Um passeio a Rio Grande 24 Out 2008 Foi isto que aconteceu no dia 21, terça feira passada. A saída aconteceu às 10:30 da manhã. A tripulação Tinho, catarinense, o motorista (encarregado dos motores) que não sei o nome e Munir, de Tapes, estes que vão até Santarém, mais o Raul (da BBBarcos construtor), Beto (filho do proprietário) Heloiz (de Mostardas), Miguel (Tapes, do Conjuminando.com.Br) e eu, Emilio. Saindo, ainda no canal do CNT a primeira surpresa. Bem devagar, afinal estávamos no canal, Munir no comando, o barco não balançava nada então perguntei a velocidade. Resposta 17 nós. O farolete do Pau do Hugo passou rápido, assim como o Pontal de Sto. Antonio. Em uma hora estávamos passando do farolete dos Desertores, 22 milhas. Isto que as ondas depois que saímos da proteção do Pontal de Tapes, aumentaram, porque o NE estava razoável, mas o comportamento do barco se manteve. Só um leve balanço lateral porque as ondas nos pegavam pelo través, mas tudo normal. Depois do Desertores, melhorou a situação com relação as ondas, pois ficaram mais a nosso favor, mas começou outra situação. Como andávamos mais do que as ondas, ao passar pelas famosas Três Marias a proa ao descer, afundava um pouco mais e levantava bastante água. A solução foi simples baixar para 20 nós e aí, voltamos à normalidade, ou seja, total tranqüilidade e conforto. Aí descobrimos outra coisa muito importante. O consumo que antes, a 22 nós era de 37 a 38 litros/hora cada motor caiu drasticamente para 27 a 28 litros /hora. Uma economia muito grande em troca de apenas 2 nós. Neste trecho, assumi o comando da nave, o que estava ansioso para fazer. Confesso não tem graça nenhuma. A coisa anda sozinha. Era só manter o rumo com direção hidráulica, sem nenhum esforço, e sentado em um banco com suspensão. No painel os controles individuais de cada motor me informava da rotação, pressão do óleo, temperatura, pressão do turbo, consumo, potência efetiva em uso, carga do alternador, enfim só faltava bater um papo comigo. A Feitoria me preocupava antes, quando o Raul dono da BBBarcos e construtor do Tapajós, falava que íamos chegar em Rio Grande às 16:00 horas e teria que ser percorrida a 20 nós. Ledo engano, passamos a 22, sem a menor preocupação. Chegamos em Rio Grande às 16:20 hs, 5 horas e 50 minutos depois da saída de Tapes. Vai trabalhar em uma “linha”, como um ônibus, lá em Santarém. Tem lugar para 94 passageiros confortavelmente sentados assistindo TV, em uma tela LCD enorme, com ar condicionado, freezer para bebidas, enfim é um ônibus ultramoderno. P.S.: O Tapajós, vai para Santarém e saíram hoje, quinta feira 23, às 07:00 horas de Rio Grande, pegando no início o mar um pouco mexido e tendo que andar à 13 nós, tendo havido depois, uma melhora nas condições. Agora são 23:35 do mesmo dia e falei com eles a pouco. Já passaram de Torres.
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