Sonhando com Porto Alegre-Rio Grande
150 milhas de água doce, um belo desafio
Danilo Chagas Ribeiro
(a partir de mensagem enviada ao popa)

A regata Porto Alegre-Rio Grande foi uma competição tradicional do Rio Grande do Sul, e consta que seja a mais longa do Hemisfério Sul, em água doce. Revivê-la é um sonho.

Em Maio de 2005, o Capitão Ferrugem e eu reunimo-nos com o Comodoro Guto, do Rio Grande Yacht Club. Falamos sobre a organização de uma competição de Porto Alegre a Rio Grande.

A ênfase não seria uma regata de classes, mas um grande velejaço, onde o espírito de cruzeiro fosse mais forte do que o da competição. Onde se valorizasse mais a confraternização do que a disputa.

Estamos falando de um trajeto de aproximadamente 150mn (ida, apenas). Destas, umas 35mn estão dentro do Canal da Feitoria, e certamente não fariam parte do trajeto. O retorno seria também organizado, de forma a garantir suporte aos velejadores.

O evento náutico poderia ser complementado com atividades sociais e outras na cidade de Rio Grande.

O Comodoro do Veleiros do Sul e o Presidente da FEVERS estiveram conosco brevemente na reunião com o Comodoro de Rio Grande, e manifestaram-se favoráveis à realização do evento de iniciativa do tradicional RGYC. O evento poderá ter várias modalidades: RGS, ORC e Velejaço.

A tentativa de organização deste evento é audaciosa porque envolve custos maiores do que o habitual e requer muito mais infra-estrutura. A participação neste evento também implica em preparação diferenciada em relação às regatas habituais.

O assunto foi divulgado no grupo popacombr onde recebeu várias manifestações favoráveis.

Apoie esta idéia. Ajude a realizá-la. Dê sua contribuição. Participe. Divulgue.


Vencendo a lagoa,
e não a regata

Eduardo Hofmeister Ferrugem
(mensagem enviada ao popa)

Acho que as nossas regatas longas Porto Alegre–Rio Grande, Porto Alegre–Pelotas e mesmo a quase longa Porto Alegre –Tapes, tiveram poucos barcos competindo nos últimos tempos por vários motivos. O número de barcos foi diminuindo, até que acabaram as Regatas.

Considero que um dos motivos era que a Regata tinha apenas um objetivo. O de vencer a própria regata. A proposta atual é outra, são outros objetivos. Por isto dar a conotação mais forte para o Velejaço. O desafio não é vencer a regata, mas vencer a Lagoa, chegar ao destino, confraternizar com os amigos, tomar cerveja, contar piadas e, como o Cylon comentou muito bem, rir até descarrilar os carrinhos. A idéia é que todos ganhem prêmios pela participação, sorteio de algumas coisas de maior valor entre todos que chegarem.

Se organizarmos uma regata onde só conta chegar em primeiro para colocar nome na taça, poucos irão.

Também tenho saudades do tempo que velejávamos com três 40’ de primeira linha na raia, mais alguns entre 35’ e 40’. Barcos que podiam correr tanto na raia da Pedra Redonda, quanto uma Buenos Aires – Rio. Hoje os tempos são outros, temos que fazer regatas e Velejaços com o que temos. Usando uma similaridade com o automobilismo, não temos aqui no estado competições com carros de primeira linha, mas a TC1600 lota os autódromos, com pilotos regionais.

Talvez para quem já competiu bastante em regatas longas e curtas, em água doce e salgada, seja um pouco frustrante competir “às brinca”. Mas temos muitos velejadores, e o Grupo Popa é um belo exemplo, com muita vontade de novos desafios, loucos de vontade de encarar uma Lagoa, pela simples razão de dizer “participei da Porto Alegre – Rio Grande”.

Inclusive dou uma sugestão para a organização. As camisetas da regata seriam entregues na chegada, com a inscrição: Eu cheguei.

Veja dois interessantes diários de velejadas Porto Alegre-Rio Grande nos anos 50:
1ª Regata P. Alegre-Feitoria (1.954)
Porto Alegre-Rio Grande-Porto Alegre (1.955)

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