Hidro-avião: o recado do Coronel Arsand
Já te atendo tchê
Danilo Chagas Ribeiro


11 Set 2007
A mensagem recebida pelo Popa na semana passada, de um remetente insinuando ser o "Coronel Arsand", da Aeronáutica, e contestando os rasantes de hidro-avião sobre o Guaíba acabou perdendo sustentação. Estolou.

A mensagem foi reencaminhada ao Grupo Popacombr*. Alguns integrantes informaram que, em pesquisa na Internet, localizaram um oficial Arsand na Aeronáutica. Como se constatou em seguida, o então Capitão Arsand foi piloto de F5 no Esquadrão Pampa (Canoas, RGS).

Ocorre que o Comandante Emilio Oppitz, de Tapes, um dos mais antigos membros do Grupo, lembrou-se de um velho amigo Arsand, e fez contato.

A questão foi tirada a limpo. O Coronel Paulo Arsand Neto foi localizado em Natal, Rio Grande do Norte.

O Comte Oppitz logo encaminhou a mensagem falsa ao amigo, que assim respondeu, com visibilidade para todos os velejadores:

A mensagem do Coronel Paulo Arsand Neto

Sent: Monday, September 10, 2007 6:42 PM
Subject: Falsidade Ideológica

 
Caro amigo Emílio
 
 Este mundo é pequeno mesmo.Aqui estamos todos bem.Espero que com você também.
Foi uma satisfação receber sua mss.
Vamos ao assunto em pauta.Em primeiro lugar,realmente não fui eu quem enviou aquele email,inclusive,falando absurdos.
Com certeza foi alguém interessado em passar informações errôneas, com o objetivo de dizer a vocês que tudo o que ele estava fazendo estava previsto na legislação em vigor.Tudo falso.Inclusive  dizendo-se Coronel da Aeronáutica,(que qualquer um é conhecedor do assunto), para dar mais força ao dito.
Este sujeito realmente,além de ser um Manicaca(principiante irresponsável)pois não merece ser chamado de Piloto,não é homem suficiente para identificar-se,e ainda usa o nome de outras pessoas em vão.Ou seja é um verdadeiro canalha e um assassino em potencial.
Agora vamos às providências.
Entrei em contato com a Gerência Regional de Aviação Civil,em Porto Alegre,e falei com o Gerente ,Dr.Carvalho Netto,e o mesmo aguarda um email de vocês narrando os fatos com as fotografias, para as providências cabíveis.
carvalho.netto@anac.gov.br.
Sugiro exigir providências da ABUL,pois ela também é responsável,antes que aconteça um sério acidente.
Por enquanto é isso.Aguardo notícias assim que vc tiver.
Também foi um grande prazer falar contigo.
Um forte abraço e bons ventos a todos os Velejadores..

Paulo Arsand Neto

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A atitude de enviar aquela mensagem fraudulenta ao Popa, em nome do Coronel, foi de última categoria. Foi tão sorrateira quanto os rasantes em volta dos veleiros. Além da encrenca com o avião, agora com a mensagem comprovadamente falsa. Ainda não sabemos quem é o autor dos rasos nem o da mensagem, mas a julgar pela personalidade que pode levar a uma e à outra delinqüência, seria talvez o mesmo autor? Se foi, "tomou um contra", como davam os motores de avião que eu fazia pegar ("dar hélice") quando era ainda guri, no Aeroclube Albatroz, em Osório.

Nada temos contra pilotos de ultraleve. Nada temos contra hidro-aviões. Aliás, nós navegadores já deveríamos ter feito contato com os pilotos para estabelecermos laços de colaboração mútua há muito tempo. Em breve poderemos ter esse relacionamento com vantagens para todos. Conheço velejadores que têm ultraleve. Voei com um deles há poucos anos (Ricardo Sperb) sobre o Guaíba. Fiz curso de planadores há vários anos.

Que fique claro que nosso alvo não são os pilotos de ultraleve, mas sim o piloto de ultraleve que nos faz de alvo. "Já te atendo tchê!".

 

Já te atendo, tchê!

(Logotipo do Esquadrão de Caça
Pampa, da FAB)

 

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A farra do hidro-avião

Arremetendo o hidro-avião

 

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(*) O site Popa.com.br criou um grupo para troca de mensagens há três anos e meio. Os 409 membros do grupo são navegadores (vela e motor) no Brasil e no Uruguai. A maioria é de velejadores gaúchos.

Falsidade Ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular.