GUAÍBA, RIO E NÃO LAGO

 

Com referência aos mais recentes comentários recebidos sobre o tema acima, tomo a liberdade de acrescentar mais o seguinte:

 

Chega a ser cômico que tenha sido necessário fazer um imenso estudo, com técnicos da UFRGS e apoio de cientistas de universidades norte-americanas, para redefinir o que está aí, na nossa frente, claramente definido dentro de conceitos básicos que encontramos em todos os compêndios de geografia e dicionários, agora taxados de asneiras.  Mas que coisa mais difícil esta, que só pode ser resolvida por gênios internacionais!  Nesta linha de pensamento, fazendo justiça aos cientistas, de fato, tudo pode ser redefinido, inclusive a lei da relatividade de Einstein.  Podem ser mudados conceitos e regras, causando apenas confusão, mas não podem mudar fatos relevantes com teorias isoladas e subjetivas.

 

É impressionante o número de teorias apresentadas pelos defensores da denominação Lago. Apegam-se a detalhes que até poderiam ser significativos se não houvesse em contraposição circunstâncias mais sólidas e concretas. Segundo a missiva do Sr. Gilberto Simon, poderíamos ser repreendidos por este nosso “pecado” de chamar o Guaíba de rio.

 

A verdade é que a maioria desses estudos tratam de detalhes muitas vezes contraditórios entre si e revelam apenas os resultados  e não a forma  como chegaram aos mesmos.  Por exemplo:  no Atlas Ambiental de Porto Alegre, página 37, mencionado pelo Sr. Simon, consta:  os depósitos sedimentares das margens possuem geometria e estrutura características de sistema lacustre,  mas não diz como, quando e onde isto foi medido, muito menos quais as regras.  O referido Atlas já começa nos ensinando mal, quando diz que 6 rios afluem ao Guaíba, quando na realidade são apenas 4.  Certamente um engano, mas também poderia ser uma convicção que poria em dúvida também as outras conclusões.

 

Não querendo estender este meu comentário, deixo aos caros leitores a liberdade de ler e concluir sobre tudo que foi argumentado, nos trabalhos anexos.

 

Gilberto Simon (09-MAI-04)
Em primeiro lugar acho que esta discussão não tem sentido. Uns querem que continue o nome "Rio Guaíba", outros que seja adotado o nome "Lago Guaíba". Uns não tem conhecimento técnico algum para emitir sua opinião, mas em nome de sentimentalismos, vem a público para dizer asneiras. Não foi por burocracia ou coisa parecida, que se fez um imenso estudo, com técnicos da UFRGS e com apoio de cientistas de universidades norte-americanas. Este estudo, realizado há cerca de duas décadas, esclarece minuciosamente o que antes já era esperado: o Guaíba é um lago. Queiram ou não quase todos os que escreveram aqui neste site, realmente o Guaíba é um lago. Mais do que esclarecer, o Atlas Ambiental de Porto Alegre (em seu Capítulo 3, página 37) nos ensina isto. Por que discutir? Deixemos para discutir se o Inter é superior ao Grêmio ou vice&versa. Se continuarmos assim, vamos começar a discutir com os médicos, com os dentistas, o que fazer com as nossas doenças. Mas, cabe a qualquer um de nós, como tudo, acreditar no que queremos. Se vocês querem acreditar que o Guaíba é um Rio, fiquem a vontade. Ninguém vai repreendê-los por isso. Mas não queiram passar para as gerações futuras que isto é verdade. Sejam honestos consigo mesmos. E por mais que discordem disto, o Guaíba é um lago. Lindo como só ele. Com o mais belo pôr-do-Sol do mundo. Um lago. Por quê não ? Gilberto Simon
Funcionário municipal

 

Índice do tema "Guaíba: rio, e não lago"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                  Geraldo Knippling