Das Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, até Saint Marten, no Caribe
(De Outubro a Dezembro de 2000)
O diário, as histórias e os versos do Comandante Aderbal Torres de Amorim
Direitos autorais doados ao Asilo Padre Cacique


Quatro Mil Milhas Além
Uma travessia, o Homem e o Mar
Aderbal Torres de Amorim
(4º capítulo)

ILHAS CANÁRIAS

Quinta-Feira, 09 de Novembro.

Despertamos cedo como sempre. Apesar de todo o sono da Magra, fomos fazer nossa costumeira corridinha. É uma boa maneira de se conhecerem os arredores dos lugares onde se fica ou em que, no mínimo, se pernoita. Nas corridas matinais, fazem-se verdadeiros tours durante os trinta ou quarenta minutos que elas consomem: percorrem-se de seis a sete quilômetros e assim tem-se um melhor e mais próximo contato com os lugares visitados.

Partimos às 11h. O rumo continua para o sul. No mínimo, enquanto contornarmos a costa de Fuerteventura até Punta de Lantailla, a partir da qual passa-se para o rumo oeste-sudoeste. A navegada está tão boa, com o balão assimétrico fazendo o barco voar a dez e onze nós, que resolvemos passar batidos por Gran Tarajal, a parada pretendida. Antes, passamos pelo potente farol da Punta Lantailla, identificado, na carta, como FL. (2+1) 18s. 196m 21M. Para quem não é marinheiro, isso significa que, a cada dezoito segundos, o farol emite dois flashes contínuos e mais um isolado, que se situa a 196 metros acima do nível do Mar e que seu alcance é de 21 milhas náuticas.

Passamos direto e fomos para Puerto de Morro Jable, onde chegamos às 16h 30min. Atracamos no trapiche oeste, na posição 28.02.9 N e 014.21.6 W. Foi, como disse, uma navegada inesquecível. Pena que tão curta.

Morro Jable é uma pequena cidade à beira-mar com a população, como sempre nessas ilhas, predominantemente germânica, o que traz para essas paragens organização e limpeza. Disse-nos um motorista de táxi (todos os táxis locais são Mercedes-Benz) que a cidade soma cerca de seis mil habitantes fixos, nativos ou aposentados que para ali se transferiram. Acredita ele que a população flutuante seja mais do que o dobro, não havendo propriamente um mês do ano que se destaque mais do que os outros quanto ao fluxo turístico. Em face da quase uniformidade da temperatura, há movimento durante o ano todo.

O mesmo problema flagrado nas demais ilhas foi igualmente referido: a ilegal e, para ele, nefasta imigração de marroquinos que vêm trabalhar na construção civil. Esta, de alguns anos para cá, tem tido um enorme incremento. Na opinião dos locais, de modo geral, o crescimento das comunidades deveria ser estancado. Com essa imigração ilegal e concorrente da mão-de-obra primária nativa, mais cedo ou mais tarde tudo resultará em desemprego, pobreza e violência urbana, flagelos tão nossos conhecidos. Mas, por enquanto, desemprego realmente não há. Ao contrário.

A pequena Morro Jable é limpa, cheia de gente na rua e com trânsito de veículos congestionado na área central. Possui muitos restaurantes, lojas e supermercados. As ruas internas são estreitas, porém impecavelmente asfaltadas. Aliás, nas Islas Canarias, de modo geral, o asfalto das vias públicas parece que foi posto ontem. O porto em que ficamos, apesar de bem abrigado, não dispunha de água para os barcos que ali aportavam o que, convenhamos, é algo no mínimo desconfortável.

Muitas vezes, chega-se aos portos com a água “na unha”, embora, em nosso caso, isso não seja problema em virtude do maravilhoso dessalinizador que fabrica água doce à razão de cem litros por hora. É uma pequena hidráulica! Entretanto, o grande problema do water-maker é que só pode ser acionado em alto-Mar: não pode recolher impurezas de qualquer ordem, especialmente óleos, combustíveis ou lubrificantes, comuns em baías e portos.

