Ernesto Harald Neugebauer no leme do
Coral
(Velejaço Seival, set/2001)
Danilo Chagas Ribeiro
Freqüentador assíduo do Veleiros do Sul, Ernestão foi um lôbo do mar. Atravessou o Atlântico duas vezes, cruzou a costa brasileira de fora a fora, ainda com o Coral antigo, e conhecia o Guaíba, a Lagoa dos Patos e o litoral catarinense como a palma da mão. Em Fevereiro de 2002, quando se foi, planejava uma grande navegada à Bahia.
Um ano sem o Ernestão
Ernestão motorando com Norton,
Amaral e Pablo Miguel, a caminho da Chico Manoel (Verão de 2000)
Pablo Miguel
O Abridor torto do Ernestão
Ernesto Harald Neugebauer
era um sujeito prático. Tinha muito jeito pra consertar e criar
soluções mecânicas. Gostava de inventar máquinas
e fazer melhorias em casa, na empresa e no barco. Estando na casa dele
em Ganchos (Gov. Celso Ramos?) no início dos anos 80, fomos a
Florianópolis. O Opalão verde sofria na mão dele
- andava a 180km/h, direto! O objetivo da missão era buscar telhas
com pequenos furos nas extremidades, que ele amarraria com arame de
latão pro vento não levantar mais. Ele gostava das coisas
bem feitas. Assim era o cara! Na volta, me convidou para um drink e me ensinou a fazer Bloody Mary. O bar, no living de belíssima vista para o mar, era um colosso. Tinha dezenas de bebidas diferentes. O Ernestão conhecia tudo aquilo e sabia preparar muitos drinks diferentes. Foi um grande barman. Até hoje quando preparo esse drink me lembro dele. Na hora de abrir a garrafinha de suco de tomate, usou um abridor desses bem comuns. Quando soltou o abridor sobre o bar novamente, observei que estava torto. Bem curvo. "Poxa... Como
é que isso entortou assim?", perguntei. "Fui eu!",
disse o Ernestão. Danilo Chagas Ribeiro, Fev 2003 |
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