Navegando pelo Fim do Mundo Salve pessoal,
Depois de algum tempo isolados pelo fim do mundo, enfim chegamos em Punta Arenas, a cidade mais austral do continente americano. Cidade de 110 mil habitantes com grande estrutura, muito bonita. Agora o pior da viagem já passou, ou o melhor...
Nosso primeiro Wily Wall até que foi tranquilo, 40 nós ( 74km/h) , mas com vento de popa e ondas de dois metros foi bem sussa mesmo. Só o nosso bote que estava mal preso na popa do barco, se soltou e arrebentou o remo, mas de resto beleza.
Já na baía do porto, abrigados, começou outra aventura, atracar no trapiche. O motor de 30 hp nao vencia o vento e corrente contra e voltamos por 3 vezes. Foi aí que um barco de mergulhadores veio nos resgatar. A idéia era amadrinharmos (amarrar um barco no outro) e daí entao sermos rebocados. Por fim a operaçao ficou perigosa, soltamos os cabos do barco dos mergulhadores já bem próximo do trapiche e conseguimos chegar perto o suficiente para atracarmos com relativa segurança, na brilhante atuaçao de leme do Robson. Foi a-ni-mal, atracar com 40 nós de vento nunca mais.
Nesta noite para dormirmos não foi facil, o que estava ruim piorou, o vento foi para impressionantes 60 nós (111 km/h), registrados pelo Faro Felix. Bom, fora isso tivemos muitas focas, lobos marinhos, golfinhos de monte, quase atropelamos uma baleia cachalote, albatrozes, pelicanos,patos e tudo o mais que vive neste frio. Como não tinha nenhuma parada com estrutura tivemos que fazer racionamento de comida. Chegamos em Punta Arenas com 2 sopas de saquinho e um macarrão instantaneo... Ah, com toda a confusao e ventos, quebrou nosso estai de proa (cabo de aço da frente), ficamos sem Genoa (vela da frente). Sorte que tinhamos colocado um outro cabo de aço para a vela de tempestade senao perigava quebrar o mastro. Bom, é isso aí galera, agora é só alegria, vamos entrar no Atlantico e proa Floripa!!!!!!!! Um abraço aos que ficam e que Deus proteja a todos nós, Fui Giovani PS.: Passar pelo Cabo Froward, extremo sul do continente americano, foi surreal, alucianante saber que daquela pontinha para o norte está o Novo Mundo inteiro... Colaboração: Fernando Maciel
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