Uma aventura ao topo do Kilimanjaro
Velejadores gaúchos escalam o ponto mais alto da África
Danilo A Schultz

18 Out 2009
Tudo comecou quando meu irmão Christiano Schultz, residente em Luanda - Angola, me convidou em julho de 2008 para subir o Kilimanjaro, o ponto mais alto da África. Na hora respondi que sim, mesmo sem ter muita certeza do que era o Kilimanjaro. Com o tempo, fui lendo sobre o assunto e aperfeiçoando meu corpo e mente para a tal aventura.

Chegamos na Tanzânia em 29 de agosto de 2009, fizemos um city tour e no outro dia lá estávamos, prontos para começar nossa caminhada de 6 dias até o topo. Compramos material, alugamos o restante. Éramos 3 no nosso grupo, Eu, Christiano e Olga, uma mulher da Russia, pessoa extremamente falante, adora fotografias e curtiu cada momento conosco.

A caminhada é lenta e longa, horas e horas caminhando e a medida que os dias passam, o frio vai chegando. No primeiro dia acampamos a 3.032 metros, no Machame Camp. Noite mal dormida, porém muito bem alimentado e bebendo sempre bastante água para não sofrer a doença da montanha (altitude). O fascinante é que sempre que chegavámos no acampamento, nossa equipe de carregadores já haviam montado nossa barraca, e nossa mala já estava lá dentro. Tínhamos todos os dias água quente para banho, comida quente e fresca, e todo o apoio da equipe (carregadores e guias).

Nosso último acampamento antes do topo foi a 4.633m, em Barafu Camp. Chegamos lá por volta da 13h para descansar e a meia noite acordar e partir para o topo numa caminhada de 6 horas. Meu irmão chegou com um pouco de dor de cabeça e enjoado, reclamou muito, não tinha apetite mas após alimentá-lo e medicá-lo, conseguiu dormir e acordou as 23h:20 novo em folha.

Caminhando como uma tartaruga, parando seguidamente para descansar, mãos e pés gelados, as 5h20 da manhã chegamos no Stella Point 5.756m. O Frio (-30ºC), a exaustão e o sono eram nossos inimigos, e na última hora nos abraçamos e fomos até o topo Uhuru Peak (5.895m), um ajudando o outro...

Ao ver o sol nascer e assistir as geleiras enormes a nossa volta, me senti realizado. Parecia que todas as minhas forças tinham voltado e que eu récem havia acordado... Um lugar surreal, uma energia incomparável... Comecei a tirar fotos, na medida do possível, pois meus dedos já estavam congelados, e decidi buscar um pouco de gelo para o whisky do meu pai...

Agradecemos aos amigos que sempre nos deram força e coragem para partir para esta aventura... Realmente não é fácil chegar lá em cima. Diversas vezes no último dia pensamos em desistir, mas quando imaginávamos a vista lá de cima, geleiras, comemorações e sonho realizado, buscávamos forças acima do nosso limite para não nos decepcionarmos e não decepcionarmos a todos os grandes amigos aqui do Brasil.

Carregamos a flâmula do Veleiros do Sul até o topo do Kilimanjaro para homenagear o clube que temos orgulho de ser sócios!
Muito obrigado.
Danilo e Christiano Schultz!

Informações sobre o Monte Kilimanjaro (Wikipedia)

Mais informações sobre a escalada do Kilimanjaro?
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Comentários recebidos

20 Fev 2010
Fernando Barros
Show!!!
este é meu sonho para este ano ainda, porém estou precisando de ajuda para montar a viagem. Gostaria de dicas e informações de quem tenha ido recentemente, pois estou com muitas dificuldades de encontrar estas informações: cias aereas, rotas, hospedagem, receptivos, etc...   


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