Isabelle chega em 5º lugar
Transat 650 em Salvador
Átila Böhm
Isabelle Joschke, 28 anos, skipper profissional que aos 20 anos trocou os alpes pelo mar, é uma da quatro mulheres participantes da Trasat 650.
Em 26 setembro 2005 Isabelle Joschke cruzou a linha de chegada de Puerto Calero em Lanzarote, Canárias, em seu Mini Transat Degrémont, após 1.350 milhas de La Rochelle. Era esperada entre os quinze a vinte primeiros participantes em consideração a seus bons resultados durante as regatas de qualificação. Isabelle chegou na posição 54 entre 72 participantes, 30º no ranking dos protótipos. Este resultado contrasta com os resultados anteriores: 7º Mini Fastnet 2005, 11º Mini Pavois 2005, 4º Selec Mini 2005, 7º Mini Cup 2005, 10º Mini Méd 2004, 5º Triangulo du Soleil 2004, 1º Rute de la Sardine 2004 e 6º Challange Mine 2004. “Eu estava decepcionando meus sócios, todos aqueles que acreditam em mim e que me ajudam desde o começo, é difícil não manter os compromissos”, afirmou Isabelle ao final da primeira etapa. Iniciou no iatismo aos 8 anos na classe Optimist, alguns anos depois parou de velejar para concluir os estudos e dedicar-se ao montanhismo. Voltou a velejar em 1998 para fazer uma travessia do Atlântico e, retornando à França, fez o curso na Escola de Vela Glénans na Bretanha. Com a licença de Capitão de Barcos iniciou a carreira de Skipper no Mediterrâneo, Estados Unidos e Antilhas fazendo muitas viagens em solitário. Em 2001 decidiu participar da Mini Transat e trabalhou para buscar recursos e comprar o barco. “Vivo em um Furgão na Bretanha e com a economia apliquei os recursos na campanha da Mini Transat”, diz Isabelle. Na Inglaterra encontrou o barco que coube no orçamento, bom preço apesar de ser construído em um renomado estaleiro, em Carbono e com quilha basculante. Isabelle disse que “o barco era bonito, mas a razão menos poética é que tinha o preço bom.” Treinou muito e fez uma excelente campanha na classe mini 2004 / 2005. Isabelle tinha a consciência de que não era uma campanha para vencer, mas acreditava que se sairia bem. Durante os treinos fez pequenas melhorias no barco, alguns reforços e manutenção geral. Quando quebrou o mastro, o que deu muito trabalho pela falta de recursos, ela mesmo comprou o tubo e fez a montagem das peças do mastro. Cruzou a linha de chegada em Salvador em 5º lugar com 17h 09min do primeiro colocado, ficando em 14º na geral protótipo. A que você atribui o excelente desempenho nesta etapa, Isabelle? "Muita força de vontade e o gosto por velejar bem". - Mini Transat nº 276 Protótipo, ano 1999. |
Fotos Divulgação Transat
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