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Cruzeiro e Regata Porto Alegre-Tapes - 2006
Um evento histórico da vela gaúcha
Danilo Chagas Ribeiro

Todas aquelas luzes movendo-se lentamente na escuridão, pra lá e pra cá, ofereciam uma visão única e espetacular do rio. Era o vai e vem dos veleiros aguardando a hora da largada, com suas luzes vermelhas, verdes e brancas decorando o Guaíba em frente ao Veleiros do Sul.

Os 64 barcos com mais de 200 tripulantes a bordo apresentavam-se pelo rádio VHF sucessivamente: "Veleiro Igaraçu na raia". "Veleiro Entre Pólos apresentando-se". "Aqui veleiro Galantte". Assim, na noite de 4 de agosto de 2006, uma sexta-feira, às 19:15h, teve início um evento histórico da vela gaúcha: o Cruzeiro e Regata Porto Alegre-Tapes.

Estava muito bonito!
Fogos foram lançados para iluminar a raia. Assistíamos emocionados à largada de um evento estrondoso da vela gaúcha, recorde folgado das navegadas com destino a Tapes, em todos os tempos.

Lentamente os barcos iniciaram a descida do Rio Guaíba rumo à Praia do Sítio, ao lado do Farol de Itapuã. Estar embarcado em meio àqueles barcos todos, dentro da noite, trouxe uma sensação magnífica. Muitas pessoas acompanharam a largada em terra, no Veleiros do Sul e também no Iate Clube Guaíba. O ex-campeão mundial de snipe Boris Ostergren estava no Veleiros. "Dava pra ver as luzes todas vermelhas, e em seguida todas verdes, quando viravam de bordo. Estava muito bonito!", disse Boris.

Barcos vindos do nada
Havia pouco vento no rio. A noite enluarada ajudava a identificar os barcos, oferecendo uma visão inesquecível. Mas no decorrer do percurso uma neblina de média intensidade reduziu a visibilidade e tornou obrigatória a navegação por instrumentos (como no O'Day23 Tethys, foto abaixo). Subitamente apareciam barcos quase ao lado da gente, vindos de dentro da neblina, como se vindos do nada.

Que velejada, apesar do vento escasso! Muita adrenalina com um visual sensacional. Foi uma navegada emocionante. Navegadas noturnas costumam gerar mais adrenalina. Com neblina, nem se fala. E sabendo-se estar em meio àquele monte de barcos... Só mesmo estando a bordo para poder avaliar esta incrível sensação.

Uma brincadeira muito séria
A aproximação noturna e por instrumentos à Ponta Grossa foi muito legal. É uma passagem de 400m de largura com pedras nos dois lados. Navegávamos por GPS na neblina agora mais forte, sem enxergar nada à frente. A poucos metros da Ponta surge o vulto do morro, quase ao lado da gente. O veleiro Feitiço avançava lentamente, com alguns tripulantes de olho grudado na proa, e outros com atenção no GPS. Por mais que se domine e tenha experimentado a navegação por instrumentos, é sempre emocionante passar por um obstáculo à noite e sob neblina. Navega-se com extrema atenção e com todos os sentidos muito aguçados.

Rota do Arroz
Além de todos os perigos previsíveis, aí incluídas as redes de pesca, a nossa própria flotilha era um perigo extra. Todos aqueles veleiros em volta, cruzando-se repetidamente (orçando com vento contra), representavam muito mais um risco de colisão do que uma chance de ajuda, como pode-se esperar ao velejar em grupo. É uma brincadeira muito séria.
Estávamos percorrendo a Rota do Arroz no sentido inverso. Era por aquelas águas que vinha o arroz de Tapes até os anos 50. Imagine-se o grau de dificuldade para navegar sem os recursos de hoje.

Cidade flutuante
Por fim, já nas proximidades do Morro da Fortaleza, em Itapuã, anunciamos nossa aproximação à Comissão de Regata. A Praia do Sítio começou a transformar-se. Em algumas horas a praia estava lotada de veleiros com suas luzes de tope de mastro acesas.

