Os perigos do mar
Cresce o número de obstáculos à navegação
Carlos Altmayer Manotaço Gonçalves

A prática de usar-se a maré vazante como caminhão de lixo, além de lançar ao mar uma infinidade de produtos, poluentes ou não, lança também objetos que são obstáculos à navegação para muitas embarcações. Isto devido ao seu porte, que as torna um perigo em caso de colisão.

Às vezes, dou um giro pelo nosso litoral, por terra, pela beira da praia, entre São José do Norte e Quintão. Sempre se encontra uma quantidade impressionante de lixo, maior parte de plástico. Já encontramos umas toras de madeira, parecia ser cedro, com cerca de um metro de diâmetro por 8 metros de comprimento. Naquela ocasião, não carregava câmera fotográfica.

Hoje porém, 1º de abril de 2006, estava “armado”. Após uma visita ao “Farol Cristóvão Pereira”, retornávamos pela beira mar. Um pouco ao Sul do “Farol da Solidão”, encontramos este toco com raízes. Parece ser de eucalipto.
Como não seria desagradável o contato “íntimo” dum veleiro, surfando a 10 ou 12 nós, como é comum velejar-se nesta região, com vento favorável!

Passamos por três tonéis de 200 litros, um tubo de imagem de TV, etc... tudo isso em apenas 50 Km de costa. Cada vez mais nossos oceanos estão sendo usados como lata de lixo, com risco enorme para as embarcações de pequeno porte.

Iniciei a velejar no mar aberto em 1973, era raro avistar-se algo boiando. Atualmente, não passa uma hora sem que se aviste algo, e encontra-se de tudo.
Talvez por isso, cresce a escolha de cascos metálicos, entre os velejadores que saem a velejar mundo afora com suas famílias.

Porto Alegre, 1º de abril de 2.006
Carlos Altmayer Gonçalves


Carlos Altmayer Manotaço Gonçalves

 

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