O
Naufrágio do Veleiro Conquista
Onda inesperada leva um O'Day 23 para o fundo do mar
Wlademir Juliano Treis e Denise de Almeida
Vitória,
26 de agosto de 2004
No dia 14 de Agosto de 2004, às 06:45 da manhã, uma onda
inesperada transformou nossas vidas...
O Conquista durante mais de 3 anos nos serviu de casa e nos proporcionou
uma vida cercada de simplicidade e beleza, nos possibilitou descobrir
o mar e algumas de suas maravilhas.
Os barcos não são meros objetos inanimados... os barcos
têm alma! E todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecer
o Conquista concordarão que se tratava de um barco especial
e de personalidade.
Gostaríamos muito que o Conquista cumprisse a história
que planejamos para ele, em nossas mãos estava o leme, não
o destino de nosso barco e o perdemos para o mar...
Sempre pensamos nas grandes tempestades, na costa rochosa, nos grandes
navios, nos pesqueiros com suas redes, estávamos sempre atentos
aos perigos que a navegação oferece, mas esquecemos de
um detalhe: o mar é imprevisível. E a surpresa é
a sua brincadeira preferida!
Nosso texto segue melancólico, nossos corações
estão apertados, nossa cabeça confusa, mas, apesar do
susto, não perdemos o rumo.
Pediremos novamente licença ao mar, concluiremos nossos objetivos,
o Projeto Água Viva não pode parar.
Em nome de nosso querido barco, não iremos desistir nunca de
viver no mar, lutando incansavelmente pela conquista nossa de cada dia.
Aproveitamos a oportunidade
para agradecer a todos pelos esforços que nos vêm sido
oferecidos por parte dos sócios do Iate Clube do Espírito
Santo, participantes do Cruzeiro Costa Leste, pessoas envolvidas na
busca do Conquista e demais amigos, navegadores ou não, que de
alguma forma nos prestaram solidariedade incentivando-nos a seguirmos
em frente.
Veleiro
O'Day 23
É
um pequeno barco que se porta como gente grande!
Valente e forte, já provou ser capaz de enfrentar temporais
e também nossas barberagens iniciais com nossas perigosas
atracações e nossa primeira encalhada. Sua pequena
mas considerável cabine acomoda com relativo conforto até
cinco pessoas.
Possui
um motor auxiliar que utilizamos apenas em manobras de atracação
e fundeio, ou, na ausência completa de ventos, pois o Conquista
gosta mesmo é de deslocar-se silenciosamente ao sabor dos
ventos!
Equipamentos:
GPS
Computador de bordo
Sonda
Bússola de Antepara e de alidade
Estação metereológica
Rádio VHF
Ficha técnica:
Comprimento
6,94 m.
Linha dágua 5,94 m.
Boca 2,42 m.
Calado máximo 1,50 m.
Área vélica 22,8 m²
Motor de popa 8 hp
Altura do mastro 9,75 m.
Tipo de leme fixo
Quilha fixa
Deslocamento 1.400 kg
Ano de construção 1983
Modelo ODay 23
Construtor Mariner Construções Náuticas Ltda.
Saiba
mais sobre o O'Day 23
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Vitória,
14/08/2004 - Sábado
Já estamos em Vitória há quase um mês. Denise
foi para o sul e voltou com uma boa câmera digital para podermos
rechear o site com fotos da viagem. Ótimo! Estamos indo para
Abrolhos e terá muito o que registrar...
Neste meio tempo passou por aqui o pessoal do Cruzeiro Costa Leste indo
em direção a Noronha e fizeram muita festa por aqui agitando
o pedaço.
Também deu para dar umas voltinhas com o Conquista lá
pelas bandas do porto, com Suquim, Macaquim, Igor, Orelha, Alemão,
etc.
Mas agora, Denise está de volta e queremos aproveitar este vendo
sul que está soprando há alguns dias para irmos para nosso
tão sonhado Arquipélago de Abrolhos...
Combinamos com outros quatro barcos do Cruzeiro Costa Leste que ainda
não foram de sairmos bem cedo e irmos mantendo contato pelo rádio.
