29-08-07 quarta-feira
Barra do Chuí
Amanheceu com um frio tremendo. Uma geladeira!
O vento é um SE quase E, vento de través. Despeço-me de Eduardo e deixo um abraço a Cris e Anderson e sigo puxando para a praia. Paro para montar a vela onde Darlan e Preta me ajudaram quando cheguei.
O plano é chegar até a parte ruim dos conchais e dali seguir no dia seguinte.
Parto só às 10:40 h e às 11 h, já estou passando pelo Hermenegildo. O riacho grande que cruzei na ida se transformou num riachinho de nada. Antes tive que descer do carrinho para cruzar o barranco e mais de trinta metros de largura. Agora... Nothing!
A velocidade é muito boa e uma hora depois do Hermenegildo estou passando pelo local onde fiquei dois dias, por causa da tempestade. Sei que logo adiante começarão os Concheiros, mas não esperava avançar com tal velocidade. Já estou encharcado, pois quando passo nas saídas de riacho a velocidade é tanta que a água sobe pelo espaço entre a calça impermeável e as botas de borracha..
Passam um jipe buzinando muito e uma toyota.
As mãos estão tão congeladas e a dor nas unhas é quase insuportável, quase que arranca umas lágrimas de “saudades do Rio Grande”.
Estou muito veloz, começam os conchais e mesmo com o forte vento o carro vai perdendo velocidade e mais adiante pára.
Não acredito! E eu nem cheguei à pior parte ainda. Achei que na parte menos fofa daria para passar.
- Tenente, que fazemos?
- Arrastem, isso já fazia parte do nosso plano!
Sigo em frente puxando pelos areais, pelo menos descongelo um pouco e penso melhor no que fazer.
Tento seguir pela parte plana, revejo as marcas por onde passei na vinda. Algumas partes ali ficam firmes e avanço no estilo “patinete”, em pé, na longarina do eixo dianteiro.
- Tenente. Isso aqui vai nos matar no cansaço de novo...
- Negativo! Lembram que na parte inclinada, uns dois passos para dentro havia piso firme?
- Sim, só que fica dentro d´água. Como vamos seguir assim?
- Este vento está quase de través, é muito forte e o mar está um pouco mais baixo que na vinda. Acho que podemos tentar.
Como não tinha nada a perder, resolvi seguir pela parte inclinada, um pouco para baixo. O mar, percebendo a manobra ousada dos tauras, avançou enfurecido.
Tomei um banho que passou por cima dos joelhos e lavou o carrinho e a carga.
Na volta da água, as rodas atolavam na areia e eu tinha que pular e desatolar rápido, pois as ondas atacavam sem dó.
Muitas vezes, antes que conseguisse desatolar o carro já estava submerso de novo e, no desespero, começava a praguejar contra o inimigo e xingava o carro junto.
-Senhor, temos que subir.
- Morreremos afogados e congelados, não sei o que vem primeiro...
- Negativo, mantenham suas posições.
- Eles nos detonaram antes porque não conhecíamos o inimigo. Agora essa peleia será decisiva para o futuro do pelotão e só avançaremos se combatermos o inimigo dentro do mar.
- Calar baionetas será luta corpo a corpo!
Apesar de sermos fustigados pelas malditas, percebi que o carro avançava com a força do vento, mesmo atingidos com forças pelas ondas. Se subisse um passo para cima atolava, então só restava manter a posição de combate, pois lá em cima era muito pior.
Finalmente cheguei à bóia encalhada na praia e que demarcava onde iniciava o pior trecho. Ali perto dela foi onde passei a 2ª noite na vinda. Em poucas horas já estava “matando” 3 dias da viagem de ida.
- Preparem-se homens, agora é que vem o pior!
- O que esse cara tá pensando que somos?
- Alguém aqui é 4X4 ou tem guincho?
- Calem-se e concentrem-se no inimigo!
Agora eu sei por que os lobos estão arrepiando. A água do mar simplesmente congela.
O vento forte judia da tripulação e os dedos da mão já não servem para muito, tenho que firmar o cabo da retranca enroscando na mão. Subo na longarina e quando sinto que o carro vai parar devido à força das ondas, desço rápido e empurro com a ajuda da vela para que não encalhe. Apesar da fúria das ondas, estou perdendo o medo do inimigo e combatendo melhor no terreno delas.
