O “Google Earth”, lançado no início deste ano, usa fotos de satélite sobrepostas para simular a experiência de voar da estratosfera para qualquer lugar na terra. As fotos são de fontes variadas e nem todas as áreas são altamente detalhadas.

Algumas são tão boas que as pessoas podem ver detalhes de suas próprias casas, como uma piscina ou jardim.

Os legisladores Frans Weekers, do partido a favor do liberalismo comercial VVD, e Aleid Wolfson, do partido dos Trabalhadores, leram sobre o software em jornal holandês que levantou a possibilidade de que terroristas poderiam usar o programa para estudar prédios do governo ou reatores nucleares.

“O governo holandês deveria tomar medidas” contra o Google Earth, escreveram em carta datada de 12 de agosto. “Se não, por quê?” E “vocês podem nos dizer como outros países, especialmente os EUA, estão lidando com este fenômeno?”

Wibbe Alkema, porta-voz do Ministério da Justiça, disse nesta quarta que o governo ainda está escrevendo sua resposta.

“O Google Earth é feito de informações já disponíveis de fontes comerciais e públicas”, disse Catherine Betts, porta-voz do Google. “A mesma informação está disponível para qualquer um que voa ou passa de carro por uma propriedade”. Ela ainda disse que os benefícios do software “pesam mais que quaisquer pontos negativos de mau uso”.

O parlamento holandês está em recesso até o fim do mês e Weekers e Wolfson não foram encontrados para comentar o caso.

Na Austrália, medos parecidos foram domados depois que funcionários disseram duvidar que o programa trouxesse qualquer ameaça a segurança nacional.