Como o pessoal do Iate Clube pediu que desocupássemos a vaga
no cais, então trouxemos ontem o Conquista para uma poita que
fica ao lado do Iate Clube. Ficamos a noite toda balançando com
as ondas que entravam na enseada e dormimos muito mal. Mas, acordamos
cedo, empolgados com o porvir, ajeitamos a genoa no estai de proa, organizamos
as últimas coisas a bordo e partimos às 6:30 da manhã.
O vento estava moderado, e, pela previsão do tempo o mar deveria
estar agitado. Quando saímos não estava chovendo, o vento
estava calmo, céu claro, estávamos tão tranqüilos
que saímos tomando um belo café da manhã a bordo...
Logo içamos a genoa e desligamos o motor. Contornamos a Ilha
Rasa em direção a Ponta de Tubarão. O mar estava
com ondas, mas eram ondas aparentemente tranqüilas. Neste rumo
estávamos pegando as ondas em diagonal e o vento de través.
Estávamos navegando a cerca de 15 minutos quando apareceu diante
de nós uma visão nada simpática, simplesmente uma
onda de cerca de 4 ou 5 metros de espuma nervosa a menos de 15 metros
de distância vindo em nossa direção!!! Por uma fração
de segundos não pude acreditar naquela massa de água em
movimento correndo em nossa direção... aquela visão
parecia irreal...
Só deu tempo de gritar:
- Denise, uma onda! Feche o barco!
Estupidamente estávamos com a gaiúta principal aberta
(achando que tudo estava tranquilo...).
Denise rapidamente fechou a tampa superior da gaiúta principal,
e eu empurrei o timão colocando o Conquista de proa para a onda...
Pobrezinho! Não deu tempo pra mais nada. A onda estourou sobre
o convés inundando tudo.
A proa do barco foi jogada de volta pra trás e o Conquista passou
a capotar junto com a onda que nos levava de arrasto...
Eu não vi mais nada além de um turbilhão de espuma.
E lembro que me agarrei na retranca pensando em não cair fora
do barco.
Nosso querido Conquista estava agora girando como uma meia suja numa
máquina de lavar! E nós estávamos juntos neste
processo...
De repente, ele pára de girar e, quando ponho a cabeça
fora da água, percebo que o Conquista estava em cima de mim,
virado de cabeça pra baixo. Começo e respirar e vejo que
estou no cokpit onde ficou uma reserva de ar. Lembrei de meu amorzinho
e gritei:
- Denise!
Quando a onda estourou sobre o convés Denise foi empurrada para
dentro da cabine e ficou rolando junto com o barco. Neste momento ela
estava procurando uma saída quando ouviu meu chamado. E como
se cada um de nós soubéssemos onde estava o outro, esticamos
os braços e nossas mãos se tocaram... puxei Denise pra
mim. Ela surgiu na minha frente com os olhos esbugalhados, tomou ar
e em seguida mergulhamos para sair de baixo do barco.
Neste instante o Conquista desvira e de repente estamos de pé
sobre o convés inundado... foi quando percebemos que o mastro
estava deitado e que acabávamos de passar um pesadelo de poucos
segundos.
Então a popa foi afundando e nós, sem acreditar naquilo
tudo, fomos para a proa e mais 3 ou 4 segundos foram suficientes para
a proa começar a afundar. Nós, quando vimos que só
restava a proa de fora e que esta começava a afundar, nos abaixamos
e seguramos o guarda mancebo com as mãos, como numa tentativa
inútil de segurar o Conquista à tona... e ele foi decidido
para o fundo do mar.
Então perdemos nosso mundo, praticamente a razão de nossa
existência.
Mas estávamos vivos, bem vivos!
Depois de alguns segundos beirando a insanidade, olhamos em volta, fizemos
uma marcação para saber o local do naufrágio, e
passamos a nadar em direção a terra mais próxima,
que era justamente a Ilha Rasa que fica em frente ao Iate Clube.
Fomos nadando devagar naquele mar agitado, com as roupas do corpo somente,
e logo notamos que estavam saindo alguns veleiros do Iate Clube. Eram
nossos amigos que estavam saindo naquele mesmo mar do cão...
Passamos a gritar e assobiar na crista das ondas na tentativa de sermos
vistos ou ouvidos. Ninguém nos viu.
