Paisagens 847
Germano Greis

Enseada do Brito, SC (1/2)

 

 

 

 

Marcas açorianas na Enseada do Brito
Situada em Palhoça, é uma das comunidades açorianas mais antigas de Santa Catarina
Débora Sanches / Especial para o AN Verão

A Enseada de Brito é uma das três mais antigas comunidades formadas por açorianos no litoral catarinense. Sua fundação aconteceu em 1750, na mesma época em que surgiam as freguesias de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa e São Miguel da Terra Firme. Um grupo de açorianos liderados pelo português Domingos de Brito Peixoto se instalou no local inicialmente para cultivar as terras da região. Porém, o solo pouco fértil fez com que os novos moradores recorressem à pesca como forma de sobrevivência. Hoje, a atividade pesqueira aliada ao cultivo de mariscos e ostras são a base da economia local.
A Enseada é o maior distrito de Palhoça, ocupando 70% de seu território. Entretanto, apenas 10% da população residem no local. É na Enseada que estão os pontos turísticos mais visitados do município, como a praia da Pinheira e a Guarda do Embaú, além de grande parte da área do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, que abriga a maior reserva de Mata Atlântica de Santa Catarina. Mas, para conhecer a Enseada de Brito não é necessário percorrer todo o seu território, basta apenas uma visita ao vilarejo central.
Durante os séculos 18 e 19 a porção central da Enseada foi um importante entreposto comercial da parte continental da Baía Sul da Ilha de Santa Catarina. Sua praça, que é um grande e desajeitado descampado, e a igreja datam do século 18 e estão tombados como patrimônio histórico. Ao redor da praça há várias construções em estilo colonial, algumas com mais de 150 anos. Na praia há barcos de pescador e sítios de cultivo de ostras e mariscos, além de uma bela vista da parte sul de Florianópolis. Toda essa paisagem é dominada por uma incrível tranqüilidade, que todos os anos atrai novos moradores ao local.

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Conheci um senhor pescador que me falou sobre as dificulfdades da pesca, que a liberação da pesca demorou mais este ano, que pesca da taínha não rendeu o esperado. A esperança estava na pesca da anchova que começa logo. Quando lhe perguntei da cultivo de ostras e mariscos me disse que preferia trabalhar de pedreiro porque as ostras dão muito trabalho e não rendem bons ganhos.
Germano Greis




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