O Rio Guaíba em 1.950

Na carta preparada por Luiz Chagas, irmão do Comandante Augusto Chagas (VDS), em 1.950, observa-se algumas "novidades" em relação às cartas atuais da Marinha. O arroio que passa na Vila de Itapuã e que ninguém sabe como se chama, chama-se Arroio Estância. Um pouco abaixo da Ponta da Cadeia (não assinalada) havia a Coroa dos Bagres. Os arroios do delta do Jacuí eram sangradouros.

O número de marcas de sinalização nos canais mudou pouco, mas os sinais luminosos verdes eram brancos e as bóias cegas verdes eram pretas.

A Ilha das Balseiras, era ainda dos balseiros, e a Ponta da cuíca, era do Cuica. O rio já tinha duas ilhas com o mesmo nome: uma Ilha das Pombas em Porto Alegre e outra em Viamão.

O Iate Clube Guaíba ainda não tinha seus molhes e o Clube dos Jangadeiros nem os molhes nem a ilha.
A travessia rodoviária do Guaíba está demarcada, mas ainda atravessava-se o rio em barcas construídas para o desembarque de tropas americanas na II Guerra. A rampa em que as barcas atracavam em P. Alegre, na Ponta do Dionísio, continua lá na Vila Assunção (DAER). De Guaíba seguia-se ao Sul pela BR-2 (hoje BR-116).

A variação da Declinação Magnética está informada como sendo 10 minutos por ano. A carta 2109 da Marinha, diz que são 12', e a 2111 diz ser 8,5.

Apesar da carta ter sido baseada em levantamento aerofotogramétrico, observe-se que uma planta "americana" também foi utilizada.

 



Cedida pelo Cmte. Augusto Chagas

Comentários do Cmte Ricardo Falkenberg Albanus
A coroa dos bagres transformou-se em uma ilha que era visulizada da costa (fundos do Colégio Parobé, isto em 1969)e nela tinha um morador em uma casinha pequena e seu barco.
Minha tia, que era antiga moradora da ponta da cadeia, dizia que aquela ilha foi formada por um tronco de árvore com galhos que veio com enchente e "ancorou" no local.
Por isso a importancia do serviço de limpeza do Guaíba prestado pelos nossos colegas Danilo, Ferrugem e outros.
abraços