Continuamos nadando e aos poucos fomos nos aproximando da Ilha Rasa
e do Iate Clube. Quando já estávamos quase chegando, passa
uma lancha da praticagem que nos encontra e então somos enfim
resgatados.
Nos deixaram no cais do Iate Clube inteiramente molhados e batendo queixo
de frio.
Eu vestia uma camiseta, uma blusa de lã, uma jardineira impermeável
e estava descalso. Denise estava com camiseta, blusa de lã, jardineira
impermeável e sapatilha de neoprene. Além de nossas vidas,
foi tudo o que pudemos salvar.
E era tudo o que possuíamos então. Não sobrou barco,
nem documentos, nem roupas além da que vestíamos, nada
mais!
Nossa chegada em Vitória foi gloriosa, não podia haver
falhas, chegamos com vento bastante forte, à noite e com mar
grosso. Tudo correu perfeitamente.
Hoje, cometemos uma falha, uma grande falha achando que tudo estava
tranqüilo, e o mar, com uma única onda, nos mostrou todo
seu temperamento imprevisível.
Depoimento
de Juliano sobre o naufrágio em Vitória
Sempre
tivemos muito orgulho de nosso querido Conquista. Nasceu para ser um
bom barco. Forte, bem construído, navegador... e bonito.
Não merecia este triste fim...
Foi nossa casa por mais de 3 anos, e, apesar de pequeno, sempre encontramos
espaço para nossas roupas, velas, livros, equipamentos de mergulho,
enfim, toda a parafernália útil ou não para a navegação,
trabalho e vida a bordo.
E assim, como um tapa não esperado, o Conquista recebeu do mar
uma onda de 4 ou 5 metros de espuma que lhe fez capotar duas vezes,
sendo arrastado com uma força impressionante e levado para o
fundo do mar...
Nosso barco foi destroçado, e nós, por uma providência
divina, saímos ilesos.
Cometemos pelo menos dois graves
erros:
Primeiro - Não tínhamos
um perfeito conhecimento das peculiaridades do local onde aconteceu
o acidente.
A baia do Espírito Santo possui um cordão de pedras que
praticamente atravessa o fundo de um lado ao outro elevando seu relevo
de 10 metros para 5, 4 e até 3,5 metros na maré baixa.
Em tempo bom, ou mesmo com nordestão, um barco com um metro e
meio de calado passa perfeitamente, mas com ondas vindo do sul, este
cordão de pedras provoca rebentações na maré
baixa.
Poderia haver melhores informações a respeito nas Cartas
Náuticas, no Roteiro da Costa Leste, de forma que as embarcações
saibam deste perigo, principalmente as embarcações de
outras localidades.
Logo após nossa partida, mais alguns veleiros deixaram a segurança
do porto para correr o mesmo risco...
Um deles retornou, prudentemente, com duas crianças a bordo (veleiro
Albatroz de nosso querido amigo Josias/Angra dos Reis).
Segundo - Nosso excesso de confiança
nos levou a cometer o grave erro de estar com a gaiúta principal
aberta.
Como o vento não estava forte e o céu estava claro, com
poucas nuvens, relaxamos na segurança. Se o barco estivesse todo
fechado, teríamos capotado, perdido o mastro, provavelmente teria
entrado um pouco de água, mas o Conquista não teria afundado.
Com este vacilo permitimos que a água entrasse inundando o barco
em poucos segundos...
Não imaginávamos
que houvesse a possibilidade de encontrar uma onda daquele porte estourando
a pouco mais de uma milha do Iate Clube.
A vida no mar é bela, mas é dura...
O mar nunca deve ser subestimado e a segurança nunca pode ser
esquecida, porque o perigo e os acidentes sempre estão onde menos
esperamos.
E principalmente a costa, as entradas e saídas dos portos devem
ser feitas com a máxima atenção.
Wlademir
Juliano Treis
Depoimento
da tripulante Denise sobre o naufrágio em Vitória.
Numa
manhã destas, sentada no cokpit do veleiro Targa II (veleiro
do simpático Lauro onde estamos hospedados) observava a baia
de Vitória. Era quase inacreditável pensar que num lugar
tão tranqüilo pudesse surgir uma onda com capacidade de
virar um barco!!! Certamente não acreditaria se por acaso não
tivesse vivido esta situação...