- É só isso que tu consegue? Tu não és tudo o que pensas e agora vais sentir a força do pelotão.
E o pelotão canta:
Mas não basta pra ser livre
Ser forte aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude acaba por ser escravo
Mostremos valor constância nesta ímpia e justa guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda a terra....
E vou avançando a pano no trecho onde achei que levaria um dia inteiro para passar.
- Senhor, o inimigo está perdendo as forças e parece que vamos vencer essa batalha decisiva...
- É verdade. Não esmoreçam e cantem de novo.
Por mais terras que eu percorra, não permitas Deus que eu morra
Sem que leve por divisa este “V” que simboliza a vitória que virá...
E assim, cerca de 16 h, o pelotão consegue atravessar os conchais pela segunda vez no inverno.
A vitória é tão retumbante que gaivotas gritam, lobos aplaudem com suas nadadeiras e o mar recua com a desculpa esfarrapada de que é a maré...
Livre dos conchais, avançamos vertiginosamente pela praia mais plana e firme.
Mais 44 min chego ao farol do Albardão. O trecho que me custou 10 dias, (incluindo os 7 parados) agora foi feito em seis horas....
O Sargento Franklin e Magno viram a vela avançando pela praia. Franklin veio ajudar a puxar o carro até o farol.
Depois eles ligam o gerador e tomo um banho quente, pois estou muito congelado. Valeu o sacrifício. Estou radiante e não acredito que fiz em apenas seis horas o que me custou 10 dias. Simplesmente fantástico!
Magno faz uma janta deliciosa e acrescida de um café quente, volto ao normal. Os dedos estavam enrugados e roxos.
Agora eu os considero mais que amigos, são meus “brodys”. Aquelas pessoas especiais onde a amizade e o respeito se tornam superiores ao tempo.
30-08-07 quinta-feira
Acordo cedo, o vento está fraco e parece contra. Chega Edmar e vamos tomar café juntos. Tiro uma foto com Franklin e Magno e depois seguimos, os três, para a praia.
Ali monto a vela (11 h), mas o vento, um través meio contra, está muito fraco e tenho que partir velejando no estilo patinete, em pé, de frente para a proa.
Amarrei o cabo na braçadeira e deixo o Imortal avançar para o norte. Gosto de andar assim, vejo melhor por onde vou passar. É perigoso se pegar velocidade, mas o vento está fraco.
Logo adiante vejo um dos porcos que Edmar cria soltos na beira da praia comendo um bagre morto... Ele sai correndo e logo adiante paro para fotografar o primeiro pingüim vivo que vejo nesta viagem. Ele está sujo de óleo e nem parece temer minha presença enquanto o fotografo.
Sigo em frente e mais adiante estou passando pelo Farol Verga onde dormi no interior.
O trecho de um dia fiz em 3 h com vento fraco....
O vento pára total e assim aproveito para almoçar.
Depois cruzo com um caminhão de Jaguaruna. Ali tem dez pescadores puxando uma rede de cerca de 300 braças, dois na caçamba ajeitando a rede que colocam ao lado de uma enorme canoa que deve ter sido utilizada para colocar a rede no mar. O motorista diz que são da barra do Camacho, perto de Laguna.
Mais adiante tem outro caminhão, este é frigorífico e mais três pescadores recolhem outro peixe.
Uma camionete se aproxima e faz sinais de luzes, é Candinho, da FURG, o mesmo que encontrei perto do Farol Bojuru. Que alegria, Candinho é muito legal e pede para um dos passageiros tirar uma foto de nós dois. Ele está levando o pessoal da FURG ao Chuí. Avisa para cuidar com as saídas de riacho e segue viagem.
O vento aumenta, mas permaneço ali em pé, mesmo com velocidade. Resultado: ao desviar de uma onda, pisei muito forte na guia da roda. O carro desvia rápido para a esquerda e meu corpo segue para a direita. Vou cair e ser atropelado pelo corno. Agarro-me no mastro com força e o demônio enfurecido inclina e capota sobre mim na areia dura.
- Tombo ridículo tenente.
- Paga dez!
- Sim senhor!
Menos mal que não tem ninguém olhando...
