Família Schürmann
- 20 anos no mar
E como o sol, também lá se foram os Schürmanns
Kriz R. Sanz*
Na época eu nem andava aqui por Florianópolis, mas lá no Veleiros da Ilha (ICSC), quase todos os velejadores estavam pelos trapiches do clube no dia em que eles soltaram as amarras. E nesta quarta muitos deles estava lá de novo, pois depois de uma coletiva pra imprensa a que fui convocada, teve um coquetel para os velejadores comemorarem com eles. Foi legal conhecer a história por outro ângulo, já desta vez enturmada com os velejadores locais, e principalmente porque estava com uma velejadora amiga minha, que conhecia os filhos deles.
A sala no meio, logo atrás o escritório de um lado (mesa de navegação e sala de computador) e cozinha de outro. Na popa está o quarto de casal, onde ficam eles e a pequena Katherine (11 anos/foto) anexa dessa cabine. Se você tivesse entrado no barco, ia comentar aquilo de sempre sobre o O'day, algo tipo "tá certo que é muito maior, mas o acabamento do O'day... no mínimo não deixa a desejar".
É um barco de uns 20 anos, fabricação francesa, mas tem várias adaptações no cockpit, principalmente na entrada da gaiuta (foto anexa). A proteção de vidro foi colocada pra proteger das tempestades e para colocar os equipamentos de foto e vídeo, já que eles vendem matérias para vários locais. O filho deles, David (30 anos) é quem cuida disso, estudou cinema na Nova Zelandia e USA e hoje trabalha nesta área. E já que falei em mais um filho, o mais novo é o que fica mais no mar, o Wilhem (27), que é velejador profissional de windsurf e também o que mais aparece aqui por Florianópolis, principalmente quando tem campeonatos de Wind.
Agora partem para essa viagem que é relativamente curta, de um ano, apenas pela costa brasileira, pra levantar fundos pra próxima viagem, que eles disseram ter sido inspirada numa fantasia da Kat, e por enquanto ainda é segredo. Depois desse encontro com os velejadores daqui ficou marcado que sairiam no sábado, junto com a largada de uma regata de Oceano que estava programada para o sábado. Os veleiros fariam um tipo de comboio na Baía Norte acompanhando os Schürmann (fotos).
Fizemos a regata, enquanto eles eram homenageados na Baía Norte, e depois quando largaram, nós e vários outros barcos e veleiros acompanhamos os Schürmann por um tempo. Muitos foguetes, muita gente no
trapiche e os que não tinham barcos foram de escuna mesmo.
O
sol esperou, acompanhou toda despedida e depois se mandou.
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