Sexta-feira, 10 de novembro.

Com o barômetro marcando 1029, vento fraco de norte e o céu ligeiramente encoberto, zarpamos rumo a Las Palmas, capital da Isla de Gran Canaria, distante 58 milhas.

Nosso rumo é oeste. Cerca das 15h, começamos a divisar a Isla de Gran Canaria. Mais um pouco, e para o lado norte da ilha, bem na nossa proa, começa a surgir no horizonte aquilo que a curvatura da terra faz parecer um conjunto de três pequenas ilhas. São as elevações do norte da Gran Canaria que, a pouco e pouco, agregam-se ao resto da grande ilha, à medida em que dela nos aproximamos.

Pelas 18h, o sol se põe atrás da Gran Canaria e, do lado oposto, bem na nossa popa, surge bela e altaneira uma lua branquíssima, redonda, cheia de si. Está envolta numa aura cor-de-rosa, fruto dos raios solares que atingem as nuvens situadas sobre Fuerteventura, que há muitas horas e há muitas milhas já não é vista. O céu é de um redundante azul celeste. Sua combinação com o rosa, cenário daquela lua tão linda, deixa a todos extasiados. A lua está obcena de tão bela.

Acima da ilha, com o sol já completamente desaparecido, raios de luz atingem as nuvens sempre presentes sobre qualquer ilha oceânica, como que desenhando figuras caprichosas que a percepção de cada um traduz do modo que sente. Penso que a vida é mesmo bela. Hay que saber baila-la.

Agora, uma hora passada, a apenas nove milhas do destino, a coisa se agravou: a lua, cerca de dez graus acima da linha do horizonte, amareleceu e lançou na água, bem na nossa direção - pela popa, como dito -, um manto meio branco, meio ouro. Parece querer ligar-se a nós. Aquele rastro de luz, deixado pela quilha do barco, marca nossa presença ali.

Lembro as dezenas de golfinhos que nos têm acompanhado nesta viagem de sonho. É incrível como eles se comunicam com a gente. Falam com os humanos, brincam e fazem piruetas. Tentam responder a nossos gritos, assobios e batidas no casco do barco. A natureza é fantasticamente bela. A vida é fantasticamente bela…

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A Gran Canaria é, em extensão, a terceira ilha do Arquipélago das Canárias. Tem 1.500 quilômetros quadrados e uma população de mais de 700.000 habitantes. Cerca da metade vive na capital, Las Palmas, que não se confunde com a Ilha La Palma, situada no extremo noroeste do Arquipélago. Seu ponto mais alto é o Pozo de las Nieves, com 1.932 metros de altura, onde neva no inverno. Tem uma bem desenvolvida agricultura na parte norte, enquanto que o sul, muito seco, presta-se tão somente para a criação de cabras e ao cultivo de cactus. Sua forma bem arredondada permite dizer-se que se espalha a partir do ponto central, em N 27.57 e W 015.37, que recolhi da carta náutica.

Las Palmas está saturada de gente e de veículos. O trânsito é lento, quase caótico. No porto, impressiona o movimento, tanto de cargueiros, quanto de modernos navios de passageiros. Nesta cidade, Cristóvão Colombo fez escala em três das quatro vezes que demandou à América. Em uma delas, segundo noticia um monumento no cais de cargas pesadas, trocou as velas quadradas da nau La Niña por velas redondas e consertou o leme.

Chegamos à cidade pela Marina do Puerto de La Luz Yacht Harbour, onde se encontram 1.250 barcos atracados. A maioria deles aguarda a largada da grande regata transoceânica Atlantic Rally for Cruisers (ARC), que acontecerá dia 19 próximo. A chegada é prevista para Santa Lucia, no Caribe, do outro lado do Oceano Atlântico. O itinerário será quase o mesmo que daqui a alguns dias também seguiremos.

