14 Set 2007 Neste domingo encalhamos ao aproximarmo-nos da praia do Saco do Pinho ou "Faxina" (onde estão as Baleias do Salgado), no Rio Guaíba. O ecobatímetro vinha sendo observado atentamente na chegada à praia a partir de 2,60m (este Delta36 cala 1,60m). Rotação reduzida, 2,40m. O alarme Shallow (raso) disparou a 2,00m e logo em seguida sentimos aquela desacelerada típica da encalhada. Mais uma... Quando o Canibal parava de girar, sem desencostar o inflável e sem cortar o motor do veleiro, Andreas fazia o dingue girar 90º pra ficar a 45º pelo outro lado da proa do Canibal. Assim foi levando a proa pra lá e pra cá. O veleiro girava muito pouco a cada vez, mas a cada empurrada o giro era maior. Funcionou como um bow thruster (hélice transversal junto à proa, para manobras) ou como um empurrador no porto. Numa dessas (umas 6 ou 8 vezes, se tanto), o Canibal soltou-se do fundo e saiu à toda de ré. Claro que logo em seguida a roda do leme disparou à velocidade "supersônica" e deu nos dedos. Acidente do trabalho. Variações desta técnica sem dingue podem ocorrer por conta de âncora unhada para um lado e para outro, ou de um pequeno barco tracionando a proa, ou de um pequeno veleiro puxando ora pra lá e ora pra cá. Desencalhando com tripulação Na falta de um dingue, mas com tripulação "de peso", cabe experimentar outra técnica de desencalhe, apresentada ao Grupo Popacombr pelo Comte Nelcides (Koca), de Paraty. Diz ele: O Comte Felipe, de Florianópolis, recomenda cuidado com este método: Método Frednaiti-98
O comandante é o tripulante mais indicado, principalmente se pesar 98kg (não que seja o caso do Delta36 Friday Night, do Comte Fred Roth). Em se tratando do comandante, em vez de ficar pendurado na ponta da retranca, vai sentado na cadeirinha. Gennaker - método não comprovado Há quem diga que armar o gennaker, ou mesmo um balão como se fosse um gennaker, possa contribuir para adernadas mais radicais e assim "levantar" a quilha. Recomenda-se cautela. Genoa por Barla - o método Shogun Este método, apresentado pelo Comte Marcelo Caminha Shogun, implica em aquartelar a genoa. "Encalhei no contravento e não tinha motor nem pra tentar o desencalhe. O velho Volvo tinha "dado os doces", como sempre.
Vento de 30 nós, o barco entrou no banco adernado (contravento) e assim ficou. Note: o banco também estava a contravento, óbvio.
Outros métodos Usar o vento para desencalhar parece ser a técnica mais comumente empregada por velejadores. Ao adernar-se o barco caçando todos os panos, a extremidade da quilha "sobe", isto é, afasta-se do fundo. A tripulação deve ficar o mais próximo da borda de sota para aumentar a inclinação. O método mais penoso pode ser o de carregar a âncora à pé e unhá-la a uns 20 ou 30m do barco, e dar braço na catraca da escota. Dois cabos na âncora podem acelerar pelo uso de 2 'catraqueadores' ao mesmo tempo. Repetir o processo até vencer o baixio... Pior ainda que este é desembarcar a tripulação para empurrar no lôdo. Sem dúvida que o método mais confortável para desencalhar é ter uma outra embarcação de porte compatível para simplesmente rebocar.
Descreva outras técnicas de desencalhe ao Popa: info@popa.com.br
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