28 Nov 2007 Depois que desceram à balsa que boiava nas águas gélidas do Oceano Antártico, os náufragos tiveram de esperar quatro horas até que surgisse um navio que os resgatasse. Todos sabiam que a ajuda estava a caminho, mas a tensão e a incerteza naturais levaram Jan, 42 anos, a mostrar uma aliança de casamento a Mette, 29 anos, que imediatamente compreendeu e aceitou a proposta. A moça retribuiu dando uma aliança a Jan. Os dois tinham as alianças com eles porque haviam planejado um casamento original, a ser realizado assim que pisassem solo antártico. O que não imaginavam era que a cerimônia acontecesse na água. "A idéia era casar quando desembarcássemos na Antártida, mas eu não estava certo de que viéssemos a chegar, por isso imaginamos, no salva-vidas, que poderíamos nos divertir e ter um momento de felicidade", disse Henkel à agência France Presse, ao chegar à cidade de Punta Arenas, no Chile, no avião que, entre sábado e domingo, evacuou todos os náufragos das bases antárticas que os haviam acolhido depois do resgate. “Tive medo de morrer; todos tivemos”, reconheceu Henkel, recordando o momento de abandonar o navio. Eles partiram deixando todos os seus objetos a bordo, excetuadas as alianças. Como os demais náufragos, eles foram recebidos pelas autoridades com uma ceia cujo cardápio era composto por produtos da Patagônia, como salmão, cordeiro e caranguejos. |
Balsa salva-vidas do MS Explorer
Fotos: Armada Chilena