De Naufragios y Leyendas en las Costas de Rocha
Juan Antonio Varese
Comentários do Comandante Rodrigo Beheregaray



Contra-capa:
[livre tradução]
Nova edição, corrigida e aumentada de um clássico da literatura rioplatense sobre os temas do mar. A entrada do Rio da Prata, à partir do Atlântico, é conhecida desde os tempos imemoriais como "o inferno dos navegadores". O Cabo Polônio, em particular, tem despertado o pânico dos marinheiros, que se referem à eles como um lugar maldito, onde a bússula perde o norte e começa a girar loucamente.

Barcos ingleses, argentinos, brasileiros, espanhóis, franceses, uruguaios, sardos, norte-americanos, noruegueses, chineses, coreanos, tem naufragado ou encalhado contra os arrecifes e os baixios traiçoeiros do litoral de Rocha. As tragédias tem nutrido um rico anedotário onde os episódios de pilhagens alternam-se com tesouros escondidos e salvatagens heróicas, dignas da imaginação de Jack London, Joseph Conrad ou Emilio Salgari.

O autor conjuga a investigação testemunhal com a documentação histórica através das vicissitudes de J. Santos, um professor de história, e seu amigo nativo que circulam entre outros personagens pitorescos, reais ou fictícios.

Página a página o leitor irá descobrindo a riqueza vivencial do nosso mar, que pode aparentar-se com outras regiões tragicamente célebres como o Cabo Horn, o Cabo das Tormentas (ou da Boa Esperança), o Cabo Cod, os cabos da Flórida e o Cabo Finisterre, com sua legendária Costa da Morte.

Orelha:

Juan Antonio Varese, nasceu em frente ao Rio da Prata, no bairro de Montevideo chamado Punta Carretas, em 11 de junho de 1942.
Sua profissão de escrivão lhe ensinou o respeito pela investigação documental, enquanto que a aficção pela fotografia o projetou para os estudos iconográficos e a de tradições populares.
A facinação pelo mar o impulsionou ao derradeiro das histórias de naufrágios, especialmente aos ocorridos no Rio da Prata, o Estreito de Magalhães e o Atlântico Sul.

Publicou "De Naufragios y Leyendas en las Costas de Rocha" (1993), "Las Recetas del Valiza" (1994), "Memorias del Tamboril" (1996, com Tomás Oliveira), "Viaje al Antiguo Montevideo" (1996, com Carlos Menck Freire), "Memorias de José M. Silva, el Fotógrafo del Gardel" (1997) e "Memorias de Aguas Dulces, Valizas y Cabo Polonio" (1998, com H. Ochoa).

É membro da Academia Uruguaia de História Marítima e Fluvial onde tem apresentado "Montevideo desde el mar: iconografia de los siglos XVIII y XIX", "Puertos del departamento de Soriano", "Puerto de La Paloma" e "Naufragios y percances en la bahía de Maldonado".

Atualmente investiga os naufrágios, epopéias e tragédias ocorridos no Atlântico Sul (desde o litoral do Brasil até a Patagônia e Terra do Fogo) e no litoral sul do Chile, sobre o oceano Pacífico.

De Naufragios y Leyendas en las Costas de Rocha. Juan Antonio Varese. 3a. edição. Aguilar, Ediciones Santillana, Montevideo, 1998, 347 pgs, Il. (em espanhol) ISBN: 9974-653-35-5 (Obra adquirida em Montevidéu)

 


O Cargueiro Taquari, do Rio de Janeiro

Sinopse:
A contra-capa já dá uma boa idéia sobre o conteúdo do livro, que se trata de uma ampla pesquisa sobre os naufrágios e encalhes de vários navios e embarcações que ocorreram no litoral da província (equivalente aos nossos Estados federativos) de Rocha e o que estiveram envolvidos nos casos como problemas diplomáticos, a cultura local, os náufragos, mortos e sobreviventes, personalidades, os furtos e pilhagens e mesmo os problemas litorâneos de correntes, ventos, geografia e topografia que favorecem tantos acidentes navais naquela região.
O naufrágio mais antigo a ser reportado é o La Limeña de 1784 e o mais recente o Cathay 8 em 1977, mas há ainda várias outras histórias como a passagem do Spray, de Joshua Slocum, pelo Uruguai, histórias de faroleiros e até naufrágios no Albardão no RS.
O autor usa de um subterfúgio literário que, se por um lado evita que se torne um livro um pouco enfadonho com listas de naufrágios e apenas dados coletados da imprensa local na época ou de registros pessoais na forma de testemunho, que é usando de personagens fictícios de amigos aposentados que se encontram pelas tardes com um mate para comentar sobre os naufrágios ocorridos nas praias próximas, por outro lado por vezes esses diálogos e "desculpas" para se falar nos acidentes também por horas fica um pouco chato... Mas foi um caminho encontrado para tentar tornar o livro mais coeso, mais homogêneo, numa forma de narrativa e não apenas num texto descritivo.

Rodrigo Beheregaray (Asterix)

Nota: O autor pede ao final de seu livro, já que é um pesquisador no tema, que se alguém tiver alguma informação sobre naufrágios e afins no Atlâmtico Sul, que envie para ele no endereço: jvarese@st.com.uy ou para Mercedes, 937, Piso 4º, CP: 11.100, Montevideo, República Oriental del Uruguay.