"Aquela visão da largada, estar constantemente cercado por barcos de Porto Alegre a Itapuã, e aquela cidade flutuante que se instalou na Praia do Sitio, acho que foi algo nunca visto!!!", disse o Comandante Pedro Chiesa, do Clube dos Jangadeiros. Com a Praia do Sítio cheia de barcos, alguns comandantes preferiram fundear na Praia do Araçá.

Vento escasso
Ficamos acordados até as 4:00h da madrugada, acompanhando a chegada dos últimos barcos. A alvorada no Feitiço ocorreu às 6:30h. A visão da flotilha saindo da Praia do Sítio em direção ao Farol de Itapuã foi algo inesquecível.

A manhã quieta, sem vento, o rio espelhado, um pouco de bruma, o navio entrando no Guaíba, aqueles barcos todos entrando na Lagoa dos Patos. Foi tudo muito bonito.

Os barcos inscritos na classe cruzeiro seguiram para Tapes a motor, logo após a largada. Os barcos em regata ficaram para trás, aguardando o vento que foi escasso até Tapes. Por causa disso, alguns voltaram para Porto Alegre.

No percurso pela Lagoa dos Patos pudemos usar os panos por pouco tempo. O balão do Feitiço e de alguns outros barcos foram enfunados. Na enseada de Tapes pegamos vento favorável também, mas de baixa intensidade. Realmente o evento não teve os ventos que a meteorologia anunciava na véspera, capazes de chegar a até 14 nós. Mas também não teve chuva nem pau de vento.

Conversa de trapiche
A chegada de 43 barcos em Tapes deu o que fazer para o pessoal do clube. Cada barco que se aproximava, anunciava-se pelo rádio e recebia a informação do local onde deveria atracar. Em certos momentos era um barco atrás do outro.

Os trapiches tiveram uma movimentação muito grande até a hora do churrasco. O vai e vem era intenso. Alguns ficaram a bordo, confraternizando. A conversa de trapiche era animada pelo encontro de amigos de diferentes clubes.

Churrasco farto, cerveja gelada e bolo delicioso
O churrasco oferecido pela Prefeitura de Tapes estava ótimo. A carne estava muito boa e farta. A reposição era rápida. A cerveja estava bem gelada.

Considerando que aquelas 219 pessoas presentes eram muito mais do que o serviço do clube estava acostumado a atender, o serviço foi excelente. Até mesmo a Secretária de Turismo de Tapes Maria Py arregaçou as mangas e ajudou a servir. Parabéns a ela e ao Prefeito Silvio Tejada Xavier! E muito obrigado.

Após o churrasco foi servido o bolo oferecido pela Rosane Ribeiro (minha esposa) para todo aquele povo. Foi um bolo grandão e, modéstia à parte, estava delicioso.

As esposas e filhos de alguns velejadores foram a Tapes por terra. A festa foi familiar e divertida.

Correria em terra
Segundo informações de velejadores da velha guarda, nunca houve um evento Porto Alegre - Tapes com a participação de tantos barcos.

Conforme o ex-comodoro do Veleiros do Sul Astélio dos Santos, "com certeza foi o maior evento náutico gaúcho dos últimos 6 anos". A comissão organizadora do evento, formada por comandantes de diferentes clubes náuticos, estimou de início que 20 barcos participariam. A triplicação de nossas expectativas trouxe acima de tudo muito contentamento, mas alguns suprimentos não puderam ser atualizados a tempo. A maioria das inscrições foi feita na véspera da largada, como de praxe... Foi uma correria no Clube Náutico Tapense para arrumar espaço para tantos barcos de uma hora para outra.

Retorno a Porto Alegre: à vela e de ônibus
A maioria dos barcos ficou em Tapes e foi trazida de volta para Porto Alegre nos finais de semana seguintes. Alguns veleiros voltaram no domingo mesmo, favorecidos pelo vento sudeste fraco na Lagoa dos Patos. Parte dos velejadores voltou a Porto Alegre em ônibus fretado pela Prefeitura de Tapes.

