Das Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, até Saint Marten, no Caribe
(De Outubro a Dezembro de 2000)
O diário, as histórias e os versos do Comandante Aderbal Torres de Amorim
Direitos autorais doados ao Asilo Padre Cacique


Quatro Mil Milhas Além
Uma travessia, o Homem e o Mar
Aderbal Torres de Amorim
(8º capítulo)

A maioria dos navegantes valentes mora no fundo do Mar

Sábado, 25 de novembro (coordenadas das 22 h GMT de sexta-feira: 22.35 N e 023.01 W).

O fim-de-semana começou com muito vento. Não tinha mesmo como ficar deitado; o barco parece uma batedeira. Assim, como eu não conseguia dormir, fui visitar o Tatu e acompanhá-lo em sua vigília, eis que o turno dele é das 22h à meia-noite. É o período no qual é feita a ronda do SSB. Ele acabara de falar com o Geraldo Moeller, que está morando no barco em companhia da Rea. Eles estão agora em Maceió, descendo a costa brasileira. Amanhã à noite, pretendo falar com eles também. A dupla largou tudo, embarcou no veleiro Fuga, e saiu por aí. Gosto muito deles.

Depois que levantei da cama, fui ao banheiro e ali senti uma estreita e forte corrente de vento que vinha debaixo da pia. Comentei com o Tatu e ele também não soube explicar aquilo. Será que o barco está vazando? Por onde entra vento, entra água...

A propósito de banheiro, ao contrário de muitos velejadores, eu não urino à noite na borda do barco. E, se não houver alguém no convés, nem de dia. Aliás, à noite, se estiver sozinho e o Mar estiver como está agora, nem saio do cockpit. Ou pelo menos não saía, até esta travessia. No verão de 91, quando fiquei no Molecão velejando em Santa Catarina, passei algumas dificuldades exatamente por isso. À noite, como velejava em solitário, se o Mar era revolto, não saía do cockpit em hipótese alguma. Medida de segurança. Às vezes, não agüentava e urinava no balde. Infelizmente, não são muitos os comandantes que exigem o mesmo procedimento em seus barcos. Nos que eu comando, não tem conversa: à noite, se não houver outro tripulante junto no convés, ninguém sai do cockpit sozinho; nem com cinto de segurança.

Há regras bem rígidas na vela. Quando desobedecidas, resultam em dissabores não raro bem amargos. A maioria dos navegantes valentes mora no fundo do Mar e a vela não tem lugar para os fracos, que precisam mostrar o que não são: fortes. Talvez precisem mesmo; mas para eles próprios. Fiquem em casa. Ou vão passear de jet-ski...

Lembro-me, consternado, do grande Eric Tabarli, um dos mais conhecidos velejadores de todo o mundo. No ano passado, correndo uma regata de barcos de oceano, caiu n’água enquanto fazia xixi na borda. Até hoje seu corpo não foi encontrado. Logo o Tabarli, com sua enorme sabedoria marinheira.

Nas raras vezes em que desobedeci alguma regrinha boba, dei-me mal. A grande mareada de um ano atrás, que antes referi, não se deveu, evidentemente, só ao fato de termos saído de Florianópolis numa sexta-feira. Nada disso. Na véspera, aniversário da Magra, bebi quase uma garrafa de Cabernet Sauvignon, esqueci literalmente de jantar e dormi menos de três horas. Saí da festa pela 02h 30min da madrugada e às 06h 30min já estava tomando o vôo para Floripa.

Lá chegado, mal entrei no barco e, às oito em ponto, zarpamos. Ao meio-dia, o Zeca serviu uma suculenta lasanha da qual eu senti duas vezes o maravilhoso gosto: quando eu a comi e, pouco depois, ao devolvê-la ao Mar. Claro, eu era portador dos requisitos primeiros para alguém enjoar no Mar: dormira quase nada, bebera álcool, não me alimentara. Só faltou o quarto ingrediente para a festa ficar completa: sentir muito frio ou, então, muito calor.