No porto, não há lugar nem para uma lancha. Há barcos amarrados a contrabordo, em número de até três, de lado para os pontos terminais dos trapiches. Mais do que lotada, a Marina está entupida de barcos.

Vamos direto ao posto de abastecimento onde, em geral, as coisas acontecem. Encontramos o guarda de plantão e ele nos diz para retornarmos e ancorarmos fora do enrocamento; longe da Marina, portanto. Dentro desta, só se houvesse lugar e estivéssemos inscritos para a regata. Digo, então, que pretendemos nos inscrever, mas ele rebate: as inscrições estão encerradas.

Ponderamos e choramingamos bastante. No fim, o máximo que ele poderia fazer por nós era permitir que ficássemos amarrados em dois dos quatro postes existentes na boca de entrada da Marina, com o risco do swell que por ali entrasse. E sequer teríamos água ou luz.

Sem escolha, aceitamos amarrar o barco nos tais postes. Evidentemente, não precisaríamos nem de água e nem de luz. Não precisaríamos de trapiche. Até um poste nos serviria, desde que a apenas 50 metros do trapiche, como era o caso. Quanto ao swell, se ele entrar, é claro que o fará somente depois de termos ido embora. Esses caras não sabem, mas o Pé-quente faz parte da tripulação...

Como disse antes, a lua era quase cheia e, por isso, nascera um pouco antes que o sol se fosse. Amanhã, ela nascerá no exato momento em que o sol desaparecer no horizonte e será, precisamente, lua cheia. Então, a maré é de lua, ou seja, maré em que a máxima e a mínima atingem seus limites extremos. Tal fenômeno ocorre tanto na lua cheia - aquela que se exibe do anoitecer ao alvorecer -, quanto na lua nova - aquela, também muito grande, que está no céu durante o dia, “branca como a lua”.

Note-se que, de um modo geral, a maré é cheia quando a lua - se nova ou cheia - está no alto do céu, ou no outro lado do planeta, no Japão, para quem está no Brasil. Na maré baixa, a lua encontra-se no horizonte, seja nascendo, seja se pondo. Assim, por exemplo, na lua cheia, a maré cheia será próxima à meia-noite e ao meio-dia; a maré baixa será ao entardecer, com a lua nascendo, e ao amanhecer, com a lua se pondo.

Estamo-nos atracando nos postes, com a maré subindo, portanto. A noite se inicia. As amarras devem ficar bem frouxas senão, daqui a pouco, o barco ficará “afundado”. Ou as amarras vão rebentar. Ou, então, amanhã de manhã, quando a maré baixar outra vez, vamos ficar “pendurados” pelas amarras. Ou essas não vão resistir. Dilemas de marinheiro...

Chegamos, portanto, com maré baixa, que é o mais aconselhável para se entrar em qualquer porto, o que ocorreu sem querer. E, para variar, também desta feita, entramos à noite; bem como não deve ser feito...

Estamos na posição 28.07.73 N e 015.25.51 W. Hoje são 10 de novembro de 2.000 (como, às vezes, é feia a língua escrita. Ora, hoje são 10…Bolas! Mas o Aurélio Amorim Neto, meu filho filólogo, diz que é assim mesmo. Então, é porque é).

A maré estava subindo. As amarras, fomos conferir, estavam ajustadas para o que desse e viesse. No “coquetel de recepção”, preparado pela Magra, várias latas de cerveja foram consumidas pelo Tatu e pelo Graeff e quase duas garrafas de vinho - espanhol, of course -, por mim e por ela. Uma era Castillo de Sajazarra, 1995, de Rioja; a outra, de Tinto Arroyo, 1995, da Ribera del Duro. Vinhos um tanto novos, vá lá.

A lua, enorme, já está agora bem sobre nossas cabeças, bem na vertical. A maré encontra-se em seu pico mais alto, mas não estamos pendurados. Fogos de artifício sobem aos céus, a partir de um ponto próximo, na cidade, iluminando a negritude da noite. O Tatu e o Graef pegam o dingue e vão reconhecer as redondezas. A Magra e eu, enfim sós, vamos dormir...