Nem tão estranho no ninho
Tive o privilégio de voltar a Porto Alegre a bordo da Tawali, a Cimitarra29 do comandante Lisboa/CDJ. Lisboa deu um belo exemplo. Soube do evento para veleiros, foi à secretaria do Veleiros do Sul e perguntou se podia inscrever-se. Com a resposta afirmativa, não teve dúvidas.
Durante a ida, rio abaixo, Lisboa ia anunciando aos participantes do evento as dificuldades pelo caminho, como a intensificação da neblina junto à Ilha Chico Manoel e passagem de navios. O comandante Lisboa estava bem entrosado na festa dos velejadores, que acabou também sendo sua. Na próxima vez teremos mais lancheiros navegando conosco, com certeza. A lancha Aline, do Comte Adroaldo Mesquita da Costa Neto, também participou.

Evento supraclube
O Cruzeiro e Regata Porto Alegre-Tapes foi um evento supraclube, na medida em que foi organizado por velejadores de diferentes clubes, e sem a ingerência de nenhum deles. A realização seguiu as determinações da Comissão Organizadora, designada pelo popa.com.br ao lançar o evento. Foram nomeados para a comissão 3 velejadores do Veleiros do Sul, 2 do Clube dos Jangadeiros, 1 do Iate Clube Guaíba e 1 do Clube Náutico Tapense. A comissão resolveu todos os assuntos do evento de forma soberana.

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Cobertura da mídia
O evento despertou apreciável interesse da imprensa, com matéria publicada no jornal Zero Hora (na foto abaixo a entrevista), gravação de vídeo pela RBS-TV, e entrevista para a Rádio Guaíba, o que não é usual nos eventos da vela no RGS. É importante salientar a boa acolhida havida por parte da imprensa. É bem provável que a caracterização como cruzeiro tenha contribuído para isso, ou seja, que possivelmente a regata por si só não tenha tanto apelo na mídia.

Erros
Erramos em alguns aspectos, a começar por subestimar o número de participantes, o que resultou em número insuficiente de camisas. Como o número de participantes foi recorde em eventos POA-TAPES, e como a maioria das inscrições foi feita na véspera, não dava mesmo para prever três vezes mais participantes do que se previa.

Custos
Negociar com vaidades,
suportar animosidades,
tolerar a resistência à novidade,
e controlar a ansiedade.
Esses foram os principais custos do evento.

Ganhos
A lembrança da imagem da largada em P. Alegre com todas aquelas luzes em movimento; a memória da noite na Praia do Sítio apinhada de barcos; a imagem da concentração na Lagoa dos Patos. Participar de um grupo poderoso na organização; poder ser apenas mais um no evento que funcionou sozinho, de tão bem organizado que foi. Foram esses, sem dúvida, os ganhos mais importantes que tivemos no evento. Mas o mais bonito foi o conjunto de barcos navegando. Foi a disposição de todos para participar e formar o grande grupo.

Balanço
Apesar do vento não ter correspondido às expectativas, não tivemos chuva nem aquele frio danado que fez poucos dias antes. A falta de vento enfim, faz parte: no mes passado em Ilhabela, algumas regatas foram canceladas por falta de vento.

A expressiva participação dos velejadores no evento, mesmo em condição meteorológica longe do ideal, mostrou o importante espírito esportivo e boa disposição dos participantes. Mostrou também a importância da categoria cruzeiro no evento. Mostrou ainda que alguma coisa extra foi oferecida, a ponto de fazer desatracar tantos barcos. E mostrou por fim, o quanto a participação de um pequeno grupo de abnegados velejadores é capaz de fazer pelo meio náutico. Saiba quem são eles em Marujos da pesada, abaixo.

Marujos da pesada
O pequeno grupo de comandantes da Comissão Organizadora empenhou-se de maneira invejável. Tivemos uma comissão que todo o clube gostaria de ter. Trabalharam muitas horas para que tudo desse tão certo como deu. Essa gurizada medonha, que já participou de inúmeras regatas, sabe tudo. Trabalharam duro, mas com prazer, pelo gosto de ver o evento bem encaminhado. Trabalharam brincando. E brincaram trabalhando. A esses caras atribuo a maior responsabilidade pelo sucesso do evento. Muito obrigado a todos. São eles:

