Porta Aviões se transformará em recife artificial na costa da Flórida
Tradução e adaptação: João Jungmann

Em 17 de Maio deste ano o Porta Aviões Oriskany, foi afundado a 24 milhas da costa de Pensacola – Flórida, com o intuito de se transformar ao longo do tempo, em um imenso recife artificial para, não somente criar e fomentar este tipo de ecossistema na costa daquele estado, mas também atrair mergulhadores e pescadores ao local.

O Oriskany foi o último de uma série de Porta Aviões construídos na era da Segunda Grande Guerra e terminou por completar seus serviços nas guerras da Korea e do Vietnam, após sofrer adaptações para decolar e “aterrisar” jatos.

O seu nome foi uma homenagem a cidade de mesmo nome situada no Estado de Nova York, onde aconteceu uma sangrenta e decisiva batalha na guerra civil Americana.

O Oriskany foi realmente desativado em 1976 para se transformar em sucata e posterior reprocessamento pela indústria metalúrgica, mas várias tentativas neste sentido fracassaram, assim como a possibilidade de transformar-lo em um Museu Marítimo de Guerra como os famosos USS Yorktown e USS Hornet. Os custos não eram atrativos e o Oriskany foi ficando esquecido e o golpe fatal, foi dado pela própria marinha Americana que não considerou o Oriskany uma nave que representasse um registro histórico a ser considerado nos anais da Marinha Americana.

Finalmente, após longos anos de estudo e preparação, que custaram cerca de 20 milhões de dólares, o Porta Aviões foi posto a pique com um objetivo ecológico. O custo da preparação envolveu vários rebocamentos entre Pensacola e o Texas para poder eliminar qualquer possibilidade de deixar resíduos tóxicos como óleos, amiantos, e outros compostos que eram até, relacionados como potencialmente cancerígenos.

A Marinha Americana, entendeu que estes custos foram necessários como forma de se desenvolver a tecnologia de preparação de belonaves e outras estruturas como plataformas, etc, para transformações em recifes artificiais. Futuras operações como esta, sairão bem menos custosas, pois o know-how hoje, já existe.

O Oriskany agora, repousa a 64 metros de profundidade, mas sua torre de comando pode ser facilmente atingida por mergulhadores de recreio, devido a sua enorme altura em relação à quilha. O Oriskany tem 294 metros de comprimento e a sua plataforma de lançamento ficará a uma profundidade que permitirá a criação espontânea de corais de baixa profundidade devido a presença ainda suficiente, de luz solar e o fato do mesmo ter sido afundado com a intenção de permanecer na sua posição de flutuabilidade normal, ou seja, com a quilha no fundo e a plataforma de lançamentos na horizontal.

Ver seqüência de fotos: Aquele barquinho que está no deck, continha os dispositivos e comandos remotos para controlar as explosões. Foi projetado para flutuar assim que o barco submergisse. E realmente aconteceu. Tempo de afundamento: 30 minutos.

Tradução e adaptação do artigo de Larry Wheeler publicado no Pensacola News Journal em 18 de Maio de 2006: João Jungmann

 

 

 

 

 

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