O maxi-race Congere retornou às águas no dia 1º de fevereiro no Veleiros do Sul. Uma grande operação foi montada com dois super guindastes para colocar no Guaíba o veleiro de 77 pés (23m49cm) de comprimento e peso de 36 toneladas. Na cerimônia de batizado, o comodoro Manfred Flöricke entregou ao vice-comodoro de patrimônio e proprietário do barco, Sérgio Neumann, o galhardete do Veleiros do Sul. O Congere era um barco de regata de bandeira norte-americana que em 5 de fevereiro de 1990, encalhou na costa gaúcha, a 30 km da praia do Hermenegildo, próximo a fronteira com o Uruguai, devido a um erro de navegação durante a Regata Buenos Aires-Rio. O barco de propriedade do iatista norte-americano Bevin Koeppel, do Yacht Club de New York, terminou por ser abandonado na praia por seus 25 tripulantes. Segundo relato dos náufragos, o Congere navegava a 250 milhas ao sul da cidade de Rio Grande, quando bateu em um banco de areia fazendo com que o mastro se quebrasse.

Quando chegou próximo à praia um tripulante levou a nado um cabo pelo qual os demais desembarcaram. Mas depois de seis horas batendo na arrebentação, o barco perdeu sua quilha e o casco foi dar a praia. Embora o local fosse deserto e de difícil acesso, o Congere foi saqueado e pouca coisa restou do seu interior e das peças do convés. Levaram o motor, velas e equipamentos. Ele ficou abandonado por dois anos até ser levado por terra a Rio Grande e comprado da seguradora por um grupo de velejadores gaúchos que nacionalizaram a embarcação. Posteriormente ficou de um só proprietário que começou a reforma do barco no Veleiros do Sul em 2001. O Congere foi desenhado por German Frers e seu casco é de alumínio, fabricado em 1987 em Long Island, Estados Unidos.

Agora só falta a colocação do mastro no super veleiro para voltar a navegar e mostrar sua imponência novamente pelos rios e mares do mundo.