Era uma vez um farol...
Obra de 1858 ameaçada
Danilo Chagas Ribeiro
09 Dez 2005
Um pedido sem protocolo, mas de coração
O Farol do Bujuru, construído em 1858, não existe mais. Há mais de meio século que se foi, comido pelas águas. Foi-se por descaso, por falta de manutenção. O Farol do Bujuru foi construído em terra. Como suas ruínas estão hoje a aproximadamente 200m lagoa adentro, é claro que nestes 150 anos as águas da Lagoa dos Patos avançaram. As fundações do farol não devem ter sido projetadas para receber ondas, nem para estarem submersas. |
Hugo Altmayer |
Ruínas do Farol do Bujuru, em Novembro de 2005
Carlos Altmayer Gonçalves Manotaço
Há outro farol correndo o risco de seguir o mesmo rumo do Bujuru. A manutenção dos faróis da Lagoa dos Patos é da competência da Marinha do Brasil. Há mais de um ano (Abril 2004) a Capitania dos Portos de Rio Grande contratou um empreiteiro de pequeno porte para recuperar as fundações, mas a obra foi suspensa com alegações de falta de verba, segundo consta. "Quando eu o conheci, há cerca de 33 anos, tinha ainda a casa do faroleiro, o pátio e as figueiras. Coisas que hoje não existem mais, foram comidas pelas águas.", diz o Comandante Carlos Altmayer Gonçalves Manotaço. |
Farol Cristóvão Pereira, ilhado, em Novembro de 2005
Carlos Altmayer Gonçalves Manotaço
"Será que a nossa geração testemunhará a queda do Cristóvão Pereira?", indaga o Comandante Manotaço.
Pela derrota observada, é mesmo difícil saber. Mas esperamos que não. Resgatando a estabilidade do farol Cristóvão Pereira, a Marinha do Brasil consolidará ainda mais uma vez o elevado valor e prestígio que detém junto ao povo brasileiro, especialmente junto ao meio náutico. Comandante, fica aqui nosso pedido, sem protocolo. |
Mais sobre o Farol Cristóvão Pereira
19 Dez 2005
André Issi Incrível a foto do farol ilhado, estive ali duas vezes, em 1983 e em 1997. Da última vez havia dunas ao lado onde o jipe atolou e vê-lo assim é impressionante! |
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