Destino: La Charqueada
Uma navegada de 600 milhas por 6 vias fluviais até o interior do Uruguai
Danilo Chagas Ribeiro

Navegação Digital

O processo é simples: conecta-se um GPS a um notebook durante o passeio e observa-se a posição do barco sobre a carta. Obtém-se informações em tempo real, de distâncias, coordenadas de destino, waypoints, etc. Até onde sei, é o estado da arte da navegação.
É possível ainda conectar estes equipamentos a um radar e ao piloto automático, mas isso já é outra conversa.

O GPS armazena os dados na memória. Se não houver computador a bordo, na volta pode-se transferir os dados do GPS a um PC por cabo e, rodando um programa de navegação (mapping), plota-se o percurso realizado sobre a carta para análise de tempos, velocidades, distâncias percorridas, rumos e outras informações.

São diversas as aplicações de recreio do GPS. É usado em montanhismo, rallies, etc. Há um jogo nos EUA, o geo caching, em que um site publica as coordenadas de "tesouros escondidos". São coisas baratas a serem repostas por quem as encontrar, para poder dar continuidade ao brinquedo. Apenas pelo prazer de procurar e encontrar. O site apresenta endereços de tesouros no mundo todo.

No campo profissional, o GPS acompanha o trabalho de geólogos, auxilia na medição de terras, está presente na aviação e em várias outras aplicações.

Até mesmo em espionagem conjugal o GPS vem sendo utilizado. Um pequeno receptor como este (12cm de altura) no interior do carro, pode fazer "um estrago daqueles": no final do dia mostra por onde o carro andou, com datas, horários, distâncias e coordenadas precisas. Em vez de uma carta náutica, o mapa da cidade na tela do computador.

A Fazenda Itaponã, às margens do Guaíba, apresenta suas coordenadas (latitude e longitude) no folheto de propaganda. Digita-se esses números no GPS e uma seta na tela passa a indicar permanentemente a direção a seguir, e a distância e o tempo que falta para navegar até lá.

No detalhe ao lado, uma ampliação de uma fração da carta "Itapuã a Porto Alegre", a título de ilustração do nível de informação obtido por um receptor GPS de baixo custo marca Garmin, modelo eTrex, de US$130 (FOB).

 


Sobre esta foto de satélite plotamos a rota da Aline com o programa Ozi Explorer, desde o Cristóvão Pereira até o Veleiros do Sul, em Porto Alegre.
Veja algumas informações do percurso, registradas pelo GPS.

 

A linha azul escura dentro do Cebollatí é o track de ida e volta da Aline.


Imagens e arquivos PLT

O velejador Adriel Wailler, de Rio Grande, viabilizou a digitalização de cartas náuticas, permitindo sua utilização através do sistema Ozi Explorer. É um trabalho louvável.

Para que se possa utilizar uma carta náutica no Ozi Explorer, são necessários 2 arquivos.
Um deles é a imagem apenas. Pode ser uma carta digitalizada ou foto de satélite. Pode ser até mesmo um desenho que V. pode fazer no computador.
O outro arquivo (.map) é a calibragem da carta. São as informações para o programa saber a que região pertence aquela carta, foto, etc.
Se V. tem a imagem apenas, mas conhece algumas coordenadas da região, pode calibrar a imagem indicando através do programa alguns pontos de referência.

Este site não fornece cartas náuticas. As imagens publicadas aqui destinam-se apenas a ilustrar a navegada a La Charqueada. Os arquivos PLT contém o track de trechos da navegada podendo ser carregados pelo Ozi Explorer sobre a carta calibrada da região.

A partir dos arquivos PLTs, waypoints podem ser obtidos.

Trecho
Imagem
Track (arquivo.plt)
Cristóvão Pereira - Porto Alegre (L.Patos)
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Canal São Gonçalo
Rio Cebollatí
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Rio Jaguarão e Lagoa Mirim até o Cebollatí
Lagoa Mirim-imagem bem reduzida: 750 x 1043
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