EPIRB
- Salvação no Mar
Capitão
Am. Eduardo Secco Hofmeister
Na última semana
acompanhamos pela imprensa a busca e salvamento da tripulação
do pesqueiro atuneiro Chile II que afundou na costa gaúcha. Em
primeiro lugar é interessante, nós como navegadores, avaliarmos
os detalhes desta operação de resgate. - Quinta-feira: As
18:02 hs a tripulação deste Hercules, em seu último
sobrevôo, avista um foguete lançado pelos náufragos.
A balsa salva-vidas é localizada e o avião lança
2 balsas auto-infláveis para os náufragos. As balsas lançadas
pela equipe do SAR contêm cobertores, mantimentos, medicamentos
e um rádio de comunicação portátil sintonizado
na freqüência do SAR. Como já estava escuro, o avião
lançava a cada 20 minutos um foguete sinalizador, que deixava
tudo claro ao redor da balsa. O avião lançou estes foguetes
durante três horas, um dos foguetes falhou e como estava muito
escuro, a equipe do SAR quase perdeu o visual da balsa. Como tinham
a posição pelo GPS conseguiram lançar novo foguete
que iluminou a área e a balsa.
No momento do acidente
o mestre não teve tempo de emitir nenhum sinal de socorro via
rádio. O Salvamar ficou sabendo do acidente via sinal do EPIRB,
que foi acionado automaticamente assim que caiu na água. A com o forte vento
a balsa, que está mais exposta ao vento, distancio-se do EPIRB.
Se a balsa estivesse junto ao EPIRB, o salvamento teria ocorrido mais
cedo. Entenda mais sobre o EPIRB Os EPIRBs - Emergency position-indicating radio beacon, ou rádio-baliza indicadora de posição em emergência, são transmissores de emergência que emitem chamadas de socorro, que são recebidas por satélites, estações costeiras ou outros navios. Uma vez ativados, os EPIRBs transmitem continuamente por pelo menos 48 horas, para permitir às unidades de busca e salvamento localizarem e efetuarem o "homing" do sinal. Os Epirbs, quando ativados, transmitem sinais que são detectados pelos satélites COSPAS-SARSAT. Estes sinais, então, são retransmitidos para uma estação de terra, denominada LUT ("local user Terminal"), que os processa para determinar a posição do sinistro (posição do EPIRB). Um sinal de alerta, então, é retransmitido, com os dados de localização do sinistro e outras informações, via um Centro de Controle da Missão (MCC - Mission control center), para um Centro de Coordenação de Salvamento (RCC - Rescue coordination center), a fim de que uma operação de busca e salvamento seja desencadeada. A contagem Doppler, usando o movimento relativo entre o satélite e o EPIRB, é empregada para determinar a posição do emissor (de modo semelhante ao utilizado no antigo sistema TRANSIT, ou NAVSAT, de Navegação por Satélite). As freqüências atualmente em uso são 121,5 MHz (freqüência internacional de emergência aeronáutica) e 406,025 MHz. Os EPIRBs de 406 MHz são mais sofisticados que os de 121,5 MHz, pois permitem a inclusão na chamada de socorro de códigos de identificação. Para otimizar a localização pelo método Doppler, uma órbita quase polar de baixa altitude é utilizada. A altitude da órbita dos satélites COPAS é de, aproximadamente, 1.000 Km, enquanto que a dos satélites SARSAT é de cerca de 850 KM. Para os EPIRBs de 406 MHz é garantida uma cobertura global contínua. Os Epirbs convencionais
transmitem em duas freqüências de emergência em VHF,
121,5 MHz e 243,0 MHz (freqüência par uso militar). Estes
EPIRBs podem ser Classe A, que flutuam e são ativados automaticamente,
ou Classe B, que tem que ser manualmente ativados. O modelo mais eficaz
é o EPIRB - satélite de 406 MHz. Este equipamento transmite
na freqüência de 406 MHz e proporciona: Obs.: A Westmarine oferece EPIRBs por US$1.200. |