Andante na REFENO
Veleiro gaúcho presente no maior evento da vela brasileira
Luiz Gerbase

Latitude 5º00 Sul, 21h, 24 de Setembro 2006.

Faltando aproximadamente 11 horas para chegar amanhã em Fernando de Noronha, a tripulação discute o que fazer com o atum de 3 kg pescado ao anoitecer.

Já são 216 milhas navegadas desde ontem às 11hs, quando foi dada a largada da Refeno, a regata Recife-Fernando de Noronha. A regata é organizada há 18 anos pelo Iate Clube Cabanga de Recife e conta este ano com 96 barcos.

Agora, noite sem lua, se avistam cerca de 6 deles, todos com luz verde ou vermelha, o que significa que estamos na frente deles, hehheh. Os outros, que estão na frente, perdemos de vista faz tempo... Achamos que estamos no meio da flotilha. Poderíamos, claro, estar melhor posicionados não fosse a pescaria. O rating deveria levar isso em conta.

Um mar calmo, com ventos de 10 a 16 nós, em uma orça folgada, nos leva ao ponto onde a costa do Brasil se retorce para oeste, lembrando que se seguirmos em frente chegamos na África, já bem mais perto que Porto Alegre. Mas vamos parar em Noronha mesmo.

Em Recife foram 2 dias de preparação para a regata, inspeção da marinha, limpeza de fundo, reparo em velas, abastecer motor, água e comida para 10 dias. Todos 96 barcos fazendo o mesmo no Clube Cabanga, mas tudo se consegue graças à excelente organização do evento.

Na festa de abertura, quinta-feira, show folclórico com Maracatu, Frevo e Ciranda, acompanhado de muito camarão frito e cerveja.

Se a festa de entrega de prêmios mantiver a fartura de cerveja, alguns barcos poderiam ser encontrados na África, não fosse o zelo dos dois navios patrulha da marinha que acompanham a regata.

Os navios Garapuava e o Goiana, garantem segurança extra, já que a maioria dos veleiros são classificados apenas para navegação costeira, e pequenos imprevistos sempre podem acontecer considerando o número de barcos.

Um abraço,

Tripulação do Andante

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