Victor no Uruguai
Ventos favoráveis e raio a bordo
Victor Scur Barth
Foi uma viagem e tanto. Pegamos apenas ventos favoráveis, uma sorte muito grande. Saímos de Porto Alegre no dia 15 de fevereiro de 2006 e rumamos para Itapuã para pegar nossa tripulante Tina. Meu deus que dia quente, foi o dia mais quente de nossa viagem. No fim da tarde chegamos a Itapuã. Saímos após uma chuvarada. Pegamos rumo direto para o Bojuru, bela velejada noturna. Ao chegarmos na baía do Bojuru estava aproximando-se um temporal. Almoçamos e fomos dormir. Neste momento aconteceu algo impressionante e apavorante. Um raio caiu em nosso barco. Era como se tivessem tirado uma foto com flash dentro do barco, mas com uma intensidade luminosa extremamente superior. Mas nada ocorreu além do susto. Com o temporal lá fora nao podíamos sair.
No mar há uma sensação que ninguém consegue esconder: a solidão, apesar de ter 4 pessoas a bordo você sente que está só naquele gigantesco volume d'água. Chegamos em Piriápolis no entardecer do dia 20, fechando 48 horas de viagem certinho. Passeamos por tudo lá. Alugamos um carro e fomos passear também em Punta del Este, Punta Baleña, José ignácio e vários outros lugares. O nosso passeio preferido era quando íamos na FREDDO, sorveteria famosa de lá e excelente. Passeamos na Gorlero, andamos de teleférico, compramos alfajores, eu até aluguei e andei de windsurf la´!!! Fizemos amigos lá também. Havia um casal de alemães na marina, falavam espanhol, saíram do Chile e estavam indo para a Alemanha.
Sempre após a tempestade vem a calmaria, e aproveitamos a oportunidade para pescar, e que pescaria. Pegávamos uma anchova atrás da outra. As 3 maiores que pegamos foram pra panela e o resto devolvemos para a água. Almoçamos e, após o almoço entrou um ventão e uma ondulação forte. Infelizmente devido a isso uma parte da tripulação enjoou. Retornamos tranquilamente para Rio Grande. Chegando lá dormimos um dia inteiro de tão cansados que estávamos. Nos dias seguintes passeamos pela cidade. Fomos até Cassino e andamos nas famosas vagonetas. Vários dias tomamos banho de piscina no clube. Ganhamos de presente de um amigo meia ovelha. Fomos para o São Gonçalo e lá assamos a ovelha.
Na manhã do dia seguinte fomos até o Porto do Barquinho. Fizemos muitos almoços e jantares espetaculares e uma culinária bem diferente. Dia 9 retornamos para Itapuã. Na chegada ao CNI fomos recebidos com foguetes e um jantar muito bom. Na manhã seguinte nos despedimos da nossa tripulante Tina e retornamos a Porto Alegre. Infelizmente foi o fim de nosso passeio com um registro fotográfico incrível de 3400 imagens, entre fotos e filmagens digitais. |
Jantamos no Bojuru e saímos na madrugada, quando havia amainado. Amanhecemos no Canal da Feitoria. Horas depois atracamos em Rio Grande e ficamos à espera de ventos favoráveis, que no dia seguinte soprou, e, sem duvida, saímos correndo para o mar, no entardecer do dia 18. 
Os uruguaios impressionavam-se da existência de um barco brasileiro e vinham puxar conversa. Mas tudo um dia acaba, e já estava na hora de voltarmos, e no dia 24 começamos a voltar, mas no trecho de Piriapolis a Punta pegamos uma tempestade e fomos obrigados a nos abrigar na Isla Gorriti. Ali pernoitamos. No amanhecer já estava tudo normal novamente. E continuamos o retorno. 
Fomos até a Lagoa Mirim, pernoitamos e retornamos. Em Pelotas pegamos um táxi e compramos no centro os famosos Doces de Pelotas. Fomos até São Lourenço do Sul onde ficamos alguns dias e encontramos nosso amigo Schultz, dono de um restaurante famoso da cidade que nos ofereceu um almoço no capricho. Andamos de bote por tudo lá e tomamos muitos banhos de rio. Após um dia insuportavelmente quente rumamos para o Bojuru. Ali desta vez, com mais calma, descemos em terra e tiramos muitas fotos do lugar que é muito lindo. Waypoints, tracks e rota, de Florianópolis a Piriápolis (460KB, zipado)