Luiz Ungaretti Escape, cujo foco foi a preparação das Instruções e o contato com a Delta para a premiação, preparo dos prêmios e várias outras atividades. Certamente foi o Luizinho quem mais horas de trabalho deu ao evento.
Eduardo Ferrugem Hofmeister Igaraçu fez palestra para os participantes, gerou regras de participação e estava sempre "com o evento na cabeça". O Ferrugem está sempre com as pilhas novas.
Emilio Oppitz Adriana fez a logística em Tapes, incluindo o clube e a prefeitura. O Emilio começou a dar forma ao evento comigo, antes da comissão ser formada.
Rafael RafaBigWall Britto Tethys fez palestra no Jangadeiros também, e preparou a rota e waypoints. Levou o notebook e um monte de cabos para carregar os dados nos mais de 20 diferentes GPS levados à Reunião dos Comandantes. Codificou os dados de navegação em diversos formatos para disponibilizar no popa e facilitar a vida dos navegadores.
Cylon Rosa Neto Raio de Luar trabalhou na captação de patrocínio e foi sempre um incentivador. Quando tudo parecia perdido na captação, ele trouxe a solução. Por questões de trabalho o MegaCylon não pode participar.
Pedro Chiesa Alvará trouxe boas contribuições, como a obrigatoriedade do aviso de aproximação dos participantes pelo VHF nas largadas e nas chegadas. O Pedrão fala pouco nas reuniões, mas acerta bastante.
Participei da Comissão também, atrapalhando essa gente tão competente e disposta, que foi perfeita.

"Tripulação" do Veleiros
A equipe do Veleiros do Sul fez um belo trabalho, sob o comando do Oficial de Regatas Odécio Adam (a bordo da CR, ao lado), a começar pelo auxílio na preparação das instruções de regata, e pelas inscrições com o trabalho de Ricardo Pereira. As largadas foram bem detalhadas e as dúvidas apresentadas à comissão de regata foram respondidas com firmeza. A equipe do Veleiros, com 3 funcionários a bordo, esteve impecável!

Recordes, sucesso e reconhecimento do meio náutico
O evento bateu recordes e ficou na história. Segundo informações de comandantes que participam do meio náutico gaúcho há várias décadas, o Cruzeiro e Regata POA-TAPES bateu o recorde do maior número de barcos em um evento POA-TAPES em todos os tempos, tendo sido o maior evento náutico no RGS nos últimos 6 anos. Conversamos com dezenas de participantes e percebemos o quanto apreciaram ter participado. A continuação de Itapuã para Tapes, sem vento e com o tempo sujeito a instabilidade (foto ao lado), mostra a vontade dos velejadores para velejar. Não tivemos nenhum acidente ou incidente reportado. A festa transcorreu em um clima de excelente cordialidade.

Comparando
Para que se tenha uma idéia do que seja reunir 64 barcos em uma competição à vela no Brasil, a tradicional Volta à Ilha em Florianópolis, com duração de 12h em Dezembro de 2005, contou com 35 barcos. Na Semana de Ilhabela, um evento internacional, e o mais freqüentado do Brasil, haviam 180 barcos neste ano, com grandes patrocínios, cobertura da mídia e forte apelo turístico.

Pioneirismo ou novos tempos
Quando a Comissão de Regata iniciou o procedimento de largada pelo rádio, duas baterias de foguetes foram disparadas pelo popa.com.br, realizador do evento. Tínhamos o que comemorar. Foi a primeira vez, que se tenha notícia, que um site de internet tenha realizado um evento náutico de tal porte no país. O próprio popa já organizou outros eventos, mas nenhum assim com todo esse sucesso.

Participação dos clubes
O Veleiros do Sul contribuiu na edição das Instruções, fez a Comissão de Regata (ao lado), e foi a autoridade organizadora junto à Marinha. E deslocou, além da embarcação para a Comissão de Regata, um inflável de resgate. Esta mesma embarcação foi utilizada para o transporte da equipe de cinegrafistas conduzida pelo comodoro.
A reunião dos Comandantes foi realizada na Vento Sul. Muito obrigado Comodoro Manfred Flöricke.

O Clube dos Jangadeiros ofereceu coquetel nas palestras de Eduardo Ferrugem Hofmeister e Rafael RafaBigWall Britto. No evento foram realizadas as primeiras 14 inscrições do Cruzeiro!!! Muito obrigado Comodoro César Rostirola.

