Minha primeira velejada
Paulo Bizzotto

Como combinado com o Rocha, cheguei ao CAER (Clube da Aeronáutica-BSB) por volta de 11:00 do dia 30/10. O ponto de encontro dos velejadores é na marina do clube à beira do Lago Paranoá, um rancho agradável onde todos se reúnem para um agradável bate-papo. Nesse local fui muito bem recebido pelo Rocha, Sheila, Rafa e alguns membros da Confraria do Guillon (me perdoe e corrijam se escrevi errado). Sinceramente, não esperava a recepção calorosa.

A seguir, fui apresentado ao PIPA, subi a bordo, fui conhecer o veleiro, ajudar o Rocha a subir a mestra e preparar para a tão sonhada velejada. O vento estava contra e com certa intensidade. Para minha felicidade, já saímos na vela. Tomamos o rumo do Iate, já com mestra e genoa em cima e eu começando a me familiarizar com o barco, para encontrar outro Ranger 22 de um amigo do Rocha e em seguida tomamos o rumo da Barragem do Paranoá.

Para mim, a velejada foi sucesso total. Pegamos vento contra até chegar na Barragem e, segundo o Rocha, aquilo era um feito, tendo em vista que na maioria das vezes para chegar até lá somente no motor. Acho que o Cara lá de cima foi com minha cara e mandou vento dos bons. Pegamos vento contra até a chegada na Barragem. O Rocha me perguntou se queria apenas passear ou velejar pra valer naquele vento, não pensei duas vezes e respondi que queria ver do que o Pipa era capaz. Diante disso, fomos bordejando a toda hora (para mim foi o máximo) em um peguinha com o outro Ranger 22. A essa altura já estava tendo meus primeiros contatos com a escota da genoa, adriças e até mesmo o timão. Ao chegar na Barragem, tomamos um delicioso banhos nas límpidas águas do Paranoá. A volta foi bem tranquila, confortável e com vento pela popa. A ida foi mais técnica, fazendo com que a tripulação demonstre suas habilidades, enquanto que a volta foi mais contemplativa e relaxante. Tudo bem que ficar dando bordos a toda hora por muito tempo pode ser cansativo, mas, é mais emocionante e a adrenalina vai a mil. A chegada foi perfeita e fizemos uma bonita atracação no píer do CAER somente na vela. PERFEITO!!!

Durante esse passeio pude ver de outros ângulos o Palácio da Alvorada, Blue Tree, Iate Clube, Clube da Aeronáutica, a nova ponte do lago, Ermida Dom Bosco, Clube do Congresso, Lake Side, Projeto Orla.
No domingo, após justificar meu voto, lá estava eu novamente para mais uma velejada. Nesse dia, como diz o pessoal, estava uma merreca, ou seja, sem vento. Assim mesmo embarcamos o Rocha, eu, Guilherme e um amigo do Rocha c/ seus três filhos. Com mestra e genoa em cima, fomos até o Iate e depois Clube do Congresso. Infelizmente o vento não estava conosco e fomos obrigados a voltar motorando. Mais uma vez, o dia foi perfeito!!!

Tive o prazer de conhecer o Zen, um O'Day23 do Guilherme. Apesar de ter apenas 23 pés, seu arranjo é bem funcional e espaçoso.
Após me despedir de todos e agradecer pela bela acolhida, chegou a hora de ir para a Rodoferroviária e pegar o ônibus de volta a realidade, de volta a Anápolis/Goiânia, afinal, a segundona estava logo ali na frente.
Mais uma vez, agradeço a receptividade de TODOS do CAER, inclusive o senhor que fica na portaria, que educação!
Brasília tem se firmado cada vez mais como importante pólo da vela nacional e até mesmo lançado bons eventos, como é o caso das 24 Horas e a Ragata Eletrônica (acho que o nome é esse). No passo que anda, não vai demorar para ter o 1º Match Race do Centro Oeste, e olha que profissionalismo lá tem de sobra.
Um conselho: se você faz parte do MSB e deseja iniciar nesse facinante mundo da vela, não perca tempo, vá em frente e realize seus sonhos. Vela não é esporte de elite e manter um veleiro é mais muito mais barato do que manter um carro.

Interessante, uma coisa é ler e saber os nomes dos cabos, ferragens e equipamentos do barco, só que
quando embarquei no PIPA me deu a impressão de que nunca tinha lido nada, fiquei perdido já que sabia o
nome de várias coisas e não sabia precisar sua localização. Felizmente, já sei distinguir e localizar
a grande parte deles, ainda que de vez em quando eu faça alguma confusão. Até mesmo a leitura de assuntos
relacionados a vela se tornou mais fácil quando se sabe a função de cada ítem e o comportamento do barco
em determinada situação. Não que já ache que sei tudo, não é por aí, mas já tenho alguma noção de como
funciona e para mim foi um grande passo.

Viva a Vela em BSB e seus Comandantes!!!

Bons Ventos a todos!!!

Paulo Bizzotto


Siga o exemplo do Cmte Rocha do veleiro Pipa, de Brasília: mostre o que é velejar

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