No dia do acidente, na saída, fiquei um pouco angustiada com
a formação das grandes ondas, estava realmente assustada
com as ondas quebrando dentro da enseada e achei melhor guardar minhas
"neuras", e, em vez de ficar falando no ouvido do Juliano
como era de costume, resolvi entrar no barco e relaxar um pouco... sentia
o Conquista subindo e descendo as ondas, quando ouvi um chamado:
- Dê, uma onda, feche a gaiu...
Antes do Juliano terminar a frase, eu já estava com as duas mãos
na gaiuta (porta de entrada e saída do barco) mas já era
tarde, o golpe da onda me jogou para dentro da cabine. Senti o barco
capotar duas vezes, quando de repente ele parou. Eu estava mergulhando
dentro do barco, me sentindo um peixe dentro de um aquário. Ouvia
o Ju me chamando, mas não conseguia responder pois estava inteiramente
debaixo d'água. Quando estiquei meu braço numa nova tentativa
de encontrar uma saída, senti a mão do Juliano que me
puxou para uma bolha de ar que se formou no cokpit. Logo o barco voltou
a sua posição normal. Pensamos em fazer alguma coisa mas,
o Conquista afundou tão rápido que não tivemos
tempo para nada.
Após nadar cerca de uma hora, uma lancha da praticagem nos resgatou
e nos levou até o Iate Clube. Chegamos arrasados, apenas com
a roupa que usávamos após vermos tudo o que possuíamos
ir para o fundo.
Aurélio, um sócio do Clube, assim que soube do acontecido,
nos levou para seu apartamento onde tomamos banho quente e vestimos
roupas secas. Retornamos rapidamente para o Clube pois os bombeiros
já nos esperavam para tentarmos resgatar o barco.
Saímos eu, Juliano, dois bombeiros e o Josias (do veleiro Albatroz)
no bote do Corpo de Bombeiros. Durante a tentativa de resgate encontramos
um mar grosso e muitas coisas nossas boiando. Não demorou muito
para avistarmos a lancha Zamperlini (do grande Rogério) que veio
nos prestar auxílio. O mar estava muito agitado e achamos prudente
suspender as buscas antes que mais um acidente acontecesse.
Rogério nos disponibilizou sua lancha, nos apoiando neste delicado
momento.
Nesta mesma noite contamos com a disposição do grande
amigo Fábio Falcão que realizou buscas na praia de Camburí
onde juntou pedaços de madeira de nosso barco e também
a tampa da gaiúta principal.
Na manhã seguinte vasculhamos a praia de Camburí e encontramos
em toda a orla pedaços de nosso barco, utensílios de cozinha
e objetos pessoais, tudo estraçalhado na praia.
Foi muito triste caminhar e ver pedaços de nossos sonhos sendo
trazidos pela maré como se fossem lixo jogados no mar...
O acidente despertou a solidariedade de todos no Iate Clube do Espírito
Santo, nos prestando todo tipo de apoio.
Desta história, uma coisa boa podemos tirar: fizemos grandes
amigos que ficarão para sempre em nossos corações.
Na quarta-feira, dia 18, junto com o Fábio do Náutilus
e o Guto do Melhora, encontramos na praia de Camburí, próximo
da bica, partes estruturais de fibra e madeira do veleiro, o que nos
indicava a completa destruição de nosso barco.
Ainda assim, estamos realizando buscas na tentativa de retirarmos os
escombros e reutilizarmos as ferragens do barco.
Ricardo, um mergulhador profissional que se mostrou um grande amigo,
esteve conosco neste Domingo, dia 22, investigando o local do naufrágio,
mas a água está muito turva e mexida, tornando inviável
qualquer tentativa de encontrarmos nossa embarcação.
Seremos eternamente gratos a todas as pessoas que nos prestaram solidariedade
ou ajuda, e se fosse descrever o nome de cada uma delas faltaria espaço.
Em nome de todas estas demonstrações de carinho, prometemos
não desanimar, não reclamar, reunindo todas as forças
necessárias para recomeçar e reconstruir tudo o que perdemos.