O pessoal do Clube Náutico Tapense fez bonito, a começar pela redistribuição de seus próprios barcos, para que os barcos visitantes pudessem ser abrigados. O valor das diárias dos barcos foi bem reduzido. A festa com mais de 200 pessoas foi realizada na sede do clube. Os participantes foram recebidos com tiros de foguete. Muito obrigado Comodoro Paulo Lineu Barcellos.

Caso os veleiros não pudessem fundear na Praia do Sítio, por causa do vento, uma das alternativas poderia ser o Clube Náutico Itapuã, cujas instalações foram colocadas à disposição pela Comodoro Christina Silveiro. Muito obrigado Tina.

Premiação
Cada barco participante recebeu um prêmio fornecido pela DELTA YACHTS, por cortesia do empresário Ricardo Weber, incentivador do meio náutico, que tradicionalmente contribui com troféus nas regatas gaúchas.

Cada comandante recebeu uma camisa polo de lembrança. As empresas ARO e ESMARJA, mineradoras e produtoras de areia em rios gaúchos, forneceram recursos para tal. Da mesma forma participou do evento a empresa TRIATIVA do Comandante Fernando Maciel Planeta Água. A todos estes empresários, muito obrigado!

Agradecimentos
Além dos já citados, agradecemos à Comodoro do Clube Náutico Itapuã Christina Silveiro, empresário Celso Chagas Ribeiro da Signasul, Comandante Jorge Zaduchliver Feitiço, Comandante Dieter Brack, Comandante Fred Roth Friday Night, Eugênio Hackbart, Ana Paula Hofmeister, Roque Eli Morais (VDS), e a todos que de alguma forma auxiliaram a tornar o Cruzeiro Regata Porto Alegre-Tapes um evento náutico inesquecível.

Muito obrigado também a todos os participantes por terem acreditado e prestigiado a proposta do popa.com.br, e pela conduta impecável que tiveram. A comissão não recebeu nenhuma reclamação, seja na participação a bordo ou em terra. A todos os comandantes e tripulantes que participaram do evento, nossos parabéns.

Fotógrafos
Carlos Alberto Trein, Rafael Britto, Cristianini Evaristo Souza, Emilio Oppitz, Lidson Cancela, José Campello, Miguel Sanchis, Rogério Rocca, Paulo Silveira, Christina Silveiro, João Luiz de Mello, Marcelo Kupka, Zilton Gomes da Silva, e eu.

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Fotos do Cruzeiro e Regata Porto Alegre-Tapes - 2006

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Barcos 279

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Barcos 267

 

Navegadores & Cia 258
Tapes

 

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Tapes

 

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Tapes

 

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Tapes

 

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Tapes

 

Navegadores & Cia 246
Palestras no Jangadeiros

 

Paisagens 215

 

Paisagens 214

 

Paisagens 213

 

Paisagens 212

 

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Preparativos do evento

 

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20 Ago 2006
Marcos Sperb Funcke Coringa VDS

Prezado Danilo,
 
Foi fantástica a idéia da regata - cruzeiro Poa Tapes! Juntou o que a vela tem de melhor, a aventura e também o entrosamento entre pessoas que dividem a paixão de velejar. Em mais de 18 anos de velejadas e regatas, nunca tinha dormido na praia do sítio e não tinha noção da sua beleza. Nas regatas, a impresssão que fiquei ao passar dezenas de vezes por Itapoã e pela lagoa é de um lugar de ventos muito fortes, canal muito estreito e navegação dífícil. Como o espírito da regata é chegar na frente, as vezes pouco aproveitamos do visual e curtimos o caminho. Adorei o lado cruzeiro da coisa. Já estou programando diversos cruzeiros para quando o tempo esquentar. Acho que devemos deixar de lado as fissuras regatistas e também os cruzeiristas a aprender o que tem de bom em uma regata, que na verdade não é sim conquistar o lugar no pódio, mas o desafio de montar uma equipe e velejar em condições que se fosse um passeio, simplesmente não iríamos.
Sugiro e espero, que eventos deste tipo passem a fazer parte de um calendário anual de nossa vela.
Também sugiro, a realização deste evento em um mes mais quente, para que possamos mergulhar nas águas e aproveitar o horário de verão.
Parabéns ao popa e a todos os envolvidos na organização do evento! Foi muito legal
 
Abraço a todos
 
Marcos Sperb Funcke
Veleiro Coringa

PS - como o coringa é um barco de regata, um pouco desconfortável para longos cruzeiros, fui para Tapes com veleiro Angela.