Sábado, 11 de novembro.

O dia raia ensolarado. O vento é quase frio, a vista é espetacular: centenas de barcos aportados na Marina, a grande maioria deles engalanados com as tradicionais bandeiras festivas. São barcos de muitas nacionalidades. Este talvez seja o mais importante porto da travessia Europa-América; todos passam por aqui, precisamente nesta época do ano. Há de tudo para comprar em matéria de barco a vela e da marinharia em geral. Em maio, retornarão da América para a Europa, pelo norte, fugindo do periodo anual dos furacões.

Fomos precursores da moda de se amarrar nos quatro postes da entrada da Marina: já estão aqui amarrados cinco barcos. Dois, entre o primeiro e o segundo postes, e dois, entre o terceiro e o quarto. Nós estamos, por enquanto sozinhos, entre os dois postes centrais. O último a chegar foi o nosso vizinho de Morro Jable. É um 50 pés de bandeira alemã participante da famosa regata BOC, de navegadores em solitário ao redor do mundo. Esses caras da BOC são loucos de atar. Ora já se viu, fazer a volta ao mundo sozinho num veleiro?

Quando o alemão da BOC veio amarrar-se ao barco espanhol que ali já estava desde a madrugada, a ré não engrenou, ou o hélice não abriu - sabe-se lá -, e o gurupês do mesmo atingiu-nos em cheio pela popa. Quebrou uma ponta do carrinho do travel e entortou outra vez o guarda-mancebo de popa, que o Tatu e o Graef, com tanto capricho, haviam desentortado dias antes. Coisas que acontecem. Até para um navegador solitário…

É tudo uma festa só. Esta regata, a exemplo da nossa velejada, será uma festa que até já começou com pancadaria pela popa. Só quero ver onde vamos parar…

Ao meio-dia, após uma corridinha de 36 minutos, em que tomamos o rumo do lado sul da ilha, fomos na direção norte procurar um shopping da famosa rede Corte Inglez onde a Magra pode comprar sua passagem para Madri e confirmar seu vôo para o Brasil. Aliás, coincidindo com o início da ARC, ainda estaremos aqui para assistir à largada. Espero que a Magra também possa assisti-la; o vôo dela sairá às 15h e a largada será ao meio-dia.

No Corte Inglez, embora deteste ir às compras, comprei um excelente par de tênis por cerca de 80 reais, barato, se comparado com os preços do Brasil. Os meus velhos companheiros de tanta quilometragem já não agüentavam mais. Acabam de ser aposentados...

Por falar em calçados, é surpreendente como se está sempre aprendendo: pois não é que descobri o conforto do chinelo de dedo com meias? Isso mesmo: com meias. Pois ontem, na volta do centro, após horas de caminhada, fomos jantar no restaurante da Marina e poucas vezes me senti tão bem. É um barato. Claro, esta é uma combinação que sabe bem com o ambiente veleiro, onde ninguém dá bola para coisa alguma, vive como quer, não se mete na vida dos outros, deixa cair…É como deve ser. Não há como o ambiente náutico, sem frescura, sem regras postiças, meramente formais. Ali, a gente se sente livre para bater um papo amistoso e invariavelmente sobre o mesmo assunto: a vela e o Mar. E como, no dizer da minha filhota Andrea, não sou de “encher balãozinho”, sinto-me em casa num ambiente como esse. É como se estivesse no Clube, domingo, almoçando, de bermudas e chinelos de dedo e ninguém me olhando com cara de desaprovação social...

Tenho lido bastante. Aqui e em terra, ler é e sempre foi minha principal atividade. Pelo menos em termos de horas. Agora, estou lendo Multihull Seamanship, do Gavin La Suer, a fim de aprender alguma coisa sobre os catamarãs. Estou entretido com o capítulo Capsize Prevention, as medidas preventivas sobre a capotagem. Pouco sei acerca desses barcos, mas estou consciente de que, ao contrário dos monocascos, se um camarã virar, ele não desvira mais. Fica emborcado e vai ao fundo...Essa característica o faz perder, definitivamente, para o insuperável e seguro monocasco. Pelo menos por enquanto, que ninguém está aí para falar mal de quem vai nos levar para o outro lado do Oceano.