Em resumo: antes de ir para o Mar, não se bebe, dorme-se bem, come-se o suficiente. Não se deve sentir frio em excesso, nem calor em demasia. Além disso, é uma falta de respeito para com o Templo bravio embarcar nessas condições. E ele cobra caro o desrespeito.

Por mais que surpreenda a muitos que conviviam em terra com o querido Jorge Welp, ele jamais bebia no Mar. Da mesma forma, estivesse o calor que estivesse, jamais ia ao convés descalço, hábito que não consigo adotar; estou sempre de pés descalços, inclusive em terra. Tinha um defeito, porém: ele fazia xixi na borda do barco à noite. Até que um dia lhe pedi para não mais fazer assim; e o Joca aceitou. Ficou perfeito: cumpria como poucos as leis do Mar. Não precisava mostrar nada para ninguém. O Camarão era um cabra de fé, era um lobo do Mar.

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São cinco horas da madrugada. Vim visitar o Tatu outra vez. Meu turno começa às 6 horas, mas não há jeito de dormir. A coisa está mesmo russa. Quando estava no meu quarto da meia-noite, lá pela uma hora, o vento amainou, melhorando muito a condição do barco. Durou pouco. Pelas trës, o Graeff chamou o Tatu porque a coisa enfeiara: andávamos a mais de doze nós e isso, à noite especialmente, não é bom. Se o piloto pifa, nenhum de nós sabe se o barco vai orçar, ou seja, rumar para barlavento, ou se vai arribar, atravessando na onda pela outra borda.

Mesmo que nenhum de nós seja formado em catamarãs, se o barco orça, não há quase problema porque ele atravessa na onda, mas conserva o grande a sotavento. É só pegar o timão, arribar outra vez, e segue o baile… Mas se o barco enlouquece e resolve atravessar por sotavento, o grande dará o jaibe, trocará de lado e terá que ser solto imediatamente. Do contrário, o barco pode virar. E catamarã não desvira; quando muito, afunda… E o Mar não está para peixe. E é por essa lambança toda que não se bebe no Mar. Tem-se que estar sempre lúcido e inteiraço.

Ocorre que a retranca está fixada com um burro de borda para o grande não bater nas folgas de rajadas e para não ocorrer um jaibe acidental. Sugiro ao Tatu que passemos o cabo do burro numa patesca, fixando o chicote na catraca da contra-escota da genoa. Estamos em asa-de-pombo e, portanto, a genoa está amurada a barlavento. A catraca de sota está “de folga”.

O Tatu me diz que o fusível do cabo do burro - cabo curto de emenda, bem mais fraco -, numa situação dessas, tem que rebentar. É verdade. Mas…e se não rebentar?

Logo que clarear o dia, vou executar aquela operação com o cabo do burro. Agora, com um Mar desses, nem pensar…

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Mas não se consegue mesmo dormir neste barco. O que é isso, senhor Mar? Para que toda essa violência contra a gente?

E eu que pensei faceiro
que o Haaviti é maneiro
um barco bem comportado
mas ele só faz corcovear
da cama me quer derrubar
neste Mar encapelado.

O Haaviti vai pulando
e eu me vou derramando
da cama quase pro chão.
Sem querer fazer intriga
mas voltando à moda antiga
tô querendo o Molecão.

O Haaviti é moderno
mas aqui no Mar eterno
é preciso atenção
com piloto é perigoso
num oceano pedregoso
é melhor pegar o timão.

E é o que fazemos: vamos levando o barco na mão, que é mais seguro. São oito da matina. Já desliguei a luz de navegação. Vou, mais uma vez, tentar dormir. Se esse Mar furioso deixar. Tá danado…

Domingo, 26 de novembro (coordenadas das 22h GMT de sábado: 020.42 N e 025.46 W).

