Ressuscitando a Gilda
Lancha de Juscelino está sendo reformada
Danilo Chagas Ribeiro
Colaboração Eucherio Rodrigues

14 Jul 2005
Uma relíquia está sendo restaurada. Trata-se da lancha Gilda, que pertenceu ao Presidente Juscelino Kubitschek.
O Presidente apreciava muito o esporte náutico e costumava sair bastante com a lancha que comandava pessoalmente. Durante a construção da capital federal, antes mesmo do lago Paranoá ter sido inundado, JK já incentivava as obras do Iate Clube de Brasília, do qual é o patrono.

Nos 46 pés da Gilda haviam 3 camarotes, com acomodação para 9 pessoas. Dois motores diesel de 166HP, como os utilizados pela Viação Cometa na época, faziam a alegria do presidente na Baía da Guanabara, e posteriormente no Lago Paranoá.

Mais do que os motores deixavam JK feliz a bordo. Nos demorados passeios noturnos pelo lago da capital, Juscelino confraternizava com quem ele apreciava. Em um destes passeios apresentaram-se na Gilda a cantora Elizeth Cardoso e Dilermano Reis, tocando violão, contou Carlos Murilo, primo de JK. Raros são os registros, como este, do presidente como navegador.

A Villa Náutica, de Brasília, orçou os custos de reforma em R$100.000. Espera-se que a Gilda volte a navegar no Lago Paranoá brevemente, tão colorida quanto nos velhos e bons tempos.

Parabéns aos empreendedores da missão de resgate deste capítulo da história da naútica no Brasil.

Veja o estado em que se encontrava a lancha adquirida do proprietário de uma pousada em Goiás, abandonada no tempo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fotos enviadas pelo Comte Eucherio Rodrigues, do grupo popacombr

14 Jul 05 - João Paulo Lucena Tethis CDJ
Pois é. E parece que a "Gilda" deixou saudades a mais de um Presidente da República. Vejam o que saiu na Folha de São Paulo de 11 de Março de 1967, quanto à despedida do Presidente Castello Branco do Palácio da Alvorada: "O marechal Castelo Branco viveu momentos de emoção ao despedir-se, na manhã de ontem, do Palácio da Alvorada. Primeiro, visitou todas as dependências da casa presidencial, acompanhado dos chefes dos Gabinetes Civil e Militar. Não esqueceu nem mesmo da lancha "Gilda", ancorada às margens do Paranoá. Depois cumprimentou, um a um, todos os servidores do Palácio, elogiou e agradeceu sua colaboração e pediu que continuem a prestar os mesmos serviços ao futuro presidente. "A sua comida é excelente, Manoel - disse ao chefe da cozinha - Espero que você continue fazendo sempre os ótimos pratos que me serviu".
Cumprimentou, finalmente, os soldados da guarda e os jardineiros e, já no interior do automóvel, olhou ainda uma vez o Palácio e comentou: "É realmente uma beleza." (Banco de Dados Folha - http://www1.folha.uol.com.br/folha/almanaque/brasil_11mar1967.htm/9) Por João Paulo Lucena - Tethys/CDJ

04 Dez 05 - José A T Campello Aventura CDJ
Este seria um bom exemplo para o destino do Veleiro Madrugada que definha no estacionamento do CDJ sob total abandono de seus proprietários. O enrolado caso condena irremediavelmente o veleiro a perda completa, longe do glorioso destino merecido por tantas vitórias nacionais e internacionais acumuladas no majestoso casco, representante de um estilo e uma época já dobrados. Afinal trata-se de um projeto de German Frers com apenas 2 barcos construídos em todo o globo, o nosso no extinto estaleiro do Plínio em Porto Alegre (RS) e o do irmão gêmeo em Buenos Aires, Argentina

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