 

08 Ago 2006
José Campello Aventura CDJ

Foi um acontecimento histórico esta navegada. Diferente dos padrões normais, primou pelas condições singulares que foram rolando.
A partir da largada nos deparamos com muitos veleiros determinados que surgiam e desapareciam pelos dois bordos sem qualquer cerimônia. Assim fomos adentrando a escuridão nos afastando da segurança das águas dos clubes. No início, o céu nublado em meio a noite fria não oferecia muito conforto, mas produzia adrenalina. Mais tarde a noite já amistosa, mais amena e luminosa nos concederia a companhia do luar na altura da Chico Manuel nos convidando ao relaxamento.
No entre meio, após as Pedras Brancas a cerração tomou conta se alternando seguidamente entre mais ou menos densa, com picos de visibilidade de apenas 100m. Foi comum nos defrontarmos com uma configuração luminosa a nosso boreste e num passe de mágica perdermos sua compainha para mais adiante nos defrontarmos  com nova arquitetura luminosa quase na mesma posição, surgida do nada. Os cruzamentos passaram a ser perigosos, repentinos e sem lazeira de manobra.
Silenciosa a noite a princípio, tornou-se agitada com o adentrar das horas, invadida pelo som de música jovem de contagiante embalo que varava o Guaíba entre a Ponta Grossa e o Lami.
As comunicações se sucediam, veleiros amigos concorrentes buscando posição, recados, instruções, desistências e aderências à flotilha a cada momento. 
De repente uma preocupação extra em meio à densa cerração; Um aviso por VHF indicava a existência de duas chatas avistadas em Itapuã navegando contra a flotilha semi - invisíveis pela cortina de umidade. Entre a Ponta Grossa e a Chico o ruído dos motores já se diluia no batuque da música gerando grande preocupação entre as tripulações que evitavam o canal de navegação. Por outro lado, os sustos se sucediam nos cruzamentos repentinos sem maiores avisos. Ouvimos vários apitos e businaços.  
O vento fraco de início deu lugar aos poucos a uma fraca brisa. Com a falta de vento os veleiros foram aos poucos trocando o meio de propulsão, com exceção de alguns persistentes, não poucos, que não hesitaram em finalizar o 1º percurso à vela, praticamente sem vento. Então outra surpresa, a flotilha mostrou ser possível a convivência de duas correntes a regateira e a cruzeirista desde que preparada para tal possibilidade. 
Sim, corremos perigo, mas Netuno não estava de mau humor e o Danilo e a organização certamente invocaram a supervisão dos Anjos da Guarda de cada tripulação.
Mais adiante na atracação o espetáculo das luzes de navegação mostrando rara concentração de pontos luminosos entre a praia da Pedreira e a do Sítio. O farol de Itapuã funcionou como um grande imã aglutinador. Algo notável.
Esta etapa com todos estes tópicos foi de longe a mais divertida do passeio. No dia seguinte os motores foram solicitados e testados até a metade do Saco de Tapes. A Lagoa estava mansa.
Cabe salientar e parabenizar a eficiência da organização POPA/Veleiros do Sul, e agradecer ao CNT pela calorosa recepção, pelo churrasco oferecido em copa livre de forma tão amistosa.
Acho que ficaram todos felizes e realizados.
 
Arrisco-me a profetizar que foi reaberto uma nova era na vela gaúcha. O potencial contido foi liberado
 
Abraço a todos
Campello (tripulante do Veleiro Galantte)

 

07 Ago 2006
Joaquim Machado Saint Tropez CDJ
O sucesso deste evento comprovou, pela enésima vez, a importância do POPA para o mundo náutico gaúcho.
PARABÉNS !