Tem sido uma navegada muito dura. Não abria o laptop desde ontem. Não há como escrever com esse liquidificador batendo desse jeito. Fiquei muito enjoado na frente da telinha. Mas não vomitei nenhuma vez, ainda. Deve ter ocorrido algum ciclone ou algo parecido pelas latitudes do norte. O swell é muito forte. As ondas crescem enormes. Como diz o Graeff, parecem as imensas coxilhas das bandas de Bagé, sua terra natal. Os paredões d’água por elas produzidos são impressionantes. E eles vêm aqui para cima de nós. Mesmo assim, negocio com o enjôo e escrevo aqui e ali. Quando dá.

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É inacreditável a precisão da mecânica universal. É fantástica. Ontem, na posição 20.57 N e 025.17 W, o crepúsculo vespertino foi, ali, precisamente, às 18h 57min. Aproveitei a oportunidade e conferi a previsão. Se estivéssemos naquele lugar, quando do nascer do sol, este teria surgido no horizonte, precisamente, às 07h 57min. Aqui, onde estamos agora, a uma da madrugada, nas coordenadas 20.29 N e 026.07 W, a alvorada seria às 08h e o pôr-do-sol às 19h 02min.

Esse lento e inexorável retardamento no iniciar e no findar do dia deve-se ao fato de que seguimos no rumo do sol, ou seja, de leste para oeste, da Europa e África para a América. Assim, como o sol nasce no leste, daí a denominação de levante, e morre no oeste, ou poente, descrevendo, no céu, a grande curva virtual ao redor da terra, assim nós estamos também descrevendo, no Mar, uma grande curva. Com isso, retarda-se em alguns minutos nosso próprio dia. Desse modo, demoramos mais do que os outros para ficarmos mais velhos! Alguns minutos, ao menos. E todos os dias...

Nossa curva, no Mar, como a da lua, no céu, não é virtual, mas real. A do sol, sim, é virtual: na verdade, ele não se põe e nem nasce, pela simples razão de que é a terra que gira ao redor dele, enquanto que a lua gira ao redor da terra. Sem embargo, quantos e quantos pensadores, como o italiano Giordano Bruno, por exemplo, foram queimados vivos na fogueira da Inquisição por não se adequarem aos dogmas da Igreja. Galileu Galilei foi condenado à prisão perpétua por defender o heliocentrismo de Nicolau Copérnico. É bem verdade que foi absolvido pelo Papa, há menos de quinze anos atrás...

Ah os dogmas religiosos. Talvez esses sábios fossem apenas portadores da famigerada cultura inútil…

Ao singrarmos o Mar, acompanhamos a curvatura da superfície do planeta. Em função dessa curvatura, os aviões que passam, diariamente, no fim de tarde, a grande altura, pelos céus de Porto Alegre, em vôo direto entre Buenos Aires e Rio de Janeiro, por exemplo, parecem sair verticalmente do chão, para os lados de Guaíba ou Barra do Ribeiro. Assim, parecendo subir na vertical, mais adiante tomam um rumo horizontal, passam sobre nossas cabeças e, depois, parecem mergulhar outra vez, no horizonte oposto, para os lados de Gravataí ou Canoas. O fenômeno é observável diariamente, no fim de tarde, ao alcance de qualquer um.

Nada mais ilusório, porém. Na verdade, o avião simplesmente acompanha a curvatura do globo terrestre. Desde que o avistamos, até que desaparece no horizonte, ele esteve sempre na mesma altura em relação ao solo. Como a terra é redonda e o avião voa em paralelo ao solo, ele descreve uma curva que coincide, pois, com a da terra.

Não por outra razão, vê-se um barco ir diminuindo no horizonte do Mar, quando dele nos afastamos, porque, efetivamente, primeiro desaparece seu casco, depois o horizonte vai comendo sua velas, para mais tarde ser totalmente engolido pela curvatura do globo. É por isso que, de muito longe, no Mar, vemos primeiramente os picos mais altos das terras de que nos aproximamos; também vemos antes os faróis mais elevados, existentes na costa, e depois os mais baixos, mais próximos do nível do Mar.

