Manta de lulas
Cruzeiro inesquecível a Santa Catarina
Danilo Chagas Ribeiro
Praia de Bombas, SC. Fev 2006. Fim de tarde. Os pescadores estavam usando anzóis duplos ou triplos (garatéias) sem isca, atraindo as lulas pelo brilho. Um pescador tirava mais de duas lulas por minuto. Era uma atividade frenética, exercida com várias linhas para cada pescador. Segundo o pescador com quem conversamos, havia uma 'manta de lulas' por ali, e tinham que aproveitar porque ela iria embora em poucos dias, como sempre acontece.
Ao sentir-se ameaçada, a lula expulsa uma tinta preta, como defesa. A gastronomia internacional oferece vários pratos com molho à base da tinta das lulas (ou calamares). Na hora de comprarmos as lulas ainda embarcadas, o comandante Andreas preferiu usar o dingue para não atrapalhar a pesca com o Canibal. Chegamos muito cedo no dia seguinte. Estavam começando. Conversamos com os pescadores. E pra limpar, como é que é? Ah, é só tirar a "pena" (é uma cartilagem no dorso). Já ao anoitecer, acocorados lá fora do espelho de popa do Canibal, vimos que estavam ainda com tinta preta. Demoramos mais do que o esperado, mas o anoitecer estava bonito, e tudo bem. O uso da head lamp ajudou. Depois de limpas, é só fatiar em anéis e fritar, e a Daniela caprichou. Tudo é festa. Pudera eu ter a limpeza de lula pro jantar como o grande problema do dia, também na cidade. A proposta de um cruzeiro representa muito mais do que embarcar para caçar panos. Um cruzeiro de alguns dias pode ser feito com um barco pequeno, de vinte e poucos pés. |
Fotos do cruzeiro
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Comentários para o popa: info@popa.com.br