Guano, o adubo natural
Do Pacífico para a Europa, a pano
Carlos Altmayer Gonçalves Manotaço

01 Julho 2007
E
m recente giro pela costa do Pacífico, tivemos oportunidade de apreciar as “guaneras”, ilhotes de onde se extraía o guano.

Durante o século XIX, um dos artigos de exportação do Chile, era o guano, que nada mais é que excrementos da ave marinha “Guanay”, que é depositado sobre pedras na costa do referido país. As camadas chegavam a ter mais de 50 cm de espessura, fruto do acúmulo por séculos.

Destino principal, a Europa, via Cabo Horn. O material, era removido por operários, de forma manual, levado em pequenas embarcações aos portos que existem na região de Iquique e Arica (cidade mais ao norte do Chile, na divisa com Peru).

Nestes portos, eram embarcados nos navios a vela que seguiam a seus destinos diversos.
Dizem que os “guaneros”, podiam ser identificados a milhas de distância, pelo odor que desprendiam.

O aproveitamento do guano como fertilizante é muito antigo, desde épocas pré-incaicas (1.400) e pré-hispânicas (1.500). Hoje, o guano segue sendo retirado por pequenos agricultores (agricultura familiar). Numa proporção muito pequena, ao que já foi um comércio importante.

Em alguns lugares, foram criados parques de preservação, como o que as fotos ilustram, em “Punta Patache”.

Porto Alegre, 29 de junho de 2.007
Carlos Altmayer Gonçalves

 


Carlos Altmayer Gonçalves Manotaço

 

 

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