Mesmo assim, que saudades do Molecão! Com ele, eu faria essa viagem de muito boa vontade e sem qualquer grilo. Sorte é que aqui também contamos com o Pé-quente na tripulação: ele sempre me acompanha em qualquer grande velejada. Esta também vai ser um passeio.

Hoje é aniversário da Miriam, minha irmã querida, e do Manfredinho. Liguei para ambos. Ela não estava em casa e nem no celular. Com o Manfredinho, bati um papo maravilhoso. É um baita gozador e uma das pessoas mais doces e amigas que conheço. Vida longa, Manfredinho, grande velejador, grande parceiro! Vida longa, minha irmã!

Domingo, 12 de novembro.

Hoje, a Magra e eu tomamos um ônibus no centro e fomos conhecer o sul da ilha, mais precisamente, as Dunas e o farol de Maspalomas. Durante o trajeto de cerca de quarenta quilômetros, verificamos a total aridez daquele terreno pedregoso e seco. De certa forma, lembra o deserto de Negev, perto de Hebron, embora este seja de cor bem clara, enquanto que o daqui é bem escuro, quase negro, em decorrência da origem vulcânica de sua constituição. Até mesmo algumas habitações e as cabras que vimos pelo caminho lembram os acampamentos dos beduínos de Negev.

A paisagem só não é totalmente desolada porque há milhares de metros quadrados de estufas cuja cor prateada intensifica a idéia de extrema secura. Vêem-se também muitos e muitos cataventos de três pás que, além da água que recolhem do solo, geram energia para os povoados adjacentes.

Das referidas estufas, resulta grande parte da produção agrícola da Gran Canaria e também de outras ilhas do arquipélago. Aliás, quando da passagem pela costa mediterrânea da Espanha, observamos a impressionante extensão de área dedicada a estufas para produção agrícola, o que atesta a alta tecnologia espanhola.

A propósito, lembro que, em Fernando de Noronha, há dois desses modernos cataventos. No entanto, jamais funcionaram. Estão até hoje parados. Trariam uma boa economia para aquela bela ilha onde a energia elétrica é gerada pelo ultrapassado e caríssimo consumo de óleo diesel. Por lá, dizem, há grandes interesses no sentido de que os cataventos não funcionem...

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São tantos os alemães que se transferem definitivamente para as Canárias que, às vezes, parece que a Alemanha se esvaziou. Na imensa maioria, são aposentados que buscam o excelente clima seco das ilhas, ao nível do Mar.

As praias de Maspalomas e del Ingles são populosos balneários em que raramente se encontra alguém que não tenha vindo da Alemanha. Não é exagero: o garçon que nos atendeu no restaurante e o motorista do ônibus de linha, além do espanhol, também falavam alemão. Embora os estrangeiros falem a língua germânica, inglês, ou ambos os idiomas, o espanhol só é usado pelos nativos. Muitos deles, porém, já falam o alemão e são contratados precisamente porque dominam este idioma.

A meio caminho entre o farol e as enormes dunas, comemos uma paella num restaurante que por acaso chama-se…Veleiro. Recomendo-o, tanto pelo excelente atendimento, quanto pela saborosa comida.

Amanhã, segunda-feira, a Magra e eu vamos para Tenerife. Ontem compramos passagens no ferry que parte às 07h de Puerto Santa Catalina. Queremos voltar quarta-feira. O Tatu e o Graeff não irão. Ficarão no barco fazendo trabalhos de manutenção. Acho que estão querendo dar uma folguinha para nós. Se soubessem como curtimos a companhia deles, não nos dispensariam tão facilmente. Pois então, eles que trabalhem, que nós vamos fazer turismo. Até a volta.

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