Conta todas, vovô
Jorge Vidal

Gaúchos amantes da costa brasileira

Alguns velejadores de Porto Alegre velejam com freqüência pela costa brasileira, aproveitando a beleza da natureza e os inúmeros abrigos existentes a partir de Santa Catarina, que se caracterizam pelo clima muito agradável.
Entre eles, Ariovaldo Louzada é sempre figura destacada. Ele e seu veleiro Paz Verde. Piloto agrícola aposentado, anda pela costa, às vezes até mesmo solitário, ou fazendo alguns charters. O Ariovaldo (o Aero) já foi meu tripulante. Sua primeira velejada em barco de oceano foi comigo, de São Lourenço para Porto Alegre, no Arpège, cerca de vinte anos atrás. Com o passar do tempo, tornou-se grande marinheiro.

Haroldo Hochwart e Marli, com seu barco Tuznami, também andam já há algum tempo pela costa brasileira, curtindo e abrindo poços artesianos por todos os lugares em que passam, pois essa é uma de suas distrações.
Fernando Niedermeier, com sua esposa e os dois filhos, já foram até Fernando de Noronha com seu veleiro de aço, o Plâncton.

Átila Böhm, com sua esposa e filhinha, atualmente está em Salvador, mas já foram até Natal e Fernando de Noronha. Estão embarcados há mais de cinco anos no seu veleiro Orion.
Geraldo Moeller e esposa, do veleiro Folgado, também já foram até o norte do Brasil e não querem saber de outra vida. Atualmente velejam em torno da Bahia.

O veleiro Iavox, um Delta 36 pés, construído há cerca de dois anos, de Andréas Pblazoudakis, com o experiente skipper Germano Pestana no comando e com o Márcio Melendo e o Guilherme Streb como tripulantes, já andou por toda a costa brasileira, estando agora em Belém do Pará. Seu projeto é seguir o rio Amazonas até Manaus.
O comandante Achiles Bardou também anda, já há mais de dois anos, pela costa brasileira com seu veleiro Justa Causa. Participou inclusive de uma regata Recife / Fernando de Noronha.

Alguns outros velejadores gaúchos, já de retorno a Porto Alegre, velejaram muito pela costa do Brasil, todos contando maravilhas de suas experiências.
Está mais do que na hora de velejadores de outros Estados virem até o Rio Grande do Sul, para conhecer a Lagoa dos Patos, a Lagoa Mirim e o Estuário do Guaíba.
Em tempo: O Guaíba não é rio, porque não tem nascente; não é lago, porque tem correnteza. É estuário, a exemplo do Estuário do Prata.