Volto a viajar ali, mas logo adiante o vento aumenta muito, o carro pega velocidade demais e sinto que vou me ralar, pois a vela está amarrada e ali na longarina, com velocidade, é o pior lugar para estar.
De repente uma das rodas traseiras está no ar e uma lufada mais forte o faz capotar de novo e bato forte com o ombro na areia dura.
Acho que deslocou algo na clavícula, mas o vexame de outro tombo ridículo e o vento forte me fazem voltar ao cockpit e velejar normal, sentado.
Adiante vejo outro filhote de baleia na praia, mas esse está novo e recém deve ter morrido.
Bato fotos do bichinho e sigo em frente até chegar ao farol Sarita. São 16:44 h, logo irá anoitecer. Animado com o vento mais forte de través meio contra, resolvo seguir em frente e ver o que faço mais adiante.
O tempo passa, está frio e escurece.
- Tenente, que fazemos... Está escuro!
- Sigam velejando!
- Mas poderemos passar sobre algum bagre e furar os pneus...
- Vamos arriscar!
E assim me vou, confiante que com este vento poderia fazer os 130 km do farol Albardão ao Cassino em um único dia; pena que saí só às 11 h e os dias no inverno são muito curtos.
Acontece que nunca velejei no escuro total e ainda com saídas perigosas de riachos...
A escuridão e a praia lisa não me deixam ter noção de velocidade. Às vezes, o carro parece ter parado, coloco os dedos no chão para saber se estamos andando.
- Senhor, fogo na roda dianteira!
- Como assim?
- Atrás da roda dianteira tem algo que parece fogo...
- Seu bugre. Isso aí é porque o mar está fosforescente. Isso é causado por um plâncton...
Vou seguindo, congelando e passando por riachos no escuro e sem ter onde dormir. Agora tenho que chegar ao Cassino e achar a varanda de uma casa.
Já vejo as luzes e o reflexo delas me orienta ao refletir na zona molhada da praia. Assim consigo desviar dos bagres mortos, gaivotas pousadas e alguns lobos que gritam assustados quando passo.
Devo estar a uns 30 km, mas percebo que as luzes e o mar não seguem uma mesma linha. A costa faz uma curva e adiante pegarei o vento frontalmente.
Estou com frio, o tempo passa. Estou com sono e um dos marujos grita:
- Navio fantasma à frente.
- Seremos atacados pelo “holandês voador”!
- Salve-se quem puder!
- Seus boiolas, aquilo lá é um navio fantasma sim, mas é o navio Altair que naufragou há 30 anos...
- E como vamos saber se não morreu alguém?
- Pode ter almas penadas...
- Vocês ouviriam o som gélido dos mortos chamando...
- Sigam em frente!
Confesso que é assustador ver os destroços ali no escuro contra as luzes do Cassino, mas o pelotão já esteve no mundo dos mortos e voltou. Aprendeu que tudo tem sua hora e por enquanto temos uma missão. Quando chegar a hora chegou.
Passo do navio, mas os joelhos tremem tanto de frio ao passar em riachos no escuro que tenho que apóia-los contra o mastro para acabar com a frescura.
Ando mais uma hora no contra vento e finalmente o Imortal pára. Não tem como bordejar no escuro, não fosse o reflexo das luzes na parte molhada, não veria nada.
Decido puxar a pé e vou assim por meia hora até chegar a um riacho.
Olho para o lado e parece haver um mato. As luzes parecem estar entre 10 a 15 km adiante.
Caminhando contra o vento, sem lenço nem documento eu vou... Ralar-me!
São mais de 20:30 h, estou molhado, velejando há oito horas e meia. Vento contra, frio e chovendo fino... Posso levar de duas a cinco horas até as luzes.
Resolvo investigar se ali ao lado há mesmo um mato e acampar.
Sheet! Eram dunas e atrás delas havia uma casinha de pescadores. Ilumino para lá e vejo uma luz fraca. Tem gente. Resolvo olhar em volta. Não têm mato, só dunas.
Um dos pescadores vem até mim com um forcado desses de feno.
Explico a situação, eles pensavam que eu estava roubando sua rede ali em frente...
É seu Oneide, um senhor forte, atarracado e muito gente boa.
Ele diz que eu posso dormir na parte de fora da casa onde tem um puxado. Assim fico livre da chuva, não preciso armar a barraca e posso sair mais cedo amanhã.
