Conta todas, vovô
Jorge Vidal

Bruno e Rita Richter, formadores de campeões

Este casal de esportistas e velejadores, para mim e para os meus filhos, teve uma importância incalculável, assim como para o Veleiros do Sul, de Porto Alegre.

O Bruno e a Rita não mediam esforços em busca da preparação de novos velejadores, dedicando-se integralmente ao seu Veleiros do Sul. Aqui no Sul, não há meninos e meninas oriundos das classes Pingüim e Optimist que não sejam gratos pelo trabalho dos dois, em especial da Rita Richter, pois se devotou ao preparo das crianças, principalmente para a Optimist. Acompanhava os treinamentos e as regatas, vibrava, fazia viagens, conversava com os pais dos velejadores, educava-os; enfim, sua dedicação era integral.

Foi graças a eles que realizamos, em maio de 1973, o primeiro Campeonato Estadual da Classe Optimist e, depois, o primeiro Campeonato Brasileiro, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, em setembro de 1973, com a presença de 130 barcos Optimist.

Os velejadores de hoje, na sua grande maioria, são oriundos da classe Optimist. É aí que você forja a garotada e daí que saem os futuros campeões, que no Brasil são muitos e que representam muito bem o País no exterior.

Bruno Richter, além de dirigente esportivo de grande dedicação, foi um extraordinário velejador, tanto das classes monotipos como da oceano. Conquistou muitas regatas e diversos campeonatos, além de exemplar amigo e grande contador de histórias.

Rita editou o livro Minha Vida Feliz com os Optimists, em que conta sua história e a dos seus pequenos velejadores, verdadeiro testemunho da vela gaúcha. Meu filho, Carlos Alfredo, por exemplo, foi forjado aí, pela mão da Rita. Começou aos oito anos, idade com que foi o primeiro Campeão Estadual Mirim da Classe Optimist, em maio de 1973, na companhia de Ricardo B. Hennig, Marcelo D. Ribeiro e Eduardo Bier Corrêa (Dado Bier), entre outros meninos que se tornaram grandes velejadores.

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