Todo velejador, salvo raras exceções, dá também suas voltinhas de lancha.
São igualmente bons amigos do meio náutico que convidam para passeios. Na Nova Zelândia, onde a economia náutica é uma das principais atividades do País e onde o número de veleiros por habitante é o maior do mundo, inúmeros velejadores de oceano possuem também lancha, para passeios rápidos, sem que por isso sejam chamados de lancheiros.
Meu amigo Emerson Matias tem uma belíssima lancha de 21 pés, com motor Honda 135 cavalos. Chama-se Mariana III. Temos feito muitos passeios ao longo do Guaíba, da Lagoa dos Patos e da Ilha de Santa Catarina. Aqui no estuário do Guaíba e do rio Jacuí, existem muitos lugares para você andar de lancha. Em Florianópolis, há ótimas opções para passeios, principalmente na baía norte, na barra da lagoa e dentro da Lagoa da Conceição. A lagoa é linda, com muitos restaurantes ao longo da orla e prainhas que são verdadeiros paraísos. Uma ida à Ilha do Campeche, Arvoredo, Ganchos, Porto Belo, Bombas e do Francês também é um bom passeio, em especial por suas praias de águas transparentes.
O gaúcho Wallace Franz, radicado entre São Paulo e Rio de Janeiro, foi campeão mundial Offshore com uma lancha tipo Cigarette. Foi também vencedor, por diversas vezes, da Santos / Rio, para lanchas rápidas oceânicas. E era também velejador!
Lalo Corbetta, também gaúcho, foi vencedor por duas vezes, das 12 horas de Paris, no rio Senna, uma das maiores provas de lanchas rápidas da França. Campeoníssimo brasileiro na década de 70, era considerado imbatível.
O repórter e jornalista Flávio Alcaraz Gomes era um aficionado lancheiro, mas dava também seus tirinhos como velejador, a bordo do Aventura, do Dr. Breno Caldas, e no Plâncton, do Geraldo Linck. Certa ocasião o encontrei a bordo do Plâncton, no Yate Clube Rio Grande, a caminho da Argentina; participaria da Buenos Aires / Rio, lá por volta de 1973 ou 1975.
Sempre recomendo aos meus amigos velejadores que pensem na opção da lancha, sem demérito...
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