Vou olhar a casa, mas há barro e escorrego na lama. Tenho que me apoiar na perna direita onde houve uma grande fratura no acidente. A dor é insuportável e rolo na lama.
Merda! Três tombos no mesmo dia...
Já não bastava ter deslocado o ombro e agora uma dor do cão na perna “renga”.
Fico ali deitado, mas tenho que levantar, pois seu Oneide e Antônio ficaram preocupados.
Aos poucos a dor foi passando e voltei à praia para buscar o Imortal.
Estendi o plástico no chão, na parte detrás da casa, na rua, coloquei roupas secas, comi granola e fui dormir.
Ligo o GPS e descubro que velejei 120 km... Dois dias para retornar o que levei 13 para ir (Rio Grande ao Chuí), com paradas e tudo.
A chuva aperta, mas estou bem abrigado e livre do vento gelado. Como eu sei que aqui tem muitas jararacas e elas vêm atrás de ratos fico numas tipo assim... Que bah!
- Te pára de frescura vivente!
- Esse bicho não se mexe com o frio, precisa de calor pra se movimentar...
- E se vier atrás de calor aqui no saco de dormir na rua?
31-08-07 sexta-feira
Amanhece com NE médio e com muita chuva fina e fria.
Depois dá uma estiada e vou ajudá-los a recolher a rede ali em frente depois de tomar um delicioso café quente acompanhado de filé de bagre que eles fritaram ontem a noite, uma delícia.
A rede vem com muitos bagres, algumas tainhas e papa-terra. Eles tiram os venenosos esporões com alicate e depois fazem filés. Antônio ajuda Oneide que é seu amigo e pescador.
Oneide explica que a tainha é o único peixe que não come outro peixe e é o único que tem moela.
Diz que a raia menstrua como o cromossomo XX...
- Tenente. Sabe o que um cromossomo disse para o outro?
-????????
- Cromossomos felizes!
- Seu apagadão irritante!
- Paga dez pela piadinha!
Seu Antônio conheceu Henri e seu pai, o Pierre.
O pai de Henri tem uma estória incrível!
Ele morava no sul da França, próximo aos Pirineus, fronteira com a Espanha.
A Alemanha de Hitler invadia a França e certo dia Pierre saiu para esquiar pelas montanhas. Ele tinha o objetivo de chegar a Inglaterra e lutar contra os invasores, mas foi preso pelos soldados de Franco e foi parar em um campo de concentração.
Ali permaneceu por meses até ser trocado com os ingleses por armas.
Na Inglaterra queria lutar, mas como era aviador experiente, foi induzido a ensinar o pessoal da RAF. Ali permaneceu até o fim da guerra e depois, a trabalho, foi para o Marrocos, EUA, Canadá, Brasil (onde conheceu dona Gesine, mãe de Henri) e dali para o Chile, onde Henri e seu irmão nasceram.
Como seu Pierre não estivesse bem de saúde nas três vezes anteriores, perguntei que achava dele.
Antônio gostava muito dele e falou de Henri também.
Almoço com eles e eles decidem ir embora. Dizem que posso ficar se quiser.
A casa fica aberta, assim o pessoal usa e não depreda, se bem que sempre tem um boludo que estraga.
Eles se vão em uma rural com reboque e em uma moto igualmente com reboque.
Agora são 13:26, o tempo está feio, venta forte e contra, mas acho que me voy.
Tenho que deixar a casa fechada e amarrada com uma cordinha na frente.
Estou pensando em deixar o carrinho na sede da FURG e dali seguir para a casa do Henri, pois não avançarei muito assim.
- Senhor, vamos voltar ao Henri com aquelas meias “cobertores de zorrilho”?
- Não! Cheirem elas agora...
- Estão melhores, como conseguiu isto?
- Esfreguei-as em uma carcaça podre de leão marinho, na gordura em decomposição de um filhote de baleia e pisoteei sobre um bolo de peixes-porcos...
- Só isso?
- Claro que não!
- Depois deixei dois dias na água do mar e deixei-as penduradas sobre uma fogueira.
- Reparou na essência de peixe defumado?
- É verdade. Agora até dá de visitar o Henri novamente...
Arrumo tudo, fecho a casinha e sigo para a praia.
