Aerobarco russo será produzido no RGS
Produção será exportada
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14 Out 2005 O protocolo de intenções entre Estado, município e empresas foi assinado ontem no Palácio Piratini. Apesar da denominação, o aerobarco não voa. A embarcação se move sobre a água, impulsionada por hélices.
A empresa produzirá inicialmente aerobarcos, ou aquaglides como foram registrados, para transporte de cerca de cinco pessoas para patrulhamento e transporte turístico. Em uma segunda etapa, produzirá aerobarcos para transporte de carga. Esses veículos têm capacidade para transportar oito contêineres, com velocidade até 200 km/h precisando para isso de apenas 50 centímetros de calado (distância entre a superfície da água e a face inferior da quilha da embarcação). Em uma terceira etapa, a empresa deve produzir aquaglides para transporte de até 50 passageiros. De acordo com o presidente da Companhia Câmara Construções Navais, Geraldo Câmara, o Rio Grande do Sul interessou o grupo russo justamente por sua hidrografia privilegiada em rios, lagos e lagoas. A tecnologia do aerobarco foi desenvolvida pelos russo durante a Guerra Fria para uso militar. O veículo anfíbio é acionado por hélices e desliza pela água ou terra sobre uma lâmina. Na Rússia é também utilizado para transportar cargas em regiões com muita neve. O modelo registrado pela empresa é movido a gasolina, mas há estudos para trocar o combustível para biodiesel, para facilitar a exportação para a Europa. Para se instalar no Estado, a empresa será incluída no Fundopem Integrar/RS.
O programa prevê incentivos fiscais para municípios com índice de desenvolvimento inferior à média estadual. O investimento inicial será de R$ 80 milhões, podendo alcançar R$ 180 milhões em três anos. 'Não é apenas o investimento e a geração de empregos que contam no projeto, mas a nova tecnologia que chega ao Estado', afirmou Rigotto. A empresa ocupará cerca de 60 hectares no terreno que seria da Ford. Segundo o diretor da Companhia Câmara Construções Navais, Geraldo Câmara, as obras devem iniciar em janeiro do ano que vem. A projeção é que sejam criados cem empregos diretos na primeira fase e até 600 em três anos. 'Queremos produzir 15 embarcações no primeiro ano', revelou Câmara. O primeiro modelo fabricado será um aerobarco para transporte de cinco passageiros. Na seqüência, serão produzidos um modelo para transporte de carga e, no terceiro ano, outro destinado ao transporte de 50 passageiros. O de carga terá capacidade para 60 contêineres. Todos empregarão tecnologia russa. Câmara explicou que a empresa está importando dois modelos para demonstração, um completo e outro que deflagrará o processo de nacionalização do aerobarco. 'Metade de seus componentes serão nacionais', disse. De acordo com ele, já há negociações com indústrias locais para o fornecimento de peças. Os aerobarcos produzidos em Guaíba serão exportados para os Estados Unidos e o Canadá. 'Ainda não temos mercado interno. Começaremos a trabalhar nisso agora', informou Câmara. Segundo ele, é o primeiro projeto da ATTK fora da Rússia. 'A ATTK vai parar de produzir lá, onde manterá apenas laboratórios', acrescentou. O prefeito de Guaíba, Manoel Stringhini, revelou que as negociações para a instalação da empresa foram desenvolvidas pela agência Pólo RS e que o projeto chegou a ser oferecido, inclusive, a municípios de outros estados Curiosidade: veja quantos modelos diferentes de aerobarcos aparecem no Google, muitos lembrando os usados nas histórias do Disney. Clique p/ver |
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