Santos - Parati
Diário de Felipe Loss (Susto), de 2 a 14 Nov 2004
Total de milhas navegadas: 1.532,11

Explorando Parati
14/11/04 - Dia de chuva em que fiquei no barco limpando o carburador do barco e fazendo alguns outros serviços a bordo. A enseada onde estou ancorado possui uma pequena praia com uma propriedade sem acesso por terra onde os velejadores sempre se reúnem. Existe água potável que vem da montanha e um ambiente descontraído.

13/11/04 - Fui de carona de inflável motorizado com a tripulação do Pedroma até o centro de Parati para explorar um pouco mais a cidade.

Depois de traçar uma massa a bolonhesa, apaguei
12/11/04
- De manhã cedo sai a vela e motor (funcionou só que sempre com meio afogador puxado) para ancorar junto a uma pequena praia perto de outros veleiros e bem próximo da marina do Amyr Klink. No meio da tarde fui remando até a marina onde deixei o inflável e de lá segui caminhando até o centro de Parati com uma escala no meio do caminho para comprar um novo cabo para a fieira o motor. O centro histórico de Parati é realmente maravilhoso!

11/11/04 - Depois de ancorado e velas guardadas fui fazer meu almojanta do dia anterior. Passei toda a véspera a sanduíche, frutas e biscoitos. Depois de traçar uma massa a bolonhesa apaguei e só fui acordar às 10:30 com o sol no rosto. Arrumei e limpei todo o barco, não consegui fazer o motor pegar e no início da tarde fui nadar e terminar de limpar o fundo do barco, trabalho que havia iniciado em Ilhabela. No final da tarde saí velejando deste belo e tranqüilo ancoradouro parando mais adiante na enseada Saco da Velha onde fiz um lanche no bar do vivinho. Resolvi pernoitar ali mesmo para no dia seguinte seguir para Parati.

Folga na caixa da quilha dando nos nervos
10/11/04 - Partida da Marina no Saco da Ribeira às 09:40 rumo a Ilha das Couves ou Parati-Mirim. Todo o percurso foi de contra-vento sendo que até a Ilha das Couves havia um bordo bem favorável. Depois disso o rumo ficou igual a direção de onde vinha o vento. Em nenhum momento o vento ficou forte chegando nas rajadas talvez a uns 15 nós ao escurecer. O que realmente deu trabalho foram as ondas cruzadas remanescentes do vento forte de ontem. E um cosia que realmente me dando nos nervos desde que peguei o barco em Porto Alegre é a folga na caixa de quilha, a cada onda que passa (não me refiro a batida do fundo ou da proa na onda quando em contra-vento) é aquele barulho "tum-tum" que estremece todo o barco e a mastreação. O fenômeno é pior em ventos fracos de qualquer direção com ondas quando o veleiro pendula bastante. Em torno das 21:30 percebi que estava relampejando a SW e eu estava com um desempenho bastante ruim com o vento fraco e aproximadamente 1 nó de corrente contra no través da Ponta Negra. Podia ver no traçado do contra-vento na tela maior do GPS fixo como no bordo para mar aberto o barco derivava bastante para o sentido oposto ao que eu queria ir. Motor ligado, rumei direto para a Ponta da Juatinga também para evitar qualquer surpresa de mau tempo em mar aberto. Depois de passar a Ponta da Juatinga fiquei tranqüilo pois mesmo que viesse um temporal, que no final só passou pelo sul atingindo Santos e São Paulo, teria abrigo de terra a barlavento. Com o céu claro e sem lua segui pelo GPS até Parati-Mirim e depois para a Ilha da Cotia onde acabei ancorando um pouco antes das 02:00 do dia 11/11.

Montando um lazy jack
09/11/04 - Sem condições de seguir por causa do vento forte de E/NE aproveitei a estrutura local para comprar uma âncora bruce e montar um lazy jack para a vela mestra não mais cair no convés toda vez abaixo do mastro.

O Iate Clube de Ubatuba se negou a me receber
08/11/04 - Partida do Pindá Iate Clube em torno das 07:00 rumo direto para a Ilha dos Porcos ao lado do Saco da Ribeira em Ubatuba. Naveguei com vento de no máximo uns 15 nós rondando constantemente em contravento o que impossibilitava o uso do piloto automático. para vatriar a cada 30/40 minutos despencava uma pancada de chuva em que a costa desaparecia e depois chegava a aparecer o sol. Cheguei no Saco da Ribeira por volta das 13:00 mas decidi seguir direto para para a Ilha das Couves na metade do caminho para
Parati. Segui em contra-vento puro por 2 horas até que o vento começou a aumentar. Só havia percorrido 1/3 do percurso o que significaria pelo menos mais 4 horas de navegada com vento cada vez mais forte. Decidi retornar para o Saco da Ribeira e ficar por lá até as condições de tempo melhorarem. Mais uma vez fiz a passagem entre o continente e a Ilha dos Porcos para acessar o Saco da Ribeira. Nesta Ilha funcionou um presídio e hoje está aberta à visitação pública. Voltei só de genoa fazendo 6 nós tranqüilamente. Aportei
na Marina Golden Port, tomei um banho e encomendei uma ótima pizza abaixo de muita chuva. O Iate Clube de Ubatuba se negou a me receber por só aceitar conveniados, fazer o que...

Comecei a lavar o fundo, costado e convés
07/11/04 - Muita chuva e sem muitas alternativas do que fazer. Inseri um monte de waypoints nos GPS.

06/11/04 - Caminhada pela ilha incluindo aí algumas trilhas. No meio da tarde chegou uma frente fria com muito vento e chuva. Voltei rápido para o barco e fiquei planejando a navegação o resto do dia.

05/11/04 - Ao acordar troquei de poita e registrei a entrada no Pindá Iate Clube onde fui extremamente bem recebido pelo Sr. Enock e sua equipe. Organizei o barco , dobrei as velas, coloquei a capa da retranca e fui
vasculhar a ilha. À tarde comecei a lavar o fundo, costado e convés do Equinautic mas tive que parar o trabalho na metade com a chegada de um temporal.

04/11/04 - Saí do iate Clube de Santos às 07:50, passei num posto náutico para abastecer e segui rumo a Ilhabela. Para variar a navegada começou com chuva, segui a motor até a Ilha da Moela e ao pegar vento limpo icei as velas para velejar num contra-vento folgado com rumo quase que direto para a ponta
da Sela no Canal de São Sebastião. Mais ou menos no través de Alcatrazes o vento parou e depois voltou de S. Agora era um contra-vento folgado na amura oposta seguindo praticamente o mesmo rumo até quase chegar ao Canal de São Sebastião onde tive que usar o motor por causa das rondadas, paradas do vento contra e sujo das montanhas da ilha e ondas cruzadas que deixavam o velejar impossível. Cheguei ao Pindá Iate Clube às 21:30 aproximadamente com o lado SW do céu estrelado e o NE relampejando. Mas nada aconteceu.

03/11/04 - Pela manhã fui procurar algumas peças para o barco e a tarde atravessei o canal para Santos para conhecer um pouco da cidade.

02/11/04 - Formalizei a entrada no Iate Clube de Santos e fui andar pelo Guarujá. No final da tarde nos reunimos para conversar, as tripulações do Pedroma, Buckra e Equinautic. Ambos chegaram no mesmo dia que eu só que bem mais tarde.

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