A chuva apertou, estou distraído arrumando os cabos e uma toyota chega quase a meu lado.
Que alegria! É o Henri e Maíra. Foi uma festa só. Ele está de folga e resolveu passear para o sul...
Tivesse eu demorado mais uns 10 min na casa e nenhum teria visto o outro. Ele revela que seu pai faleceu uma semana depois que eu parti (dia dos pais). Fiquei muito triste, pois eu o admirava muito por sua incrível estória e por saber que era muito boa gente como disse Antônio pouco antes.
Henri me seguiu um pouco e resolveu ir um pouco para o sul, pois meu avanço contra o forte NE não seria dos mais rápidos. Menos mal que aqui a praia é larga e firme, permitindo a orça.
Além da orça, tenho que desviar da praia repleta de bagres e seus esporões danosos a qualquer pneu, inclusive de carros.
Uma hora depois (16:30 h) estou passando pela estátua de Iemanjá e seguindo em frente para os molhes do Cassino. Quero encerrar esta etapa.
Fiz estes 10 km em uma hora, fosse a pé, levaria cerca de 3 h contra o vento.
Agora o vento ficou mais fraco e o avanço mais lento. Henri voltou e filma um pouco. Depois vai seguindo, subindo e descendo as dunas com a toyota. Quem deveria estar filmando era eu, não acredito como ele consegue e subir as altas dunas. A toyota chegou a “acavalar” em uma delas e ficou com as rodas dianteiras no ar, um espetáculo.
Faltando dois km o vento diminuiu e quase parou. Segui puxando e às 17:30 h amarrei o Imortal nos molhes. Grande emoção!
Lavo ao carro e a mim mesmo no mar, pois estou com olhos e roupas entupidos de areia.
Chega um amigo de Henri, é Miguel, muito alegre e divertido. Ele trabalha na FURG como laboratorista, já fez muitas viagens no Comandante Varella, o barco da FURG.
Tiramos muitas fotos ali, nos trilhos dos moles e ao lado das vagonetas.
Depois decido seguir os 4 km até o grupamento naval do sul velejando pelo asfalto...
Eu tinha que tirar essa cisma!
Sou escoltado pela toyota de Henri e pelo carro do Miguel. Cerca de 30 min depois chegamos ao grupamento já no escuro e deixamos o carro ali e sigo com Henri e Maíra a sua casa.
Depois fomos jantar com Miguel e sua esposa, Genomar. Foi muito divertido, Miguel me presenteou com meias novas para substituir as “meias-zorrilho” que o pelotão utilizava. Ri muito, fiquei vermelho mas a brincadeira foi excelente. Adorei.
O Henri é cercado de ótimos amigos, como o Fred que fraturou a perna em acidente de trabalho e que visitei na vinda. Ele e sua família são gente finíssima e foi muito bom tê-lo conhecido.
O Willy é do Iacht e é outro a quem Henri distribui os mails com as estórias do “pelotão”. É legal saber que o pessoal gosta e leva para o lado da brincadeira.
1º-09-07 Domingo
Hoje revi a dona Gesine, ela é dessas pessoas queridas que dá vontade de dar um abraço gostoso. Ela é muito querida e lembra minha mãe.
Ela conta de sua juventude e fala do curso que fez. Acreditem!
Ela não tem carteira de motorista, mas tem brevê de avião... Deve ter sido uma das primeiras mulheres gaúchas a terem brevê. Almoçamos no galeto Caxias, onde antes era o pátio de conserto das máquinas ferroviárias, lugar muito show.
Fomos ao Yatch, revi o simpaticíssimo Willy, o João e fomos passear no Talhamar. Fomos a I. dos Marinheiros, centro de R Grande, 5º Distrito Naval, Pescal (onde em frente morava a vó, na João Pessoa, o Regatas e o Porto Novo, onde estão montando a plataforma petrolífera P53
Depois fomos a festa de aniversário de 80 anos do pai de Julieta, seu Andalécio. Que pessoal mais simpático. Dona Florinda, Tadeu, a irmã de Julieta, Taís e amigos.
Chegamos perto de 23h e as 24 iniciei a escrever. São 6h da manhã e estou terminando. Daqui a pouco sigo viagem. Um grande abraço do amigo.