Cachorro ao mar! Mar 2007 Em frente à Praia de Ipanema, poucas milhas ao sul, o quadro era muito bonito, contou o comandante. Ele tocava violão e cantavam descontraidamente no cockpit onde o tímido cachorrinho de bem poucos meses circulava. A água para o café estava sendo aquecida no fogão, lá embaixo na cabine. De repente tudo mudou, disse ele. Ta, e daí? De repente, eu tinha que pensar rápido em um monte de coisas. Foi um stress. Era soltar o violão e fazer o barco voltar. Virar de bordo. Não, melhor baixar os panos e fazer o motor funcionar logo. Pois é... Fazer um motor (de popa) funcionar logo! Começou a correria, nos pensamentos e nas ações. E a água já estava fervendo lá dentro. Eu tinha que catar a bóia pra jogar. Apagar o fogo. Achar o croque, e olhar pra ver como eles estavam. Ela estava nadando com uma mão só. E toda essa correria a partir de um "clima de depois-do-almoço", devagar, relaxado. Tocando e cantando. Tem quem faça a brincadeira de jogar a bóia salva-vidas na água e dizer ao comandante "Homem ao Mar. Te vira!", só pra contar o tempo gasto até recuperar o náufrago imaginário. Como um exercício. Não era o caso. O comandante deu conta da faina e saiu-se muito bem. Embarcou a esposa e o cachorro a tempo. O cafezinho a bordo ficou para outro dia.
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