O Vento de porão 07 Out 2008 Este ano foi realmente diferente. Logo após a partida constatamos que o piloto automático não funcionava. No governo da embarcação, nosso comandante Emílio Russel reclama que o Voyager leva muito tempo a responder ao comando do leme. Emílio é um comandante muito experiente. Para vocês terem uma idéia ele é o único velejador que participou de todas as edições da REFENO, ou seja, 20 vezes. Ele diz que foram 44 travessias do Recife a Fernando de Noronha, num total de 13.000 MN. Só neste trecho. Cinquentão com ar bonachão, Emílio é o tipo de sujeito que faz amigos facilmente. Voltando ao leme... Após o comandante reclamar da demora de resposta da embarcação aos movimentos do leme, Nico, o 1° na hierarquia a bordo logo após o comandante, confessa: Mestre Dijalma, o 3° na hierarquia de bordo, checando os motores descobriu um vazamento de óleo no motor de BE que após duas horas de muito trabalho de Nico e Dijalma foi resolvido. Com todos os probleminhas enfrentados, o saldo da "motorada" a Noronha foi positivo. Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas que são ícones da vela no Nordeste, a exemplo de Mauricio Castro, idealizador da REFENO. Mauricio (à direita na foto ao lado) nos contou que montou uma tripulação para ver se era possível chegar a Noronha a vela em um 24 pés. Isto em 1900 e Araci de Almeida. A tripulação "pé na cova", como foi batizada pelos amigos de clube, chegou a Noronha após uma semana de mar. Depois disso foi juntar mais barcos e criar a REFENO. Já em Noronha, olhando a lista oficial dos barcos que chegaram à ilha, vi o Voyager figurando em 3°, mas ao lado um DSQ (desqualificado) por conta do vento de porão. O comandante Emílio, assim que cruzamos a linha, pegou o rádio e corretamente informou à CR que havíamos motorado desde o Recife.
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