Friagem no sul batendo recorde
Só mesmo gostando muito de velejar
Danilo Chagas Ribeiro

03 Jun 2007
Fez 3ºC às 7h da manhã de 29 de maio passado, em Porto Alegre, fora o vento. A baixa temperatura que tem feito no Rio Grande do Sul bateu o recorde de Maio nos últimos anos, disse a meteorologia. E o Inverno ainda nem chegou!

Velejar no inverno gaúcho é só para quem gosta muito mesmo do esporte. Além do frio, o vento cortante e, de lambuja, respingos gelados. Velejadores de monotipo sabem bem o que é isso. Há algumas décadas, no tempo dos monotipos Pingüim, vestia-se um pulover de lã, que logo encharcava mas era mantido no corpo o tempo todo. O consolo era de que o peso da roupa molhada ajudava a fazer borda.

Neste Outono a virada do tempo foi repentina. Há um mês até mesmo o friorento comandante carioca Sergio Frey tomava banho de rio neste mesmo Guaíba onde agora já é preciso roupas e acessórios adequados, como as da Imediata Carla Aaron.

A vela revela
No dia 18 de maio o velejador Vilnei Goldmeier, do Sava Clube, parecia muito contente navegando em seu Byte, apesar dos 15ºC. Com os 16 nós de vento daquele fim de tarde, a sensação térmica era de 11ºC. Para quem está levando respingos de água gelada no rosto no meio do rio, essa 'sensação' pode parecer muito generosa.

O jovem velejador, que também é proeiro na Classe Soling, estava treinando sozinho, longe de tudo e de todos. Só poderia estar ali porque gosta muito mesmo de velejar. Experiências como esta marcam o velejador. Marcas que serão observadas em sua tenacidade e força de vontade no resto da vida. Ou já está marcado e a vela apenas revela.


Danilo Chagas Ribeiro

 


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