Barcos 101
Danilo
Chagas Ribeiro
Chegamos ao Velejaço do Clube Náutico Itapuã
quase à noite. O clube estava lotado de barcos, e a margem do arroio,
idem. Onde atracar o Charlie Bravo V, um catamarã de 43'?
Não tinha onde atracar.
Preparando-se para a bailanta paroquial, o pescador barbeava-se a bordo do Sonho Meu : "Dá pra deixar o nosso barco do lado do barco de vocês?", indaguei. Dá, sim, respondeu Heleno, do barco pesqueiro. Ele e outro colega ajudaram-nos a atracar. Enquanto terminávamos de ajeitar o CBV, mais uma vez o comandante indagou se não iriam sair à noite. Não vamos sair, respondeu o pescador. E mostrou um liso cheio da purinha que levantou e disse: este é o café do pescador.
Enquanto estávamos
na festa há uns 50m dali, apareceu um outro pescador, o colega do Heleno.
- É vocês que são daquele barco ali?
Sim, por que?
- O Heleno foi embora.
Sim, e daí?
- Daí que ele foi com o barco dele.
E o nosso, onde está?
- Ficou amarrado mal e mal num outro...
A tripulação saiu na corrida pra ver o estrago. Estava tudo
bem, mas o stress nos espantou dali. Fomos dormir na Praia da Pedreira.
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