Pois de todo esse fenômeno de retardamento do iniciar e findar o dia, na medida em que nos deslocamos para oeste, resulta o progressivo adiamento do levante e do poente que, com tanta precisão, a moderna navegação eletrônica nos informa. Mas ela, na realidade, nada faz de novo.

Para medir, com relação ao horizonte, a altura em que um astro estava no céu; ou para verificar o preciso momento em que o sol se punha ou se levantava no horizonte; ou quando o sol passava pela linha do meridiano em que ele estivesse, Colombo, o grande Almirante, tinha a seu dispor o sextante. Enquanto, agora, navegamos pelos satélites que o homem pôs no céu, Colombo navegava pelos astros e pelas estrelas. Como os nativos polinésios o faziam, e ainda fazem. Como o fazem as baleias, desde o início dos tempos, em suas longínquas viagens, sem escala, através dos mares...

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Ontem à noite, fui visitar nossa farmácia. É incrível o que se leva de equipamento hospitalar em um barco para uma travessia transoceânica. Só não há remédio para dor de cotovelo. Não é qualquer hospital que dispõe de tanta coisa. Pudera: estando, agora, distantes 746 milhas do ponto de terra mais próximo, imagine-se o que aconteceria se um de nós se ferisse gravemente, ou se sobreviesse um súbido ataque de apendicite, um acidente cardio-vascular, um derrame cerebral, ou algo assim? E se alguém levasse uma retrancada na cabeça? Ficaríamos ali, vendo o vivente morrer? Ou chamaríamos o Pronto Socorro? Por isso, nessas travessias, há gazes, tesouras cirúrgicas, bisturis, talas, gesso, anestésicos, instrumentos de toda ordem, manuais de instrução de socorros de urgência etc. E medicamentos.

Ah os remédios… Sou contra os remédios. Sou sócio-atleta da Liga Internacional dos Adversários dos Remédios - LIAR. Ao pensar na sigla, dou-me conta de que ela significa, em inglês, “mentiroso”. Acho que me quebrei com essa…

De qualquer sorte, em matéria de remédio, só tomo a homeopatia que o Ernesto Caye me manda tomar para a inseparável rinite. Ainda assim, deixei de propósito as gotinhas lá em casa e a rinite nem se manifestou. Vou viver no Mar; aqui não tem poluição. E não vou mais precisar do Ernesto…

Outro que, raramente embora, me faz tomar algum remédio, é o João Gomes, traumatologista dos maiores. Pudera: como bom capricorniano, estou sempre quebrando algum osso… Mas João, como eu, também é da LIAR: levou seis anos me conversando e adiando a cirurgia no meu joelho esquerdo. Finalmente, cedendo a meus sentidos apelos, enfiou-me a agulha no joelho, deu uma aparada no menisco, me assegurando, com isso, mais um cinqüenta e poucos anos de corridas. A contar de hoje.

Por sinal, quando da visita ao Museu Canário, comprei, e muito a propósito vou levar para o João, um livro que fala da traumatologia entre os guanches*. Como dedicatória, assim escrevi ao guru ortopédico:

Ao grande Doutor dos ossos
que toca a agulha na gente
e nenhuma pena sente
muito menos tem remorso
aqui o agradecimento
porque a todo momento
remenda tantos destroços.

O mais sábio dentre os sócios dessa Liga, entretanto, é o Alaor Teixeira. Diz ele, naquele seu jeitinho delicadíssimo de falar, que mais parece berreiro de comício: parem de frescura. Em barco a vela, tem que ter mercúrio cromo, Buferin e Dramin. E só. Vocês, velejadores, se fossem usar outras coisas, certamente iriam matar o paciente… Pudera: o Alaor é lancheiro…

Mas a coisa ficou mesmo preta e não teve volta: precisei visitar o hospitalzinho aqui de casa. Dois ou três dias atrás, ao passar pelo balcão da pia da cozinha que, aliás, freqüento com incorrigível assiduidade porque, neste barco, a minha única função parece ser mesmo lavar louça, bati contra o móvel. Fico a pensar que, se fosse realmente “móvel”, ter-se-ia movido para eu passar. No encontro do fêmur com a bacia (a minha, não a da pia), tenho um probleminha de alguns anos, velhice precoce, talvez. Pois bem: a dor não me largou mais, a despeito de todos os meus protestos.

