A obscura ilha das Pedras Brancas
Quem poderia interessar-se por trazer vida à ilha abandonada no Guaíba?
Danilo Chagas Ribeiro

09 Nov 2009
Um lugar sujo com passado obscuro.
Depósito onde a pólvora umedecia, e presídio por longos anos fazem parte da história da ilha, que começou a ser escrita no início do século XIX.

A Ilha das Pedras Brancas, também chamada "Ilha do Presídio", no Rio Guaíba, é um lugar abandonado e, literalmente, ilhado na civilização.

É lixo por toda parte.
São ruínas de uma cadeia completamente depredada que teve as grades roubadas.
É uma ilha desabitada, sem água potável, sem energia e sem infra-estrutura alguma, que cabe em um estádio de futebol.

Apesar desse panorama desolador, a natureza da ilha é privilegiada e resiste aos maus tratos da civilização. Seus matacoes majestosos, sua vegetação vistosa e a forma com que se projeta sobre o rio conferem-lhe bons apelos de visitação. A proximidade da costa de Porto Alegre também ajuda: é pouco mais de uma milha ou 5 minutos de lancha.

Quem poderá interessar-se por explorar e viabilizar uma atividade auto-sustentável na Ilha das Pedras Brancas?

É preciso investir. Um trapiche para atracação, um gerador de eletricidade, uma estação de tratamento de água, reforma dos prédios e estabelecimento de meio regular de acesso, no mínimo. Um molhe seria conveniente. O desenvolvimento de uma atividade que integre a ilha à comunidade e que traga retorno a quem  lá investir justificará a concessão pelo governo do estado sem qualquer ônus. Seria mais rentável isso do que deixá-la abandonada, como está a décadas.

Quem conhece o trabalho de restauração dos  fortes das ilhas ao largo de Florianópolis pode entender o que pode ser feito na ilha das Pedras Brancas.

Dar vida à ilha. Levar para lá atividade que traga interesse da população. Algo que a aproxime à comunidade e que a torne útil.

Que atividade poderia lá ser desenvolvida?
Que caia nas mãos de um governante com visão ou de um empresário empreendedor, que lá invistam e que de lá colham muito mais.


Fotos: Germano Greis

Comentários recebidos

10 Nov 2009
Marçal
Sera que alguem tem algumas fotos do tempo em que a ilha servia de presidio ou casa de polvora, seria muito interessante a divulgaçao e de fato e de lamentar que nao se de o devido valor a este importantissimo ponto turistico

02 Dez 2009
Marcelo Vera

Estive lá mostrando a ilha para minha mulher que veleja comigo de hc 16. É uma pena que o Guaíba esteja afastado de todos. Não tem como chegar na ilha ou em qualquer outro lugar do rio. Faltam trapiches, só barco pequenos podem fazer isso. Comentei em casa que havia dois gatos abandonados na ilha uma angora e um brazino, motivo que levei a proeira para ver de perto.


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