 

07 Ago 2006
Rogério Rocca Refúgio VDS

Prezado Danilo.
Congratulações pelo evento. Sem dúvida, um marco na vela Gaúcha.
Também parabenizo o ICG pela quantidade de Velejadores mobilizados em torno de um evento. Realmente, é o Clube de Velejadores que mais velejam.
Ficamos honrados (Eu e Plinio-VDS) de participar deste evento.
Mando algumas fotos que consegui, a despeito de um dia "um tanto cinzento".
Abraço!!!
Rocca

 

07 Ago 2006
Zilton Gomes da Silva Malibu ICG
Caro Danilo,tu e tua equipe de abnegados estão de parabens pela regata/motorada PAlegre/Tapes, espero que tenhamos outros eventos tão bonitos assim. Dá vontade de arrumar o barco para não fazer feio.

Segue umas fotos que tirei durante a jornada.

Zilton

Veleiro Malibu.

 

07 Ago 2006
Rodrigo Beheregaray Asterix CNI

O evento de PoA-Tapes estava ótimo. Parabens aos organizadores que devem ter ficado surpreso com a resposta imediata de barcos, comandantes e tripulantes em sairem dos trapiches, dificultando toda a operacionalidade, mas tudo correu bem. Quem estava na água guardará um incrivel quadro de mais de 60 embarcações numa largada noturna, águas calmas, lua quase cheia, estrelas e muita confraternização. A chegada nas enseadas no Parque Estadual de Itapuã era outro espetáculo pois de tantas luzes de embarcações fundeadas parecia que as antigas vilas de pescadores retornaram às praias do Sítio, Araçá e Pedreira. Inúmeros pontos de luz. A noite foi muito calma.. A largada no farol estava muito bacana tb mas por azar era só um bafo de vento..... andando a 1-1,5kt as cambadas eram em slow motion... mas ao menos dava para ir conversando com os "vizinhos". Para quem estava inaugurando a Lagoa dos Patos, certamente essa não mostrou a sua "face" mais comum, mas mostrou a camaradagem náutica, ainda mais na chegada a Tapes. Um salão cheio de gente "do ramo" estava lá no CNT. Depois do jantar, já quase todos em seus barcos ou no seu quarto em terra, parece q marcando hora, veio um temporalzinho providencial para o descanso. No meu caso, com um espetáculo prá lá de muito melhor que um filme de documentário de TV, deitado e embarcado tinha uma vigia sobre a cabeça - bem lacrada - mostrando o ceu, raios, trovões e a maravilhosa chuva batendo bem de frente. Um verdadeiro espetáculo. Tive os melhores sonhos. Domingo voltamos a PoA de onibus, e de graça, providenciado pela Pref. de Tapes. Um excelente convite a voltar mais vezes, o que espero acontecer.

Creio q o evento foi um sucesso e parabenizo a todos os participantes e organizadores pois esperar 20 e ir mais de 40 (se tivesse vento seriam mais de 60) não deve ter sido fácil. A proxima, com vento, será melhor ainda. E certamente será outro sucesso.

Abraço,

Asterix
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Rodrigo Beheregaray

 


06 Ago 2006
João Luiz de Mello Fiapo VDS
Ainda muito cansado da rebo-moto-velejada (vela quando teve vento, motor quando não tinha e reboque quando faltou tudo...) Porto Alegre - Tapes, sexta e sábado, como provavelmente fui um dos primeiros a voltar (de carro ) para Porto Alegre, escrevo só para cumprimentar os organizadores, em especial ao Danilo popa.com.br e equipe de apoio, ao Emílio Oppitz.
Excelente evento, integração dos participantes e condições absolutamente anormais na Lagoa - quase espelhada - SEM VENTO. Pena que estava num veleiro e não numa lancha

João Luiz - Fiapo

 

04 Ago 2006
Fábio de Lima Beck Lucky CDJ
Olá.

Por determinação médica para o comandante (hérnia de disco) o Lucky não poderá participar, embora tenha sido um dos primeiros a manifestar adesão à iniciativa. A informação do número de barcos participantes confirma o acerto da iniciativa e dá mostras de que esta é certamente uma das possibilidades de resgatar o interesse pelos barcos, pela vela, pelo rio e pela lagoa aqui no RS.
Parabéns aos que trabalharam pela organização e sucesso aos participantes. Tenho certeza que outras iniciativas semelhantes se seguirão (cruzeiro/regata com bastante flexibilidade) quando o Lucky estará presente. 
BV, Fábio/Lucky

 

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