Este acidente nos tornou mais fortes, mais conscientes de que a vida
é uma caixinha de surpresas e que devemos estar sempre preparados
para o que der e vier.
Novamente, um muito obrigado a todos e esperamos de alguma forma algum
dia poder retribuir tudo o que nos foi feito.
Denise
de Almeida
A publicação
destes diários no www.popa.com.br
foi gentilmente autorizada por Juliano e Denise do site
www.veleiroconquista.com.
Projeto
Água Viva
O Projeto Água Viva tem como finalidade alertar a população
brasileira e seus governantes sobre a necessidade de preservação
e a importância do uso racional dos recursos hídricos.
A falta de informação em torno do assunto e a falta de
consciência sobre a questão leva as pessoas a pensarem
que a água é um bem infinito que brota de fontes inesgotáveis
e eternamente límpidas. No entanto, pesquisas revelam que a água,
esse elemento tão importante em nossas vidas, está ameaçada
pelo intensivo uso de pesticidas, agrotóxicos, desmatamentos,
poluição dos mananciais, lençóis freáticos,
rios e lagos, além da crescente demanda pelo uso da água
diretamente relacionada ao crescimento demográfico desenfreado.
Além de alertar para a necessidade da preservação
da água e da importância de seu uso racional, o Projeto
Água Viva tem também como finalidade apresentar propostas
e soluções alternativas para as questões relacionadas
à preservação de nossos recursos hídricos,
e, ainda, promover debates em torno do assunto.
A execução do projeto
se dará in loco, em comunidades ribeirinhas, associações
de moradores, marinas, Iate Clubes, escolas e universidades, praças
e praias ao longo de todo o litoral brasileiro, enfim, em lugares ligados
direta ou indiretamente com a água, ou que tenham relação
com o assunto.
Como? Bem, a forma de execução
será de forma criativa, educativa e descontraída. Se dará
através de uma palestra interativa que tem como caráter
a informação e a conscientização. Esta palestra
conta com a utilização de um vídeo sobre recursos
hídricos que ilustra sua importância tornando a palestra
mais interessante e didática.
O roteiro estabelecido tem como
local de saída a cidade de Blumenau, nossa cidade natal, fazendo
palestras em cidades do Vale do Itajaí, e, seguirá por
diversas cidades ao longo do Litoral brasileiro, inclusive adentrando
em alguns dos principais rios, até chegar na foz do rio Amazonas,
o maior rio do mundo, navegando até a cidade de Manaus, último
porto do Projeto Água Viva. Ao longo do roteiro seguido, faremos
escala em 33 cidades e serão feitas, em média, duas apresentações
por cidade.
Todo nosso trabalho, imagens colhidas
através de filmadora digital, posição atualizada
da embarcação e debates poderão ser acompanhados
através de nossa home page por internautas do mundo todo.
Algumas empresas têm nos
dado apoio, cada uma em sua área de atuação, viabilizando
a realização do projeto.
Para possibilitar maior segurança,
uma ampla comunicação e o acompanhamento dos trabalhos
realizados, o veleiro Conquista está sendo provido de modernos
equipamentos de navegação e comunicação
como sonda, rádio VHF, GPS ligado diretamente a um computador
de bordo (que possibilitará o envio de imagens e
mensagens diretamente de alto mar), etc.
O roteiro escolhido para a realização
do projeto foi motivado pela simples razão de que nascemos e
vivemos às margens do rio Itajaí-Açú, que
é uma importante fonte de recursos hídricos, e pela razão
de que nosso país é provido da maior de todas as fontes
de água do planeta, que é a Bacia Hidrográfica
do Amazonas.
Nossa região, o Vale do Itajaí, é riquíssima
em água, a qual brota por todos os lados e somos cercados por
densas matas eternamente úmidas.
Queremos assim, estabelecer um
elo de ligação entre os rios Itajaí-Açú
e o Amazonas, mostrando ao país, e, porque não dizer,
ao mundo, suas riquezas e a importância da preservação
destas valiosas fontes de recursos hídricos. Para saber mais
sobre o Projeto visite www.veleiroconquista.com.
Colaboração
Cristina Sanz/Florianópolis.
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