Um feriadão na Semana da Pátria de 2006, um Delta36, e planos para encontrar bons amigos no Rio Guaíba.

A previsão do tempo não era lá essas coisas, mas tivemos dias de sol, céu claro à noite e até direito a uma balonada.

Caças da FAB
Desatracamos do Veleiros do Sul às 9 e meia de 7 de setembro. O dia estava muito bonito, embora com pouco vento. Ali pela Ilha do Presídio dois caças da FAB sobrevoaram o Canibal três vezes, como que nos lembrando da data.

Cachorro engarrafado
Navegamos até a Praia do Sítio, onde fundeamos. O Comte Andreas Bernauer levou o violão, e eu a gaita. À noite, depois do carreteiro preparado pelo Andreas, tocamos velhas canções até tarde. O repertório incluía canções de Vinícius que, aliás, navegou por estas águas há 3 décadas, e foi o autor da antológica frase "O whisky é o melhor amigo do homem, ele é o cachorro engarrafado".

Balonada nas Desertas
No outro dia velejamos ao longo da Ponta das Desertas na companhia do Liberdade, Forest, Baependi e Vento Solar. Fundeamos ao largo da Ponta para o almoço.
As pizzas congeladas da Sadia são muito boas, e uma barbada para preparar. Tanto que o Comte Jorge Zaduchliver, do veleiro Feitiço, é um excelente pizzaiolo embarcado. Acerta sempre.

Na volta içamos o bonito balão do Canibal até que entrou chuva do nordeste. Uma velejada de balão faz enorme diferença, não só pela performance, mas também pelo colorido e, às vezes, pela adrenalina.

À noite assamos um churrasco no catamaran Charlie Bravo V, do Comte Paulo Hennig, na Praia do Sítio. Altos papos até tarde.

Festa no Charlie Bravo
Na noite seguinte fizemos uma festa.
O Victor dos Barth (André, Claudia e Vitinho) estava fundeado nas proximidades do Canibal e logo ali estava o Charlie, com o Paulo e a Carla. À noitinha, depois de um bonito pôr-do-sol, os 7 tripulantes dos 3 veleiros reuniram-se na enorme cabine do catamaran de 43 pés, iluminada por abajures.

Rock geriátrico
O Comte André Barth foi nomeado assador, e caprichou. Foi uma comilança memorável. Do cockpit da bela nave vimos a lua cheia nascer por detrás do Morro do Campista. O céu estava estrelado, e o som a bordo, caprichado.
Paulo foi o DJ da festa, fazendo tocar os grandes sucessos do rock geriátrico (Bee Gees, Neil Diamond e outros). É um excelente anfitrião e consegue descontrair os convidados facilmente. Estavam todos muito animados.

Depois de um Cutty Sark a menos na adega do Comandante, já de madrugada, fomos "para casa". A debandada nos dingues foi divertida na noite clara.

Cultivo aos amigos
No Domingo, com o Victor e o Canibal fundeados no contrabordo, no Saco do Arado, assamos mais um churrasco, sendo o André o "assador convidado". À mesa do Canibal assistimos às cenas de vídeo que o Andreas e o Vitinho fizeram do passeio. Rimos bastante. Aliás, foi o que mais fizemos em todo o passeio.
Foi um passeio marcado pela gastronomia e por boas risadas, mas principalmente pelo cultivo aos bons amigos.
A gente não consegue ser amigo de todo mundo, até porque não dá tempo. Mas daqueles que é possível, que se cultive ao máximo.