Me entreguei: fui à farmácia e procurei o mesmo remédio que tomara um ano antes, em Camamu, quando, a bordo do Maravida, rompera-se um dos tendões do meu ombro direito. Os entendidos chamam-no supra-espinhoso do manguito rotador. Sem lembrar, sequer, o nome do remédio e com toda má vontade possível, encontrei-o: Voltaren. E ainda por cima, injetável. Mas que hospital é esse?

O remédio foi eu mesmo me auto-aplicar o danado do veneno, aqui no braço esquerdo, com barco balançando e tudo. O Tatu bem que resistiu à idéia, chegando a esbravejar e dizer que eu sou um sujeito muito teimoso. Quando ele disse isso, instantaneamente, nos olhamos e caímos na maior gargalhada. Quem falando em teimosia! O mesmo alemãozinho que passou horas desatando um nó da ponta da adriça do balão para ganhar um palmo desnecessário de cabo? Foi muito engraçado porque, até agora, estou pegando no pé dele. Quem falando!

E como agora estou oficialmente “dodói”, eles que lavem a louça. Estou em repouso. E se me incomodarem, baixo o hospital...

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Acordei com alguém passando por cima de mim no convés. É o Tatu, fazendo um barulhão danado com suas delicadas passadas de velejador. Na verdade, com o jogo do barco, caminhar no convés mais parece um sapateado, de tanta pancadaria: precisa-se manter o equilíbrio a qualquer custo. Levanto rápido para ajudar, até porque, conforme vejo no relógio, já está mesmo na hora do meu quarto. O dever me chama. Diabos, mas eu não estou “baixado”?

Dado o jaibe, passamos a ter o rumo 283. Não é uma grande mudança, para quem vinha, pelo outro bordo, no rumo 239. É quase nada. Até que as exigências do zigue-zague do catamarã empopado não são tão amplas quanto eu pensava. Já estou começando a gostar deste cara. O vento enfraqueceu, mudou ligeiramente de direção, e o melhor mesmo é subir um pouco mais, em busca de ventos melhores. Se é que estão por lá. Quando amanhecer, içaremos o balão assimétrico para ganharmos mais velocidade. Agora à noite, nem pensar.

Para St. Martin, estamos a 2.063 milhas, em linha reta. Não considerando a perna Gibraltar-Las Palmas como parte integrante do que se possa chamar propriamente de travessia transoceânica, já vencemos cerca de um quarto do percurso. Mas, se a incluirmos no cálculo, mesmo sem contar a parte do Mediterrâneo, já teremos percorrido, até agora, aproximadamente, 1.500 milhas de navegada atlântica.

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Amanheceu às 08h 03min. Pontualmente atrasado, em relação ao amanhecer de ontem. Se agora ficássemos ancorados aqui (com 3.652 metros de profundidade), o sol se poria às 19h 06min. Como vamos em frente, ir-se-á mais tarde. Com isso, ganhamos mais uns segundos de vida. Vou acordar a galera para levantarmos o balão porque a velocidade está caindo; o vento está caindo, eles lá dormindo e eu aqui trabalhando... Onde é que estamos?

Balão em cima, a velocidade do barco sobe para sete nós. O Mar está mais civilizado; o dia promete algum sono a mais.

(*) GARCIA, Carlos. Las Enfermedades de los Aborigenes Canarios. Las Palmas: Centro de la Cultura Popular Canaria. 1993

 

 

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