerem este relato, e se tiverem alguma forma de nos ajudar a reaver nossos direitos, que se manifestem, pois estão tirando nossos direitos do que mais amamos: VELEJAR!

O casal Goularte a bordo do Acalantho atracado no Arroio Araçá em outra oportunidade

 

O Comte Jair Goularte é Presidente do Conselho do Iate Clube Guaíba

Marilene Goularte (imagem do arquivo do Popa)

 

Fotos do Arroio Araçá (arquivo do Popa):
http://www.popa.com.br/imagens/pordosol/pordosol_25.htm
http://www.popa.com.br/imagens/barcos/barcos55.htm

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