Cruzeiro inesquecível em Santa Catarina

Velejando no Canibal
Danilo Chagas Ribeiro

Belas paisagens, um bom barco, companhia ainda melhor. Bagunça o dia todo. Condições de tempo favoráveis, mar de almirante. 300 milhas navegadas em 30 milhas de litoral recortado, repleto de enseadas, praias, ilhas, costões, morros, igrejinhas seculares, fortalezas históricas, balneários, vilas, marinas, restaurantes e bares flutuantes.

O tráfego marítimo é bem variado na costa de Santa Catarina, mas não intenso. Encontra-se de pequenos barcos de pesca a navios transatlânticos, e de lanchas a veleiros de todos os tamanhos.

Foram 10 dias vestindo calção, sendo a maior preocupação fazer a navegação entre as enseadas (vi pedra enorme em Bombas, não cartografada).

A toda hora havia uma nova e bela paisagem para se ver, navegando-se em um mar ora azul, ora verde. Clima de verão, camarão grandão à vontade.

Da ponte-cartão postal a Itapema, desembarcamos com o dingue em praias para banho, para compras nas vilas, para ir a restaurantes, para comprar lula nas canoas, para passear bem perto do que mais nos interessava, e até pra dar beijo na sogra.

Conhecemos gente interessante nos clubes, nas vilas, e no mar. Ora gente muito culta, ora gente muito simples. Gente do mar. Mar que eu conhecia desde quando riam de mim por dizer que tinha passado férias em Bombinhas. O litoral catarinense ainda não havia sido descoberto turisticamente, e a palavra soava esquisita no RGS. Para a maioria aqui o legal era ir a Tramandaí... Nos anos 80 rebocávamos nosso veleiro jangadeiro, de madeira escamada, para velejar em Porto Belo, e mais adiante, com as pranchas de windsurf Savage que meu irmão Celso fabricou, velejamos em todas aquelas prainhas por onde passamos agora. Experiências diferentes em tempos em nada iguais.

Vimos noctilucas magicamente iluminadas, e ouvimos os persistentes estalidos das cracas no casco. Contemplamos a chegada da chuva forte a bordo. Assistimos a belíssimos pores-do-sol, e vimos o sol nascer.

Encontramos amigos, por acaso, e também embarcados. Comemos frutos do mar recém pescados, e vimos a lua refletir-se no Atlântico. Navegamos em águas cristalinas, e vimos um esquiador cair muito próximo de nossa proa, a 8 nós, por negligência de um condutor irresponsável (lancha Marshall II).

Foi uma velejada rica em paisagens e rica na qualidade do convívio a bordo.

Em breve a publicação de mais fotos e do diário de bordo.

 

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